Vocês sabem, eu gosto muito de andar de moto. Já viajei para vários países para sentir o prazer de explorar novos lugares com o vento no rosto. Como toda boa jornada, enfrentei alguns perrengues – como quando fiquei na estrada, no meio da Sibéria, sem embreagem na moto, sem falar o idioma local e sem um mecânico por perto.
Longe de qualquer cidade grande, sem qualquer garantia de que conseguiríamos resolver a situação, parecia o tipo de problema que poderia encerrar a viagem ali mesmo. Mas desistir nunca foi uma opção. Até para desistir, eu precisaria falar a língua local – o que não era o caso.
A única escolha era lidar com o imprevisto, buscar alternativas e seguir em frente. Depois de três dias parados em Omsk, conseguimos um mecânico que literalmente desmontou a moto ao meio para consertá-la. Problema resolvido, estrada retomada. Muito boa a experiência, recomendo.
E essa é a essência de qualquer jornada. A graça de andar de moto não está apenas em chegar, mas em contemplar o caminho, admirar a paisagem, parar na beira da estrada e respirar ar puro. E, às vezes, claro, ficar sem embreagem no meio do nada.
Diferente de qualquer outro veículo, a moto exige um nível de conexão e atenção que leva tempo para ser assimilado. E a primeira grande lição é simples, mas fundamental: a inércia é inimiga do equilíbrio.
O que mantém a moto estável é o movimento contínuo e intencional. Se andar devagar demais, perde a estabilidade. Se acelerar demais - e sem controle -, você se coloca em risco. Movimentos bruscos podem significar uma queda - e moto, vale lembrar, não tem para-choque.
O desafio, então, é encontrar um ritmo sustentável e confortável. Não dá para dar um cavalo de pau em toda curva, nem acelerar de qualquer jeito. O olhar direciona a trajetória da moto. Se você fixa os olhos na curva em vez de olhar para frente, perde o controle e tomba. Seu corpo precisa estar alinhado com a moto - inclinar na direção errada pode desestabilizar o veículo e te derrubar.
Além disso, o timing de aceleração e frenagem é crucial. Saber quando acelerar e em qual intensidade faz toda a diferença. Movimentos bruscos levam a quedas feias - o que é sempre melhor evitar.
Mas esse domínio só vem com a prática. Não importa quantos livros você leia sobre pilotagem, quantos podcasts ouça. Você só entende o feeling quando está efetivamente pilotando, sentindo a estrada e reagindo ao que ela apresenta.
Você só entende a estrada quando está nela. Por mais que analise mapas, estude o trajeto no Google Maps ou escute relatos de quem já passou por lá, a verdadeira compreensão só vem de gastar borracha no asfalto.
Você pode se preparar, pode calcular todos os riscos e tentar antecipar os desafios, mas nada substitui a experiência real de estar na estrada, enfrentando o que aparece no caminho.
Isso também significa que a responsabilidade é toda sua. Não há piloto automático. Não dá para terceirizar a direção para outra pessoa. Você está no controle - para o bem e para o mal.
E sabe o que é mais interessante? Muitas vezes, os maiores aprendizados não vêm dos momentos planejados, mas dos imprevistos. São os problemas inesperados que testam nossa capacidade de adaptação, que nos forçam a buscar novas soluções, que nos ensinam a sair do piloto automático.
No final das contas, ter quilometragem alta e experiência de estrada faz um bem danado.
PS: este não é um texto sobre motos.
Lideranças do agro e food no GazzSummit Agro e Foodtechs
O GazzSummit Agro e Foodtechs vem para ocupar um lugar de destaque nas discussões sobre inovação no agronegócio e no setor de food, conectando especialistas, empresas e startups para debater tendências, tecnologias e os principais desafios desses segmentos, fortalecendo o debate em torno da cadeia produtiva que leva os produtos do campo à mesa do consumidor.
Entre os palestrantes já confirmados estão Dilvo Grolli, presidente da Coopavel; Paulo Maximo, diretor de planejamento e operações de vendas LATAM da CNH Industrial; e Mirella Lisboa, head AgroStart LATAM da BASF. O evento também contará com três grandes nomes do setor supermercadista paranaense: Carlos Beal, sócio-proprietário do Festval; Everton Muffato, diretor do Super Muffato; e Pedro Joanir Zonta, fundador da Rede Condor e presidente do Grupo Zonta.
Promovido pelo
GazzConecta, o GazzSummit mantém seu pioneirismo ao abordar, conjuntamente, o agro e o setor de food service, tendo as agrotechs e foodtechs como norteadoras das discussões.
Apresentado pela
Gedisa, referência em geração distribuída de energia, e com o patrocínio da
Urso Consultoria Empresarial, o GazzSummit será realizado nos dias
26 e 27 de março como parte do
Smart City Expo Curitiba, segundo maior evento sobre cidades inteligentes do mundo.
Os ingressos já estão disponíveis no site oficial do GazzSummit Agro e Foodtechs.