Hackers do Bem
Inscrições abertas para o Hackers do Bem, maior programa gratuito de cibersegurança do país
E se existisse um “hacker” que, ao invés de invadir redes em busca de dados e outras informações de usuários, atuasse na sua proteção? A pergunta está na tônica do programa Hackers do Bem, que abriu inscrições nesta terça-feira (2). O objetivo é capacitar, de forma gratuita, 30 mil profissionais para atuar em cibersegurança no país. Com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), dentro do PPI (Programa Prioritário em Informática) da Softex, a iniciativa é executada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Senai-SP. As inscrições estão disponíveis no site.
Em meio à transformação digital e ao aumento da demanda por segurança cibernética, o programa visa diminuir o déficit de profissionais na área. Dados do relatório Cibersecurity Ventures, por exemplo, estimam em 3,5 milhões o total de postos em cibersegurança não preenchidos no mundo todo até 2025.
A proposta do Hackers do Bem é criar alternativas frente a esse cenário, de forma a suprir tanto a demanda dos profissionais por qualificação quanto a demanda das empresas por segurança da informação.
Como funciona o Hackers do Bem
O público-alvo da iniciativa são estudantes do ensino técnico, médio e superior. Na prática, o programa é voltado tanto a quem busca uma nova carreira e quer aprender do zero sobre tecnologia quanto a quem já tem uma experiência inicial e planeja se especializar na área.
O Hackers do Bem é composto por cinco módulos ou “trilhas” de formação: nivelamento, básico, fundamental, especialização e residência (presencial). A formação envolve aulas on-line e atividades interativas, estruturadas pela Escola Superior de Redes (ESR), braço de capacitação da RNP. Ao longo de todo o programa, também haverá acompanhamento de especialistas no setor.
O acesso aos cursos online será liberado em 22 de janeiro. A previsão é que a formação completa para quem decidir percorrer todos os módulos termine até o fim de 2025. A cada etapa, o aluno pode ter acesso a certificados para comprovar a formação e, com isso, ter novas oportunidades no mercado de trabalho.
A iniciativa tem ainda outros enfoques. Um dos planos é construir um hub nacional de cibersegurança, uma espécie de rede que une profissionais formados na área.