Destrava Aí, fintech de gestão de garantias de recebíveis de cartões, fecha rodada de R$ 4 milhões

A Destrava Aí, fintech que oferece infraestrutura de gestão de garantias especializada em recebíveis de cartões, concluiu rodada de investimento em que recebeu R$ 4 milhões. O aporte foi liderado pelo BR Angels, grupo de investimento-anjo que identifica e investe em negócios disruptivos.

Fundada em agosto de 2021, em São Paulo (SP), pelo empreendedor Cesare Rollo Iacovone, atual CEO da empresa, a fintech atende bancos, gestoras de investimento (FIDCs) e fintechs, com sua solução que ajuda a aumentar a concessão e a recuperação de crédito e de cobranças.

Com um portfólio de aproximadamente 15 clientes, a Destrava Aí avalia mais de R$ 2 bilhões em recebíveis por dia para seus parceiros e já viabilizou mais de R$ 300 milhões de crédito com garantia de recebíveis. Com os recursos, a startup projeta acelerar a evolução de seu produto, investindo no crescimento de sua estrutura de marketing e vendas para atender cada vez melhor os atuais e futuros clientes.

“O mercado de crédito PJ é colossal, mas ainda pouco explorado, principalmente no segmento das pequenas e médias empresas. Ao mesmo tempo, o uso de garantias de recebíveis viabiliza diversos modelos de negócios que vão além da tradicional antecipação de recebíveis, como o débito automático em agendas de recebíveis, os cartões de crédito colateralizados e o próprio 'crédito fumaça', dentre outros. A solução plug-and-play da Destrava Aí endereça os principais desafios de gestão de recebíveis, como agendas de recebíveis incompletas, falhas na interoperabilidade e conciliação de recebíveis com extratos, para que o cliente foque em inovar e em crescer seu negócio”, diz Iacovone em nota.

Apesar de ser um negócio recente, a Destrava Aí já havia havia recebido um aporte inicial anteriormente Além do BR Angels, também participaram da rodada investidores individuais como Pedro Lane, co-fundador e COO da Flash; Lucas Mattos, fundador da Regents; Kenzo Tominaga, fundador e CEO da Atomic Fund, entre outros.

Considerando os desafios estruturais do mercado brasileiro na concessão de crédito para pequenas e médias empresas, a baixa taxa de aprovação gera um custo alto na originação de crédito, dado que os negócios que são reprovados na análise da concessão tornam-se “CAC (Custo de Aquisição de Clientes) desperdiçado” pelos clientes da fintech.

De acordo com dados do Banco Mundial no seu ranking "Doing Business", a média do valor recuperado no Brasil após inadimplência é de 18 centavos a cada real perdido (18% é recuperado do total) e a média de prazo do processo judicial para reaver valores é de 4 anos.

“O uso de recebíveis como garantia é uma alavanca pragmática para aumentar a concessão de crédito, mantendo níveis de risco e não gerando uma seleção adversa no portfólio do financiador”, explica o CEO da Destrava Aí.

Para Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, a complexidade do mercado de recebíveis e as oportunidades financeiras geradas pela Destrava Aí foram fatores essenciais para que a associação decidisse apostar suas fichas no negócio.

“A falta de caixa disponível e os atrasos de pagamento são uma das maiores e mais prevalentes ameaças a qualquer empresa nos dias atuais. No mercado competitivo de hoje, é essencial que os negócios aproveitem ao máximo os seus processos e os benefícios da tecnologia para se manterem à frente da concorrência. Enxergamos muito valor na proposta da Destrava Aí de facilitar esses processos e estamos felizes em contribuir para o sucesso do negócio”, diz.

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