Resiliência climática urbana
Startups de Curitiba podem participar de programa da ONU de impacto ambiental
Curitiba é uma das cidades contempladas na segunda edição brasileira do Programa BioCidades Empreendedoras, uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), principal autoridade global sobre meio ambiente. As informações são da Prefeitura de Curitiba.
O projeto é voltado para startups e empresas em estágio inicial, que serão selecionadas para participar, gratuitamente, de seis meses de incubação, desenvolvendo práticas voltadas à prevenção, combate e mitigação das mudanças climáticas. Ao todo, 50 empresas serão selecionadas, com foco em negócios que promovam resiliência climática urbana.
As inscrições para empreendedores interessados em ingressar no programa podem ser realizadas, gratuitamente, até o dia 9 de fevereiro, no site do BioCidades Empreendedoras. Além de Curitiba, empresas e startups de São Paulo também podem participar do processo. Negócios desenvolvidos em cidades da região metropolitana dessas capitais também são elegíveis para inscrição.
Na última quarta-feira (29), foi realizada uma live no site do programa, que apresentou detalhes da jornada de inovação. A gravação pode ser conferida aqui.
A incubadora gestora escolhida para a segunda edição brasileira do programa foi o Instituto Legado de Empreendedorismo Social, uma instituição curitibana que também integra o Vale do Pinhão, o ecossistema de inovação da capital paranaense.
Curitiba integra iniciativa global
O BioCidades Empreendedoras é o nome em português do projeto originalmente chamado “Restoration Factory”, um programa de incubação, promovido pelo governo alemão e desenvolvido pelo Pnuma em parceria com a Bridge for Billions, empresa social espanhola, que conta com a colaboração estratégica da Prefeitura de São Paulo e da Prefeitura de Curitiba, por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação.
A Prefeitura de Curitiba é parceira do programa no Brasil e contribui com o suporte técnico da equipe da Agência Curitiba de Inovação e Desenvolvimento e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Inovação (Sedei). O programa conta, ainda, com o apoio técnico da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE).
"O BioCidades Empreendedoras traz para nossas empresas conhecimentos globais importantes para atender necessidades locais voltadas ao sucesso de novos negócios, alinhados à resiliência climática e ao desenvolvimento socioeconômico sustentável", comentou, em nota, o prefeito Eduardo Pimentel.
Quem pode participar do programa
Podem se inscrever no processo seletivo startups e empresas em estágio inicial sediadas em Curitiba ou na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que atuem com foco em resiliência climática urbana, restauração de ecossistemas urbanos, fortalecimento da bioeconomia ou promoção de soluções voltadas para esses temas. As iniciativas participantes devem se enquadrar em uma das seguintes categorias:
- Alimentação e produção de alimentos
- Eficiência energética e energias renováveis
- Gestão de resíduos e economia circular
- Agroflorestas urbanas, monitoramento ambiental e manejo sustentável de fauna e flora
- Agricultura, agricultura urbana e periurbana
- Negócios sociais e economia solidária
- Produção sustentável e incentivo ao consumo consciente
- Novas tecnologias para soluções ambientais
- Educação ambiental e para empreendedorismo sustentável
- Resiliência urbana para mudanças climáticas
- Mobilidade urbana sustentável
- Ecoturismo
- Produtos e serviços sustentáveis
Desde a seleção dos participantes e durante todo o processo, a Agência Curitiba terá um papel consultivo, utilizando seu conhecimento do ecossistema de inovação da capital paranaense e dos outros 28 municípios que formam a Região Metropolitana.
A Agência também atuará na prospecção de potenciais participantes, na facilitação de parcerias e no engajamento local, além de contribuir com o aconselhamento e a cocriação no planejamento e na implantação de componentes-chave do programa, levando em consideração a realidade local da bioeconomia, da restauração e das prioridades para a conservação ambiental.