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Lideranças em tecnologia ganham força ao unir estratégia, transparência e vulnerabilidade na construção de equipes resilientes.

Francielle Saviski

Francielle Saviski

Francielle Regeane Vieira Saviski é coordenadora de Inovação no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI). Possui MBA em Gerenciamento de Projetos (FGV-PR), especialização em informática aplicada à Gerência de Redes (UFPR), com graduação em Redes (PUCPR).

Inteligência e Cidades

Liderar, inspirar e engajar equipes em times de tecnologia

17/04/2025 14:17
No mercado dinâmico impulsionado pela inovação, as empresas precisam de equipes colaborativas e engajadas para prosperar. Nesse cenário, atrair e reter talentos são desafios estratégicos, mas, mais do que isso, é essencial cultivar um ambiente onde os profissionais se sintam motivados a contribuir e crescer. Assim, o diferencial de um líder não está apenas na sua capacidade de gerenciar, mas em sua habilidade de inspirar, criar um propósito coletivo e garantir que todos se sintam parte de algo maior. Em times de tecnologia, nos quais a inovação exige experimentação constante, a liderança precisa ir além da tomada de decisões e da gestão de processos.
Um dos aspectos mais poderosos - e muitas vezes subestimados - da liderança é a vulnerabilidade. Longe de ser um sinal de fraqueza, ser vulnerável significa ter a coragem de admitir incertezas, pedir ajuda quando necessário e criar um ambiente onde os erros são encarados como aprendizado, e não como fracasso.
Líderes vulneráveis constroem laços de confiança mais fortes, fomentam um ambiente de segurança psicológica e incentivam uma cultura de colaboração. Mas como equilibrar firmeza e empatia para engajar e inspirar equipes de tecnologia? Como transformar desafios em oportunidades para inovação e crescimento? Confira cinco pilares que podem ajudar nesse processo:
1. Visão clara e transparente: Grandes líderes comunicam de forma clara e com propósito, mas também reconhecem que não têm todas as respostas. Admitir incertezas e pedir sugestões fortalece a confiança da equipe, mostrando que o líder valoriza diferentes perspectivas. Quando as pessoas se sentem ouvidas e compreendem o impacto do seu trabalho, elas se tornam mais engajadas e comprometidas.
2. Cultura de colaboração e autonomia: Uma equipe de tecnologia de alto desempenho não se forma com microgestão, mas com autonomia e colaboração. Valorizar as habilidades individuais, incentivar trocas constantes e reconhecer erros como parte do processo fortalece a cultura de inovação e aprendizado. Líderes que sabem escutar e reconhecer as contribuições do time criam ambientes mais produtivos e inclusivos.
3. Mentalidade de crescimento e inovação: Inovação acontece quando há espaço para experimentar e errar. Um líder que admite seus próprios erros e compartilha aprendizados cria um ambiente seguro para a equipe testar novas ideias sem medo do julgamento. Isso impulsiona a criatividade e potencializa a inovação. Empresas que encorajam essa mentalidade se tornam mais adaptáveis e competitivas.
4. Retenção de talentos com propósito: Profissionais de tecnologia buscam mais do que bons salários. Eles querem equilíbrio entre vida pessoal e profissional, trabalhar em empresas onde possam crescer, aprender e sentir que seu trabalho faz a diferença. Um líder vulnerável, que compartilha desafios e reconhece esforços, cria conexões e fortalece a cultura organizacional. Isso torna a empresa mais atrativa para talentos que valorizam um ambiente positivo e transparente.
5. Engajamento e motivação contínuos: A vulnerabilidade na liderança também se manifesta na capacidade de pedir feedback e reconhecer suas limitações. Líderes que demonstram empatia, envolvem o time nas decisões e se preocupam com o desenvolvimento de seus colaboradores criam um ciclo virtuoso de aprendizado e evolução. Esse comportamento fortalece a confiança e impulsiona o engajamento do time.
A força da vulnerabilidade na liderança 
Embora a vulnerabilidade fortaleça a confiança e a colaboração, a liderança tradicional muitas vezes associa autoridade à invulnerabilidade, como se um bom líder precisasse sempre ter todas as respostas. No entanto, os líderes mais eficazes são aqueles que reconhecem que a verdadeira força vem da autenticidade. Quando um líder se permite ser vulnerável, ele cria um ambiente onde as pessoas se sentem seguras para colaborar, questionar e inovar.
Em um setor altamente competitivo, líderes que combinam estratégia, transparência e vulnerabilidade constroem equipes mais resilientes, criativas e produtivas. Empresas que investem nessa abordagem fortalecem sua cultura organizacional, retêm talentos e garantem um diferencial competitivo.
O futuro do trabalho exige mais do que habilidades técnicas: exige líderes que saibam conectar pessoas, inspirar confiança e criar ambientes onde a inovação acontece de forma natural.