Allan Costa
Allan Costa é empreendedor, investidor-anjo, mentor, escritor, motociclista e palestrante em dois TEDx e em mais de 100 eventos por ano. Co-fundador do AAA Inovação, da Curitiba Angels e Diretor de Inovação da ISH Tecnologia. Mestre pela FGV e pela Lancaster University (UK), e AMP pela Harvard Business School.
Saúde mental
Como liderar em momentos de estresse e pressão
momentos de incerteza é o aumento do estresse. Nós, como humanos, somos avessos
à incerteza. Gostamos de sentir que estamos no controle e planejar todos os
nossos passos.
vacinas, 2021 parece um corredor escuro no qual não conseguimos enxergar
exatamente como será no final. No final das contas, parece que 2021 terá no
mínimo 24 meses.
Um grande questionamento que fazemos nesse contexto é: como líderes devem se comportar em momentos como esses, quando eles mesmos e seus liderados estão, há meses, tão exaustos?
em comum entre a primeira e a segunda onda da pandemia, elas possuem algumas
diferenças entre si. Na primeira onda, diante de todas as novidades surgindo,
foi preciso buscar agir rápido em um ambiente em que ninguém parecia ter
certeza do que estava acontecendo. Foi o instinto de sobrevivência reagindo com
prontidão, dilatando nossas pupilas, disparando ondas de adrenalina que nos
prepararam para os dias duros que viriam.
Para os líderes, é necessário levar cada vez mais em conta uma das palavras-chave para este século: saúde mental. Este é um assunto ainda tabu em muitas organizações, evidenciado pela pandemia.
Timothy Wilson, David Reinhard e Erin Westgate, denominado “Basta pensar: os
desafios da mente desligada” (tradução livre), os especialistas descobriram que
soldados, por exemplo, ficam mais estressados em momentos de espera e de tédio
do que durante combates. E o momento atual já não é mais caracterizado pela
postura de guerra, mas por uma necessidade de aguardar o desenrolar de
situações que não estão exatamente sob nosso controle.
Líderes precisam levar a saúde mental a sério. Uma simples forma de começar a fazer isso é mostrando fragilidades, dúvidas e desconfortos. É natural que líderes queiram se mostrar figuras quase perfeitas e inatingíveis. Contudo, líderes capazes de mostrar suas próprias vulnerabilidades são percebidos como muito mais humanos pelos seus liderados, e isso faz toda a diferença.