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Startups levantaram US$ 591 milhões em janeiro de 2022

48 rodadas, além de 20 fusões e aquisições

Startups somaram US$ 591 milhões em aportes em janeiro de 2022

GazzConecta
11/02/2022 20:54
Segundo o relatório mensal produzido pelo Distrito, plataforma de transformação digital e inovação aberta, as startups brasileiras somaram US$ 591 milhões em aportes no mês de janeiro de 2022, ao longo de 48 rodadas, sendo 32 delas em early stage e outras 16 em late stage.
Mais uma vez, o setor que concentrou a maior parte dos investimentos foi o de fintechs, que recebeu ao todo US$ 319,2 milhões, sendo a maior parte do volume, US$ 260 milhões, captada pela Creditas. O segmento foi seguido por Real Estate (US$ 33,7 milhões), SportTech (US$ 32,6 milhões), RetailTech (US$ 22,4 milhões) e HealthTech (US$ 10,9 milhões).
O total investido é 27% inferior ao montante aportado em janeiro do ano passado, que bateu um recorde para o período após o Nubank captar uma rodada de série G de US$ 400 milhões. Para Gustavo Gierun, CEO do Distrito, o fato de o valor ser menor não significa que o mercado está desaquecendo: fevereiro, abril, julho e setembro do ano passado, por exemplo, viram aportes mais baixos do que agora.
“É possível ver que, mesmo em um cenário de incertezas macroeconômicas, inflação alta e subida de juros, investimentos de venture capital continuam apresentando cifras altas. A transformação digital das empresas permanece acontecendo, e é um processo infinito de renovação que precisa de cada vez mais soluções tecnológicas e robustas para sustentar o crescimento do mercado brasileiro”, diz Gustavo Gierun, CEO do Distrito, em nota.
Foram ainda realizadas 20 fusões e aquisições no mês, o que fez desse o janeiro com o maior número de M&As da série histórica. Destaque para a compra da Stilingue pela Take Blip; da Inovamind pela Totvs; e da Projuris pela Softplan. “O número de M&As é um indicativo de que esse movimento continuará para o resto do ano e que o ecossistema possivelmente alcançará novos recordes”, enfatiza Gierun.
O relatório do Distrito de janeiro traz ainda um foco em SaaS (software as a service), ou seja, startups que trazem soluções tecnológicas na nuvem (cloud-based) como produto principal da empresa. Os investimentos no setor específico somaram US$ 3,8 bilhões em 2021, o que representa 48% dos aportes no ano. “Soluções SaaS robustas, que demonstrem indicadores sólidos de escalabilidade, certamente se destacam dentro do ecossistema de inovação. Em 2022, espera-se que esse número em percentual seja próximo ao que foi constatado em 2021, contudo em escalas cada vez mais relevantes”, comenta Gierun.