Planejamento financeiro
Poupança em queda? Conheça os investimentos mais rentáveis para 2025
O cenário econômico global e as tensões geopolíticas, junto com a elevação das taxas de juros no Brasil, têm transformado profundamente o mercado financeiro. Em meio a esses desafios, a poupança, antes considerada uma opção segura e prática, perdeu força como uma alternativa para os investidores. Com a taxa Selic em patamares elevados, a inflação ainda pressionando e a volatilidade política do país, 2025 promete ser um ano de decisões difíceis para aqueles que buscam rentabilidade em seus investimentos. No entanto, também abre espaço para novas oportunidades.
Ricardo Urso, sócio-fundador da Urso Consultoria Empresarial e da Urso Capital, afirma que, entre as tendências e desafios do cenário econômico, a instabilidade se destaca, tanto na política quanto na economia, no Brasil e no exterior.
Além das incertezas e movimentos bruscos promovidos pelo presidente norte-americano Donald Trump desde que reassumiu a Casa Branca, o especialista cita também a disputa entre os Estados Unidos e a China. Para ele, essa briga, especialmente em relação ao comércio de commodities, pode afetar diretamente o fluxo de capital, mas também trazer oportunidades para o Brasil. "Isso pode beneficiar o país, já que o Brasil se destaca dentro do grupo dos BRICS, particularmente nas commodities", explica.
Internamente, o Brasil enfrenta desafios fiscais e uma inflação que se mantém acima das expectativas. Para 2025, a taxa Selic deve permanecer elevada, podendo chegar a 15% ou até ultrapassar esse índice. O cenário de juros altos torna mais difícil para empresas performarem, além de tornar o ambiente menos atrativo para novos investimentos. "Com a Selic a 13,75% ao ano, o investidor já tem uma rentabilidade considerável sem muito esforço, o que torna difícil o apetite por risco", aponta Urso.

Apesar dessas dificuldades, a possibilidade de um cenário otimista, com queda da inflação e controle dos gastos públicos, poderia resultar em redução gradual da taxa de juros. Isso estimularia mais investimentos e fomentaria o crescimento econômico. Apesar de apontar essa chance, o especialista frisa que não é o caminho que tem se desenhado no país.
Investimentos em 2025: diversificação e gestão de riscos
Diante da incerteza, a principal estratégia recomendada pelo especialista é a diversificação dos investimentos.
Não existe segredo: o importante é distribuir o risco, alocando seu capital em diferentes ativos que podem performar bem em distintos cenários econômicos, explica Urso.
Entre as opções de investimentos, ele destaca tanto a renda fixa quanto a renda variável como alternativas viáveis, desde que bem balanceadas.
Renda Fixa
Títulos públicos, como os Tesouro Direto, continuam sendo uma opção sólida para quem busca segurança e rentabilidade em um cenário de juros altos. Além disso, as LCI (Letras de Crédito Imobiliário), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e debêntures também são opções interessantes dentro da renda fixa, com a vantagem de algumas delas oferecerem isenção de Imposto de Renda.
Renda Variável
Se você está disposto a correr um pouco mais de risco, a renda variável é uma boa alternativa. Investir em ações, fundos de investimentos em ações e fundos imobiliários pode trazer retornos superiores à rentabilidade da poupança. Porém, é importante ter em mente que a volatilidade do mercado exige uma gestão cuidadosa.
Diversificação global e digital
Ricardo Urso também sugere alocar uma parte dos investimentos em dólar e ativos digitais, como o Bitcoin. Embora o mercado de criptomoedas seja volátil, ele pode ser uma estratégia interessante na busca por diversificação internacional e exposição a novas tecnologias. "Investir em ativos digitais e em moedas fortes como o dólar pode proteger o capital contra a depreciação do real e das incertezas locais", afirma.
Segurança garantida
Um ponto ressaltado pelo sócio-fundador da Urso Consultoria é a importância da segurança nas operações financeiras. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$ 250 mil por instituição financeira, é uma ferramenta essencial para proteger o investidor. Uma dica nesse sentido é não deixar todo o seu dinheiro em um único banco. Essa prática permite uma carteira mais equilibrada e segura, uma vez que distribuir investimentos em diferentes instituições viabiliza que o FGC cubra mais operações.
Se você utilizar uma corretora que trabalha com diversos bancos, consegue diluir o risco e garantir a cobertura do FGC em mais ativos, resume.
Outra possibilidade para atingir a segurança necessária dos investimentos é buscar apoio de assessorias especializadas como a Urso Capital, primeira assessoria de investimentos contratada pela EQI Corretora no Paraná, que chega para complementar o portfólio de serviços do grupo no mercado de capitais.
Como corretora de investimento, a Urso Capital está credenciada à Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), única entidade com permissão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para capacitar os profissionais que operam de modo autônomo.