Quando Steve Jobs lançava a App Store, lá em julho de 2008, talvez ele não imaginasse que os jogos para celular se tornariam tão relevantes na vida das pessoas. Ou talvez sim, visto que no final daquele ano, dois jogos já figuravam entre os mais baixados pelas pessoas: Tap Tap Revenge e Labyrinth Lite Edition.
No ano passado, os jogos para celular já dominavam quase 22% dos apps disponíveis na loja da maçã. Já na Google Play Store, 13% de todos os apps disponíveis são jogos. Isso garante aos games a primeira posição entre todas as categorias em ambas as lojinhas.
Claro que a maioria dos jogos são recreativos, apenas para passar o tempo em uma fila de espera ou em uma noite de insônia. Mas a presença da indústria high-end, ou seja, de jogos de desenvolvimento complexos e competitivos está crescendo vertiginosamente nos smartphones.
Prova disso é a recente aquisição de US$ 12 bilhões que movimentou o mercado. A Zynga, uma das maiores desenvolvedoras de jogos casuais do planeta, dona de títulos como Farmville e Words With Friends, foi comprada pela Take-Two Interactive, responsável por jogos como GTA, NBA2K, Mafia e Bioshock. E o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick foi claro em afirmar que o negócio tem como principal objetivo passar a entregar nos dispositivos mobile franquias de sucesso dos consoles e PCs.
A expansão dos jogos complexos para o celular também está puxando a inovação em hardware. A Taiwanesa Asus, por exemplo tem uma linha de aparelhos especialmente desenvolvida para quem joga. O mesmo acontece nas chinesas Xiaomi e Lenovo.
Em relatório publicado pela Business Wire, empresa integrante da Berkshire Hathaway do mago dos investimentos Warren Buffet, estima que a indústria de jogos mobile alcançará um valor de mercado de US$ 272 bilhões em 2030, sendo que o principal propulsor desse crescimento será a adoção das conexões 5G por todo o mundo.
Games já é a maior indústria de entretenimento do mundo, maior que música e cinema combinados. E, em 2030, somente a divisão de jogos para celular será maior que o PIB atual de países como Portugal, Nova Zelândia e Grécia.