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Ser rico de verdade significa ter liberdade para escolher, segurança para planejar o futuro e clareza sobre o que realmente importa. Crédito: D-Keine.

Allan Costa

Allan Costa

Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.

Você, amanhã

Ser rico de verdade: o que isso realmente significa?

27/02/2025 19:25
Recentemente, ouvi o Scott Galloway em um podcast e fiquei refletindo a respeito de suas lições sobre riqueza - ideias que fazem muito sentido para mim e podem ser úteis para você também. Afinal, o que é ser rico de verdade? 
A riqueza não é só ter muito dinheiro - e isso não significa romantizar a pobreza, é claro. Mas acumular fortunas sem propósito não é, necessariamente, riqueza. Pode ser apenas um monte de papel acumulado. O ponto-chave aqui é o que o dinheiro vai fazer por você - e o que ele vai fazer para que você possa viver a melhor vida possível  
Quanto de dinheiro é suficiente para você? Essa pergunta é importante porque nem tudo se resume ao que o dinheiro pode comprar. O verdadeiro benefício de ter recursos financeiros está na liberdade que ele proporciona. Dinheiro paga uma viagem, claro, mas o que realmente importa é o que essa viagem significa: tempo de qualidade com a sua família, por exemplo, ou experiências enriquecedoras e histórias para contar no futuro.  
Riqueza também é poder planejar o futuro e tomar decisões mais alinhadas com este propósito, como, por exemplo, escolher quando parar de trabalhar e o que fazer na aposentadoria. O que você gostaria de fazer, abrir um novo negócio? Dedicar-se à filantropia? Jogar dominó na praça com os amigos? Ou videogame, talvez? Poder escolher é o verdadeiro luxo.   
Vejo muitas pessoas dizendo que seu grande objetivo de vida é "ter muito dinheiro". Mas para quê? Quais sonhos esse dinheiro vai realizar? Ter clareza sobre isso ajuda a definir um objetivo realista. Estamos falando de quanto? 1 milhão, 100 milhões ou 1 bilhão? 
É claro que as necessidades e anseios mudam ao longo da vida e a maturidade desempenha um papel importante nesse processo. Mas estabelecer um número mágico pode ser importante para que você possa traçar um plano concreto e saber quanto tempo levará para chegar lá.  
E, seja lá qual seja o seu número mágico, vale usar a renda e ativos diversos como aliados, até para trazer mais segurança ao processo. Depender de uma única fonte de renda ou concentrar todos os investimentos em um só lugar pode ser um erro no longo prazo - além de ser um risco desnecessário. Ter mais de uma opção traz conforto psicológico, inclusive. Porque se o plano A der errado, você ainda tem os planos B, C ou D para garantir que as coisas voltem aos trilhos.  
Especialmente se você é empreendedor ou profissional liberal, diversificar suas fontes de renda pode trazer mais estabilidade e liberdade para investir em si mesmo - com novos conhecimentos, experiências, conexões, cursos, enfim. Criar diferentes caminhos financeiros poderá abrir portas que você nem sabia que existiam. E isso também faz parte da construção de riqueza imaterial.  
Aliás, riqueza não depende só de quanto você ganha, mas de como você lida com o dinheiro. Se seu salário é alto, mas você gasta tudo, você não é rico - só tem um custo de vida elevado. Por outro lado, quem ganha menos, mas consegue viver uma vida confortável, investir parte do que recebe e fazer o dinheiro trabalhar para si, está construindo riqueza de forma consistente.  
É muito comum, inclusive, confundir uma fatura enorme de cartão de crédito com riqueza. É o famoso cosplay de rico. Essa é uma das maiores ilusões sobre sucesso: acreditar que o acúmulo exagerado de passivos - carros de luxo, mansões, compras por status - significa ser rico. Riqueza não é comprar tudo o que quiser, mas ter a liberdade de dizer "não" para gastos desnecessários e investir com inteligência.  
Na mesma linha, outro erro muito comum é o consumo impulsivo, que impede a construção de patrimônio, especialmente entre as classes mais baixas. Isso não é culpa individual, mas sim um reflexo de um modelo social que ensina que status está ligado ao que você possui, e não à liberdade que você conquista. Gastar o que não tem e fazer dívidas desnecessárias só atrasa a construção de uma vida financeiramente segura.  
Antes de qualquer compra, vale se perguntar: preciso disso? Posso pagar sem comprometer minha renda atual? Esse dinheiro poderia trabalhar para mim de outra forma?  
Epicuro já dizia: "Todo prazer é bom, mas nem todo prazer deve ser escolhido." Isso vale mais do que nunca nos dias de hoje, quando somos bombardeados por tentações de prazeres imediatos, incluindo a compra de coisas que serão rapidamente esquecidas em um canto do armário ou descartadas.
Muitas vezes me perguntam qual é a minha definição de sucesso. E minha resposta é sempre a mesma: poder fazer o que quero, quando quero, como quero e com quem quero. E isso tem tudo a ver com liberdade. No fim das contas, riqueza não é só sobre a quantidade de dinheiro. 
A verdadeira riqueza está na possibilidade de fazer escolhas melhores e compatíveis com seus valores. É poder levantar e ir embora quando algo não faz sentido. É não se sujeitar a situações desconfortáveis por medo de perder dinheiro. É poder escolher entre trabalhar mais alguns anos ou parar agora e jogar videogame com o seu filho. 
Ou escolher fazer uma viagem de moto por um deserto africano e passar alguns perrengues, mas essa é uma história para outro dia. 
No final das contas, a liberdade é a maior conquista da riqueza.

Lideranças do agro e food no GazzSummit Agro e Foodtechs

O GazzSummit Agro e Foodtechs vem para ocupar um lugar de destaque nas discussões sobre inovação no agronegócio e no setor de food, conectando especialistas, empresas e startups para debater tendências, tecnologias e os principais desafios desses segmentos, fortalecendo o debate em torno da cadeia produtiva que leva os produtos do campo à mesa do consumidor.
Entre os palestrantes já confirmados estão Dilvo Grolli, presidente da Coopavel; Paulo Maximo, diretor de planejamento e operações de vendas LATAM da CNH Industrial; Mirella Lisboa, head AgroStart LATAM da BASF; Pedro Henrique Ferroni, sócio-diretor da gestora de investimentos Quartzo Capital; Rafael Malacco, gerente de novos negócios da Syngenta Digital; Claudio Nessralla, sócio e head equities da Ceres Investimentos; Giovani Ferreira, diretor-proprietário da afiliada Sul do Canal Rural; e Michell Longhi, gerente executivo de arquitetura tech e Digital Lab da BRF.
O evento também contará com três grandes nomes do setor supermercadista paranaense: Carlos Beal, sócio-proprietário do Festval; Everton Muffato, diretor do Super Muffato; e Pedro Joanir Zonta, fundador da Rede Condor e presidente do Grupo Zonta.
Promovido pelo GazzConecta, o GazzSummit mantém seu pioneirismo ao abordar, conjuntamente, o agro e o setor de food service, tendo as agrotechs e foodtechs como norteadoras das discussões.
Apresentado pela Gedisa, referência em geração distribuída de energia, e com o patrocínio da ESPM, Jarilo e Urso Consultoria Empresarial, o GazzSummit será realizado nos dias 26 e 27 de março como parte do Smart City Expo Curitiba, segundo maior evento sobre cidades inteligentes do mundo. Os ingressos já estão disponíveis no site oficial do GazzSummit Agro e Foodtechs.