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As cidades autônomas estão sendo desenvolvidas em várias partes do mundo, impulsionadas por avanços na inteligência artificial, na internet das coisas (IoT) e na computação em nuvem. Crédito: Canva.

Alysson Arcas

Analista de sistemas no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI). Graduado em Ciência da Computação, possui especialização em Engenharia de Software, Arquitetura de Sistemas de Informação e Business Intelligence, Big Data e Inteligência Artificial (IA), e MBA em Gestão Estratégica de Projetos e Metodologias Ágeis e Gestão da Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo. Atualmente, é mestrando em Ciência da Computação na UTFPR.

Cidades inteligentes

Cidades autônomas: inteligência artificial para um futuro urbano revolucionário

18/04/2024 16:47
As cidades inteligentes estão em constante evolução tecnológica devido à integração de equipamentos, sensores, softwares e plataformas digitais. No Brasil e no mundo, essa convergência tem transformado as metrópoles em estruturas dinâmicas, resultando na otimização de serviços e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
No entanto, uma nova etapa desse avanço está surgindo. Já estamos ultrapassando fronteiras e entrando no território das cidades autônomas, nas quais a inteligência artificial (IA) desempenha um papel fundamental para o futuro revolucionário das áreas urbanas.
Neste sentido, vislumbramos um trânsito que flua livremente, graças a algoritmos inteligentes que ajustam rotas e tempos de semáforos para reduzir congestionamentos e a poluição. Pensamos em como a energia seria completamente renovável e eficiente com a IA monitorando e regulando a demanda energética e priorizando as fontes renováveis para garantir a sustentabilidade urbana.
Na segurança pública, esperamos por um trabalho proativo, com câmeras inteligentes e sistemas de análise preditiva, identificando atividades suspeitas e alertando as autoridades antecipadamente. Por fim, nos serviços públicos, conjecturamos o atendimento personalizado, com a IA aprendendo as necessidades específicas dos cidadãos e fornecendo desde a coleta de lixo até o acesso à saúde e à educação.
Percebemos que não se trata mais de ficção científica, mas de uma realidade em que as cidades autônomas estão sendo desenvolvidas em várias partes do mundo, impulsionadas por avanços na inteligência artificial, na internet das coisas (IoT) e na computação em nuvem.
Em nosso país, esse trabalho vem sendo moldado por meio do desenvolvimento de projetos pilotos que já demonstram o potencial transformador da IA na construção de cidades autônomas. Um exemplo notável é Curitiba, que se destaca como pioneira na implementação de soluções inteligentes para a gestão urbana.
Reconhecida internacionalmente por sua infraestrutura verde e transporte público eficiente, a capital paranaense está, agora, na vanguarda da integração da IA em suas operações. Além disso, é a primeira cidade do país a estabelecer uma Secretaria Municipal de Inteligência Artificial, mostrando seu compromisso em acompanhar os avanços tecnológicos.
Destaco dois projetos que incorporam a IA em seu sistema: Zeladoria Digital, que utiliza sensores acoplados a veículos para identificar buracos nas ruas da cidade de forma eficiente, e o Hipervisor Urbano, uma plataforma inovadora de compartilhamento de dados públicos que proporciona acesso em tempo real e ferramentas avançadas para coleta, processamento e distribuição, promovendo assim melhorias significativas na gestão dos serviços urbanos e um planejamento de políticas públicas mais preciso.
Junto com esses avanços surgem, também, vários desafios, como a transformação de cidades em espaços inteligentes e autônomos, o que demanda um planejamento meticuloso e a colaboração entre diferentes setores do governo, empresas e comunidade.
Neste contexto, é fundamental priorizar o bem-estar dos cidadãos e a proteção da privacidade, assegurando que a IA seja utilizada de maneira ética, transparente e responsável. Ou seja, investir em inteligência artificial e outras tecnologias avançadas permite construir cidades que não apenas funcionem como modelo, mas também impulsionem o progresso econômico do país e melhorem a qualidade de vida de seus cidadãos, por meio da construção de um sistema urbano mais eficiente, sustentável e seguro.

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