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Jaana Goeggel e Erica Fridman, sócias-fundadoras do Sororitê Fund 1. Crédito: Luciano Alves.

Empreendedorismo feminino

Novo fundo de venture capital, Sororitê vai investir em negócios nascentes fundados ou cofundados por mulheres

GazzConecta
17/09/2024 12:28
O Sororitê Fund 1 é um novo fundo de venture capital criado por mulheres para investir em startups nascentes fundadas ou cofundadas por mulheres. Com capital de R$ 25 milhões, o fundo tem como expectativa fazer seus primeiros aportes ainda em 2024, seguindo com a aplicação dos recursos até 2029.
As sócias-fundadoras, Erica Fridman e Jaana Goeggel, são investidoras com longa experiência executiva e consideradas Top Women Investing in Latin America Tech. Elas também são fundadoras da Sororitê Angel Network, uma das maiores redes de mulheres investidoras anjo do Brasil ao lado da WIM Angels de Curitiba.
A WIM Angels, assim como a Sororitê, também é composta por investidoras anjo que apoiam startups early stage lideradas por mulheres e promove a participação feminina no mercado de investimentos e no ecossistema de inovação. Além do capital, a rede oferece suporte estratégico para startups, incluindo mentorias e acesso a uma rede de contatos qualificada. Em seus três anos de atuação, a associação de investidoras, liderada por Fernanda Andreazza, já apoiou seis startups.

Escalabilidade em foco

O Sororitê Fund 1 espera investir em um número similar de startups já no primeiro ano. Além de investir em negócios que tenham pelo menos uma mulher entre os fundadores, a tese contempla o potencial tecnológico e a escalabilidade, com foco principal em fintechs, healthtechs, agrotechs e retailtechs.
“Olhando para o mercado, os times diversos representam ótimas oportunidades. Estudo feito pelo fundo de capital de risco First Round Capital revela que startups fundadas por mulheres apresentam performance 63% superior. É aqui que vamos atuar para não deixar boas chances escaparem”, pontua Erica Fridman em nota.
O Sororitê busca atrair investidores pessoas físicas, family offices e empresas e fundos que investem em VCs e que acreditem no potencial de gerar retornos superiores ao mercado por meio de investimentos em empresas lideradas por mulheres.

Recuperação do mercado de VC no Brasil

Para Jaana Goeggel, os últimos anos foram desafiadores para o segmento de venture capital. Entretanto, os empreendedores que passam por épocas de crise acabam sendo mais resilientes perante ao mercado. Por isso, ela acredita que investir em startups nascentes, agora, gera um bom fôlego para o momento de recuperação do mercado.
“Somos capazes de alcançar os melhores negócios pelo nosso trabalho e trajetória dos últimos anos. Estamos com um posicionamento único no ecossistema para ser a escolha número 1 de fundadoras talentosas e com ambição para resolver grandes dores do nosso país. Queremos achar a próxima Cris Junqueira, do Nubank, ou Daniela e Juliana Binatti, da Pismo”, revela.

R$ 6 milhões em 16 startups

A Sororitê Angel Network, criada em 2021, já investiu mais de R$ 6 milhões em 16 startups. “Quando criamos a rede, nossa ideia era gerar conexão entre fundadoras mulheres e investidoras”, explica Erica. Hoje são mais de 140 executivas e empresárias na rede.
Sob a liderança de Erica Fridman e Jaana Goeggel, a Sororitê tem sido protagonista em debates sobre equidade de gênero no mercado de venture capital. Ambas possuem vasta experiência em grandes corporações e são reconhecidas como Top Women Investing in Latin America Tech.
Erica Fridman é graduada em Administração pela FGV e tem experiência em inovação em empresas como Johnson & Johnson e Procter & Gamble. Jaana Goeggel é graduada em engenharia pela ETH Zurich e tem MBA pela Columbia Business School. Com sua vivência em empresas globais, ela busca trazer uma perspectiva diferenciada para o mundo das startups.