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A transformação digital não começa pela tecnologia, mas pela cultura: a cultura organizacional, a dos processos, a dos times.

Cris Alessi

Cris Alessi

Cris Alessi é consultora de inovação e transformação digital, conselheira, palestrante, investidora-anjo e autora do livro "Gestão de Startups: desafios e oportunidades”.

Cultura organizacional

Cultura e transformação digital: o ovo ou a galinha?

17/07/2023 20:40
Algumas empresas me perguntam como fazer a transformação digital do seu negócio. E como colocar inovação no seu produto, no seu processo, no seu negócio.
A resposta é simples e direta: pela cultura. A transformação digital não começa pela tecnologia, mas pela cultura. Pela cultura organizacional. Pela cultura nos processos. Pela cultura do time.
Peter Drucker já falava, nos anos 2000, que a “cultura engole a estratégia no café da manhã”. Nos dias acelerados em que vivemos, a cultura engole a estratégia antes mesmo de você acordar.
O processo de aculturar colaboradores, times, líderes, clientes e fornecedores - na verdade, todos os stakeholders que impactam o seu negócio - precisa ser diário. E a partir dele, a transformação digital acontece.
É a transformação da cultura - a cultura que nos ajuda a entender esse novo cenário que a tecnologia impõe ao mercado; a cultura para entender o comportamento do consumidor a partir de suas mudanças no consumo; a cultura para integrar de formas diferentes times, processos, sistemas - que faz com que a implementação da transformação digital se transforme em resultados práticos, estratégicos e de futuro para o seu negócio.
Mas você não transforma a cultura e depois faz a transformação digital. Você faz a transformação da cultura enquanto faz a transformação digital.
Esse é o desafio.
Cultura é sobre pessoas, pessoas acostumadas a trabalhar com uma estrutura organizacional rígida, estruturada em áreas isoladas que trocam informações, quase nunca trocam ideias.
Mas como pensar diferente sem entender o que os outros fazem? Sem dar autonomia e poder de decisão aos gestores?
Como dar oportunidade para inovar sem abrir margem a erros? E envolver todas as camadas de governança nessa missão de aceitar iniciar um projeto sem saber como ele irá terminar?
Quando envolvemos as pessoas nos processos de criação, decisão e execução, transformamos todos em corresponsáveis pelos sucessos e pelos fracassos. Muitos fracassos provocam mais inovação do que sucessos. E deve-se recompensar aqueles que cooperam.
Ao empregar a colaboração, empregamos menos esforço. É ou não é uma boa recompensa?