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O SXSW 2025 destacou o Design de Futuros como prática essencial para transformar sinais e tendências em ação, além da tecnologia. Crédito: ChatGPT (OpenAI Image Generator).

Edney Souza

Edney Souza

Edney Souza é professor, palestrante e conselheiro em tecnologia e inovação, cofundador de sete startups, autor do livro "Transformação Digital", Top Voice do LinkedIn e mentor do SXSW 2025.

Connect Executive Hub

Insights sobre Design de Futuros no SXSW 2025

17/04/2025 13:49
O Design de Futuros é uma prática estratégica para líderes, na qual observamos sinais, identificamos tendências e criamos cenários para definir ações no presente. A grande novidade do SXSW 2025, realizado de 7 a 15 de março em Austin, Texas (EUA), é a compreensão de que não só grandes empresas, mas também comunidades organizadas como universidades e ONGs, têm um papel essencial na construção do futuro, especialmente em aspectos não tecnológicos.

Como aplicar Design de Futuros?

  • Identificar sinais do futuro: acompanhe tendências e inovações.
  • Construir cenários estratégicos: imagine futuros possíveis e relacione-os à sua realidade.
  • Ação no presente: execute ações que preparem sua organização ou carreira para o futuro desejado.

Principais palestras

Amy Webb (Relatório de Tendências Emergentes 2025)
  • Estamos entrando na era de “Inteligência Viva”, na qual a IA, agentes autônomos e biotecnologia convergem para sistemas que evoluem sem intervenção humana.
  • Webb destaca o impacto da fusão de IA e biologia, como o AlphaFold 3 e computadores biológicos.
  • Cenários para 2035: tecnologias podem tanto resolver crises, como a climática, quanto criar monopólios e desigualdade.
Ariel Bernstein (Accenture)
  • O chefe de pesquisa e storytelling da Accenture alertou para o risco de usar o Design de Futuros apenas para confirmar crenças próprias.
  • Algumas lições: filtrar informações; desenvolver uma linguagem comum para discutir o futuro; evitar projeções pessoais e usar o ceticismo como ferramenta de análise.
  • Futuro-turismo: evite análises vazias e não impactantes nos negócios.
Joanna Lepore e Sarah Owen (Foresight Inside Group)
  • A importância de identificar “sinais fracos” (indicadores sutis de grandes mudanças) para obter vantagem estratégica.
  • Horizonte de varredura: mantenha uma vigilância constante para detectar sinais e transformar isso em ações concretas.
Dr. Shamika Klassen e painel "Octavia Knew"
  • No painel, foi explorado como comunidades marginalizadas podem prever e moldar o futuro com base em padrões históricos e sociais (histo-futurismo).
  • Tecno-mulherismo e alimentação como resistência foram destacados, propondo um futuro mais inclusivo e coletivo.
  • Futuro não-linear: os participantes do painel propuseram uma visão de tempo cíclica, comum em culturas negras e indígenas, desafiando a linearidade do pensamento ocidental.

Principais conclusões

  • O futuro não precisa seguir o modelo capitalista de crescimento infinito.
  • Comunidades devem assumir a responsabilidade de moldar seu próprio futuro, especialmente grupos marginalizados.
  • O Design de Futuros deve ser um processo coletivo, envolvendo múltiplas perspectivas e focando na ação do presente para criar futuros mais justos e sustentáveis.

Connect Executive Hub

O Connect Executive Hub promove uma Confraria de Executivos com membros de diversos segmentos, estados e países. A jornada de desenvolvimento executivo oferecida amplia o repertório e fortalece o networking com profissionais sêniores. Para se tornar membro, agende um bate-papo pelo site.

Próximo encontro do Connect Executive Hub

  • Dia 22 de abril: "Foresight Strategic SP – Inovar não é uma Corrida de 100 metros", com o nadador medalhista olímpico Gustavo Borges; Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil; e Gustavo Donato, conselheiro e palestrante e professor da Dom Cabral. Evento presencial na nova sede da Fundação Dom Cabral em São Paulo. Mais informações e inscrições gratuitas no site.