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Allan Costa

Allan Costa

Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.

Inteligência artificial

O deslumbre com a inteligência artificial

18/10/2023 18:13
Estamos passando por um período de deslumbre em relação à inteligência artificial. Isso é comum com toda nova tecnologia poderosa. Tivemos períodos semelhantes com a internet, quando qualquer empresa ".com" tinha um valuation milionário mesmo sem um produto que parasse de pé, ou então com os smartphones, quando toda empresa achava que precisava criar um app.
Já abordei a inteligência artificial em diversos artigos anteriores e também tenho falado bastante sobre o tema em minhas palestras. Se você já me viu falando sobre o tema, sabe que acredito que sim, essa é uma das tecnologias mais revolucionárias deste século.
Ao mesmo tempo, sei também que existe muito hype em torno dela e meu estilo sempre é o de tentar separar o que é sinal do que é ruído.
Desde o final do ano passado, quando plataformas como ChatGPT e Midjourney começaram a circular para o público em geral, começou um período de deslumbre em relação a essa nova tecnologia.
Como em outros hypes tecnológicos, temos visto muitas empresas tentando incorporar a IA de qualquer jeito em suas operações, sem antes perguntar e responder a diversos porquês, para que a incorporação dessa tecnologia faça realmente sentido.
Como sempre digo, tecnologia é potencializadora. Incorpore a IA em processos bons, com dados limpos e de alta qualidade - e aquilo pode ser uma revolução positiva para o negócio. Por outro lado, incorporá-la em processos ruins, com dados ruins, pode dar início a um pesadelo.
Tenho visto, também, muitos gestores achando que a IA a é resposta para tudo ou, então, que ela pode resolver qualquer problema de maneira simples. Essas pessoas, naturalmente, não sabem como a IA ou modelos de machine learning realmente funcionam.
Sim, esses modelos são extremamente poderosos. Estão presentes nas nossas análises de crédito, em escolhas de filme da Netflix, músicas do Spotify ou pesquisas do Google. Mas construí-los não é, nem de longe, uma tarefa tão simples quanto muitos podem querer fazer parecer.
É preciso uma quantidade cavalar de dados, além de engenheiros talentosos e muito, muito poder computacional capaz de dar conta de todos aqueles dados para trazer outputs que façam sentido para o negócio.
Muitas empresas e muitos gestores irão quebrar a cara ou sair do mercado por não se adaptarem com a velocidade necessária para acompanhar a revolução da IA. Da mesma forma, muitos serão tirados do jogo por se deslumbrarem com a IA, tentando incorporá-la sem realmente entender as reais nuances e desafios dessa tecnologia.
Aqueles que evitarem esses dois erros, não ficando para trás, mas ao mesmo tempo, sabendo como utilizar a IA de forma efetiva, poderão colher grandes frutos nos próximos anos e décadas.

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