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A crise climática é mais do que uma ameaça ambiental; é, também, uma questão de sobrevivência para as empresas. Fonte: Freepik.

Marcos Cavalcanti de Albuquerque

Cofundador da Startup ESG Katalisar, engenheiro ambiental e bioquímico.

Meio ambiente

Mercado empresarial: compromisso ambiental perante o caos climático

30/11/2023 11:34
O planeta enfrenta uma crise climática sem precedentes, exacerbada por atividades humanas desde a Revolução Industrial, com eventos extremos tornando-se cada vez mais frequentes e devastadores.
Tsunamis meteorológicos no Sul do Brasil, queimadas, chuvas e excesso de calor entre outras especificidades naturais estão testando os limites da resiliência humana. Neste cenário caótico, a responsabilidade das empresas em relação à sustentabilidade ganha destaque.
Nesse contexto, as empresas se destacam com uma importância crucial na preservação ambiental, pois têm um papel na mitigação dos impactos ambientais. Hoje, a sustentabilidade não é apenas uma opção, mas sim uma necessidade urgente, pois é notável o impacto que as atividades empresariais exercem no meio ambiente. No entanto, ao mesmo tempo, as empresas têm a oportunidade e a responsabilidade de liderar a transição para um futuro mais sustentável.
A crise climática é mais do que uma ameaça ambiental; é, também, uma questão de sobrevivência para as empresas. Vale lembrar que os  eventos climáticos extremos podem interromper cadeias de suprimentos, aumentar os custos operacionais e afetar a estabilidade dos mercados. Portanto, investir em práticas sustentáveis ​​não é apenas uma escolha ética, mas também uma estratégia inteligente de negócios. ESG não é moda, é necessidade urgente.
Atualmente, já temos empresas que estão adotando medidas para descarbonização, investindo em economia circular, desde a transição para fontes de energias renováveis até a implementação de tecnologias mais eficientes, como também existem empresas que demonstram que é possível crescer economicamente enquanto protegem os impactos ambientais.
Iniciativas como a Science-Based Targets, Carbon Disclosure Project (CDP) e a RE100 têm mostrado progresso, com 102 membros dessas iniciativas reduzindo suas emissões coletivas em 35,6% entre 2015 e 2019, embora haja a necessidade de maior transparência e verificação de alta qualidade na forma como a energia renovável é obtida.
A responsabilidade social corporativa vai além do lucro financeiro. As empresas precisam entender que seu papel vai além das operações diárias e incorporar a sustentabilidade em sua missão, incluindo práticas justas e éticas, como também investir no desenvolvimento de uma comunidade resiliente.
E como o processo de economia circular nem sempre é inclusivo, é necessário que as empresas foquem na inclusão social de grupos em situação de vulnerabilidade. É importante enfatizar a importância da inclusão social e o acesso equitativo aos benefícios econômicos da economia circular, ou seja, criar oportunidades para participação de comunidades vulneráveis e grupos marginalizados no ciclo econômico. Transformamos desafios em oportunidades, empoderando grupos vulneráveis, ajudando empresas a atingir suas metas ESG e transformando territórios em modelos de desenvolvimento circular e sustentável.
A economia circular precisa entrar na pauta das empresas e não ser apenas um conceito, mas sim uma estratégia fundamental para o hoje, e não só para o futuro próximo.
Com a economia circular, fomentamos a inovação e a criação de empregos verdes, acelerando a transição para uma economia de baixo carbono. As empresas têm uma capacidade de transferência de mudanças significativas. Ao integrar práticas sustentáveis, não apenas contribuímos para um meio ambiente mais saudável, mas também garantimos nossas próprias opções a longo prazo.
O papel das empresas no controle climático transcende as fronteiras do setor privado. É uma responsabilidade compartilhada que exige ação imediata e contínua. Empresas visionárias estão liderando o caminho para um futuro no qual a sustentabilidade é tão fundamental quanto o sucesso financeiro.
A questão não é mais "se", mas "como" as empresas contribuem para reverter os danos causados ​​ao nosso planeta. O futuro está nas mãos daqueles que ousam liderar a mudança.

E vem aí o GazzSummit

O GazzSummit Agro e Foodtechs é uma iniciativa pioneira do GazzConecta para debater o cenário de inovação em dois setores de grande relevância para o país. O evento será realizado nos dias 8 e 9 de maio de 2024 com o propósito de conectar e promover conhecimento para geração de novos negócios, discussão de problemas e desafios, além de propor soluções para o setor. 
O GazzSummit promove a disseminação de tecnologias e práticas de inovação que possam levar a cadeira produtiva ainda mais longe. Uma super estrutura espera os participantes, que poderão conferir mais de 30 palestrantes e mais de 300 empresas. O evento vai reunir players importantes do ecossistema como grandes empresas, cooperativas, produtores, entidades públicas, startups e inovadores. Garanta já a sua inscrição no site.