Thiago Leão*
Inovação e gestão industrial
Indústria 4.0: o papel da tecnologia para a revolução no setor
A rotina de operações voltadas para o segmento industrial costuma ser extremamente desafiadora, isso é fato. Para empresas que fazem parte do setor, cujo potencial econômico é imprescindível para o país, bem como seu valor de geração de empregos, a busca por alternativas capazes de fomentar um ambiente estável de competitividade se mostra incessante. Hoje, manter-se atualizado é uma necessidade praticamente obrigatória, especialmente no que diz respeito à eficiência dos processos empregados.
Nesse sentido, o conceito de Indústria 4.0 passou a concentrar o que há de mais vantajoso na integração de novas tecnologias, com o objetivo de reformular a realidade operacional de organizações da área industrial. Entretanto, para que o componente tecnológico provoque os efeitos desejados, é preciso entender, na prática, como a inovação se relacionará com as principais demandas identificadas. Não há nenhuma fórmula exata, afinal, cada companhia possui suas próprias particularidades, fato que confirma a importância de se contar com soluções personalizadas.
Sob a ótica de pequenas e médias indústrias, a automatização não pode ser visualizada como algo impossível de ser alcançado, resumindo-se a gastos exorbitantes ou exclusivos a grandes conglomerados. Atualmente, a presença de ferramentas digitais habita um espaço positivo de escalabilidade, condição que democratiza o acesso a práticas inovadoras. Dessa forma, é natural que cada vez mais empresas se enquadrem na era 4.0, seguindo de acordo com suas maiores exigências.
Uma nova concepção de gestão industrial
Entre os departamentos que formalizam a gestão industrial, geralmente, existem problemas a serem superados. Vale destacar que reconhecer pontos de aprimoramento não é um demérito, mas um pressuposto fundamental para quem procura aderir à inovação. Com isso, a etapa de implantação tecnológica fluirá melhor, acompanhando as expectativas depositadas em sua chegada. E indo ao encontro dessa linha de raciocínio, surge a possibilidade do ERP, ou Sistema de Gestão Empresarial, como uma opção viável de se automatizar procedimentos e estruturar um ambiente orientado à eficiência operacional.
Falta de controle sobre o estoque, planejamentos fragilizados, atividades morosas e que pouco estimulam a produtividade dos colaboradores são alguns exemplos de situações comuns que podem ser contornadas com a participação de uma plataforma robusta. Indo além do aspecto processual, a inovação deve trazer clareza e estabilidade para o gestor, assumindo etapas que não precisam, necessariamente, reivindicar tempo hábil dos profissionais.
Ao otimizar processos de forma significativa, o ERP traz uma abordagem de segurança e agilidade para o fluxo de dados, mitigando riscos e atribuindo confiabilidade ao manuseio dessas informações. Em uma base unificada e atualizada, esses materiais servirão de insumos para que a tomada de decisão seja consciente, segura e principalmente assertiva. Olhando para o presente e também o futuro, sem dúvidas, preservar a integridade dos dados é uma medida cujo caráter de imediatismo pode ser evidenciado.
Ninguém está sozinho na jornada rumo à inovação
A princípio, para organizações com pouca expertise no universo tecnológico, dar o primeiro passo com o intuito de atingir esse nível elevado de maturidade digital pode parecer inviável em determinados aspectos. Isso nos leva à importância de se compreender que ninguém está sozinho na jornada rumo à inovação. Junto à adoção de uma ferramenta inovadora, há a possibilidade de se firmar vínculos com parceiros especializados, preparados para maximizar a presença da tecnologia sem que ocorram gargalos durante o processo de transição.
Inclusive, segundo a 4ª edição da pesquisa Ace Innovation Survey, inovar é uma prioridade para empresas, sendo que 85% das companhias que participaram do levantamento sinalizaram este tópico como fundamental na formulação de estratégias de negócios. Por outro lado, 36% destacaram que possuem uma estrutura apta à fomentação de novas ideias, fato que mostra a importância de estimular cada vez mais o assunto no meio corporativo.
Encerrando o artigo, destaco que a revolução provocada no setor industrial é diária e constante, na medida em que a inovação tem avançado de forma acelerada sobre a área. Tendências alinhadas com iniciativas digitais continuarão a surgir, contribuindo para que a Indústria 4.0 seja normalizada entre empresas de todos os portes e segmentos. O resultado é um cenário corporativo de alta performance e competitividade, no qual colaboradores, líderes e consumidores sairão como os principais beneficiados.
*Thiago Leão é Diretor Comercial da Nomus, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas para excelência na gestão de indústrias. Engenheiro Mecânico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).