A sétima geração da franquia (GT Performance) comemora 60 anos de história e chegou ao Brasil recentemente ao preço de R$ 529 mil. Crédito: Divulgação.
Marcelo Gripa
Marcelo Gripa é jornalista, especialista em comunicação corporativa e co-fundador da Futuros Possíveis, plataforma que gera discussões e inteligência sobre futuros.
Ícone dos carros esportivos, o Ford Mustang tem lugar cativo no imaginário dos fãs de alta velocidade. A sétima geração da franquia (GT Performance) comemora 60 anos de história e chegou ao Brasil recentemente ao preço de R$ 529 mil. Tive a oportunidade de dirigir o novo Mustang e percebi que, mesmo sendo acessível para poucos bolsos, muito do que vem embarcado na máquina indica o futuro da nossa relação com os carros - devendo se estender, inclusive, aos modelos menos luxuosos.
De acordo com pesquisas internacionais, as principais tendências para o carro do futuro incluem conectividade, personalização, segurança aprimorada a partir do uso de tecnologias e manutenção preditiva. Todos estes pontos estão presentes no lançamento da Ford, que serão detalhados logo abaixo.
Antes, um passeio pelas configurações para quem gosta de números. O novo cupê esportivo tem motor Coyote V8 5.0 de quarta geração, com 488 cv (@ 7.250 rpm) e torque de 564 Nm (@ 5.000 rpm). A aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 4,3 segundos. A suspensão adaptativa do Mustang utiliza fluido magnético viscoso e sensores que fazem 1.000 leituras por segundo para otimizar a aderência nas acelerações e frenagens e reduzir a rolagem nas curvas. Os freios de alta performance contam com discos de 390 mm e seis pistões na dianteira e discos de 355 mm e quatro pistões na traseira.
Múltiplos sensores
Para além de todo o poderio mecânico, a sensação de futuro que o novo Mustang deixa é causada principalmente pelos sensores capazes de detectar acontecimentos ao redor do carro, contribuindo para uma direção mais segura. O copiloto automático adaptativo tem alerta de colisão com detecção de pedestres, frenagem autônoma de emergência à frente e de ré e assistente de manutenção e centralização em faixa. O sistema alerta também para o tráfego cruzado e o reconhecimento de placas de velocidade. Além disso, o carro oferece assistente de manobras evasivas e monitoramento de ponto cego por meio de luzes que se acendem nos retrovisores.
Conectividade
Pelo aplicativo FordPass, o proprietário pode acionar uma série de recursos remotamente, como travamento e destravamento do veículo, o que pode ser útil em casos de viagem dos proprietários de carros elétricos; acionamento das luzes e buzina, partida remota com climatização, verificação do nível de combustível, autonomia e odômetro, localização do veículo e recebimento de alertas de funcionamento e alarme. Segundo a Ford, 85% dos clientes aderiram ao uso do app. O serviço de agendamento online para manutenções também caiu no gosto dos motoristas e cresceu 267%, segundo a montadora.
Manutenção preventiva
O uso de tecnologia permite ainda o acompanhamento preventivo inteligente. A partir da conexão com a infraestrutura em nuvem, o cliente tem o funcionamento do veículo monitorado continuamente e recebe um alerta em caso de falhas sérias ou indícios de problemas. É o caso de um proprietário que foi acionado pela empresa porque os dados mostraram que um dos pneus estava furado. "A manutenção preditiva é uma das maiores dores dos clientes que, muitas vezes, não querem ir à concessionária. Então, nós vamos fazer isso por eles", diz Antonio Baltar, diretor de operações da Ford.
Customização
O novo GT Performance contém seis modos de condução e o motorista pode configurar os parâmetros para diferentes situações, seja para rodar em uma estrada sinuosa ou uma competição de fim de semana. Os ajustes incluem: assistência da direção elétrica, ronco do escapamento, rigidez da suspensão, sensibilidade do acelerador, rotação e velocidade das trocas de marcha.
Segundo Baltar, "a experiência do cliente tem que ser maior do que o produto". Ele explica que o avanço da engenharia tem permitido ao carro ajudar mais o motorista a partir da personalização de acordo com o regime de uso. Entre as muitas possibilidades, o executivo destacou a calibração exclusiva como forma de evitar o consumo exagerado de combustível com base nos dados monitorados.
O que fazer com os dados?
De acordo com André Oliveira, diretor de engenharia da Ford, a aplicação de tecnologias avançadas permite a criação de um universo de dados que pode ser utilizado para finalidades variadas, como o reconhecimento de veículos em caso de roubos e o entendimento de hábitos de consumo que podem nortear decisões comerciais como a abertura de concessionárias.
E vem aí o GazzSummit Agrotechs
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