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Viagens e negócios podem ter muita coisa em comum. Quadro dessas características podem ajudar a pensar mais sobre como lidar com seus negócios.

Allan Costa

Allan Costa

Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.

Negócios

Quatro coisas que viagens me ensinaram sobre negócios

27/06/2023 19:26
Sou um amante de viagens e acredito que essa é uma atividade das que mais nos retornam em termos de ganhos em nossas vidas. Não estou falando, obviamente, de ganhos financeiros - já que podemos gastar bastante em novos lugares. Estou falando de ganhos de novas referências, experiências e perspectivas.‌
Consigo pensar em diversas coisas que aplico no mundo dos negócios e nas minhas empresas, que aprendi nas viagens que fiz ao redor do mundo. Separei aqui quatro dessas coisas, dentre tantas outras, das que considero mais importantes.‌

Walk the talk‌

Costumo dizer em minhas palestras que ninguém pode lhe levar para onde nunca esteve. E compreender essa dura realidade é muito necessário no mundo dos negócios, povoado por especialistas que nunca fizeram nada daquilo que pregam.
Se você está indo para Roma, iria pegar dicas com alguém que já leu tudo sobre Roma no Google, mas nunca esteve lá, ou com um turista que já esteve na cidade dez vezes? A resposta é óbvia. No mundo dos negócios, acontece o mesmo. Em um mundo recheado de mentorias, cursos, e mais, só quem pode lhe guiar é quem realmente já esteve aonde você quer chegar.‌

Prepare-se para o pior‌

Costumo ser bastante otimista, mas em viagens, principalmente em expedições solitárias de moto em locais mais distantes ou fora do Brasil, é preciso estar sempre preparado para o pior. Reserva de emergência, seguro, contatos…
Existem diversas maneiras de se preparar para o pior em uma viagem. No mundo dos negócios, vale a mesma regra. Ter planos A, B, C, ter muito caixa disponível e ter times enxutos, para conseguir mudar de rumo se for preciso. Existem milhares de variáveis fora do nosso controle. Algumas são ótimas. Outras, são maléficas e podem nos tirar do jogo se não estivermos preparados.‌

O hype pode enganar - e muito‌

Você provavelmente já conheceu um lugar que, por fotos e por relatos, era sensacional, mas que, para você, não era nada demais. O hype, nas viagens, pode nos fazer ter um esforço imenso para conhecer um lugar que não nos emociona.
No mundo dos negócios, também temos muitos hypes surgindo a cada semana. Como gestores, temos que ter maturidade para não sair atrás de qualquer novo objeto brilhante que surge no horizonte, preservando nossa visão de longo prazo.‌

Jornada versus destino‌

Por fim, viajar muito me ajudou a perceber que a jornada é tão importante quanto o destino - se não for mais. Muitas vezes, por estarmos tão imersos e focados em chegar ao destino, acabamos nos esquecendo de olhar para os lados e viver o agora, enquanto aproveitamos a jornada. Bater metas é importante e conquistar os grandes objetivos definidos no planejamento estratégico é essencial, mas é preciso também aproveitar a jornada e vivenciar tudo o que ela nos oferece.