José Rudge Filho*
Sistema financeiro aberto
Open Finance: agenda ambiciosa e cheia de oportunidades
Um novo e aguardado ecossistema financeiro está surgindo no Brasil. Mais democrático, transparente e tecnológico, o Open Finance vai transformar o mercado, impactando o cotidiano das instituições financeiras e seus respectivos clientes.
O Open Finance, também conhecido como sistema financeiro aberto, teve suas primeiras diretrizes divulgadas pelo Banco Central do Brasil (BC) em 2019, sendo uma das principais iniciativas da autoridade monetária na sua agenda de modernização e incentivo à competição no sistema financeiro brasileiro.
Esse novo sistema tem como pilar central o compartilhamento, de forma padronizada e mediante o consentimento de cada correntista (seja pessoa física ou jurídica), de informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC, bem como a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas (bancárias e não bancárias).
Com mais informações dos usuários, as instituições financeiras participantes serão capazes de fazer ofertas de produtos e serviços com maior customização, praticidade e eficiência aos seus clientes.
A implementação do Open Finance no Brasil está se dando progressivamente por meio de fases, sendo que a primeira teve início em fevereiro de 2021. Na ocasião, as instituições financeiras disponibilizaram ao público informações básicas, tais como canais de atendimento e serviços oferecidos.
Em 15 de dezembro, por sua vez, a quarta fase do Open Finance foi iniciada incorporando serviços de câmbio, seguro, investimentos e previdência. Isso torna a agenda de Open Finance no Brasil a de maior abrangência e com mais rápida implementação que se tem conhecimento no mundo.
Com base no sucesso de adoção do Pix – sistema de transferência instantânea do BC que, no último dia 10 de janeiro, bateu recorde de transações diárias, somando quase 52,5 milhões em um único dia –, acredito que o Open Finance atrairá um número grande de participantes.
Tendo dito isso, minha expectativa, ainda com base na experiência do Pix e nas conversas com nossos clientes aqui no Itaú BBA, é que a curva de consentimento será mais acelerada no “universo” de pessoa física. A adesão das empresas ao Open Finance crescerá conforme fique claro a confiança nos processos e, sobretudo, seus benefícios.
Ao mesmo tempo, acredito que o Open Finance proverá ao mercado condições perfeitas para o desenvolvimento de ambiente de inovação no sistema financeiro, acelerando a criação de novos produtos – e até de modelos de negócios. É um ambiente cheio de oportunidades!
Reunimos, aqui no Itaú BBA, os atributos corretos e a estratégia certa para ter um papel de protagonismo nesse novo contexto aberto pelo Open Finance. Centralidade no cliente, segurança, credibilidade e produtos e serviços customizados. É assim que o Itaú BBA enxerga o Open Finance e estamos prontos para prepararas melhores e mais assertivas oportunidades de negócio.
*José Rudge Filho é Diretor do Corporate & Investment Banking do Itaú BBA desde 2016. Está no banco há 15 anos, e já ocupou diversos cargos, incluindo o de Head of International Debt Capital Markets. É bacharel em Administração de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).