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Franklin Luzes é vice-presidente de inovação, novos negócios e da área de startups em fase de crescimento acelerado na Microsoft.

Rafael Mendes

Rafael Mendes

Rafael Mendes é CEO da RP Trader e coautor do livro "Seja Visto e Lembrado", um manual prático para impulsionar vendas.

Conheça o Microsoft for Startups Founders Hub

15/09/2023 15:57
Franklin Luzes, nosso entrevistado de hoje, é o vice-presidente de inovação, novos negócios e da área de startups em fase de crescimento acelerado na Microsoft. Ele afirma que tem muito carinho por esse tema, porque já foi empreendedor de uma empresa que foi um caso de sucesso e internacionalização, antes de trabalhar na Microsoft. Franklin ainda diz que gosta de ver o Brasil sendo colocado como inovador fora do país e, também, de ver empresas crescendo rapidamente para serem vistas como criativas e inovadoras mundo afora.
O programa Microsoft for Startups Founders Hub é um formato novo e amplo que contempla empresas em qualquer fase de negócio, desde a incubadora, passando por empresas dentro de faculdades até aquelas em fase de desenvolvimento ou crescimento. Para participar, não há exigência de um anterior investidor de risco e as empresas participantes têm acesso à tecnologia da Microsoft e, também, à mentoria com experts no mercado. No programa, portanto, é oferecido apoio a milhares de empresas para que elas, em fase inicial, tenham condições de ter acesso à informação, não apenas à tecnologia.
Sobre os principais desafios das startups brasileiras, Luzes cita alguns. O primeiro deles é a construção de um modelo de negócio que resolva um problema real. Esse bom modelo será capaz de atrair clientes, ou seja, outras empresas vão querer consumir o produto ou serviço desta empresa? Depois, o desafio é crescer, escalar para que um cliente se transforme em um milhão deles. Para isso, é fundamental ter uma boa organização, que dê vazão à demanda, e uma boa gestão, que seja capaz de gerenciar todas as áreas da empresa.
Outro desafio é ter capital. Afinal, é um ponto essencial, seja ele por meio de investidores-anjo, fundo ou outros. E, por fim, uma boa equipe precisa ser contratada, com talentos que se sintam motivados e parte da empresa para que permaneçam contribuindo com o crescimento e, também, ganhem com ele.
Para Franklin, a melhor maneira de usar as tecnologias da Microsoft para validar uma ideia de tecnologia para uma startup é aproveitar ao máximo as ferramentas disponibilizadas, como a Azure, uma das referências, principalmente no mercado B2B, que permite criar, testar, implantar e gerenciar aplicações e serviços em escala global. Além disso, o acesso a ferramentas de inteligência artificial de fácil compreensão permite a análise e o gerenciamento de dados e informações que guiarão as ações da empresa.
Ele cita, ainda, a Power Platform, que auxilia na ação ágil e na criação de soluções que impulsionam as empresas de maneira acessível não apenas a profissionais da tecnologia da informação, mas a outros profissionais que precisam tomar decisões dentro de um negócio. Por fim, há ainda as ferramentas de colaboração da Microsoft, como o Power Point na montagem de apresentações, o Word na elaboração de uma proposta comercial; o Outlook, na comunicação por e-mail; o Teams, para conferências, e até o LinkedIn, que foi incorporado à Microsoft, apenas para citar alguns exemplos. Ou seja, há todo um aparato riquíssimo que as empresas podem utilizar, visando eficiência para o seu crescimento no mercado.
Sobre a conquista dos primeiros mil usuários de uma startup, ele cita duas métricas: 1000 usuários e 1 milhão de faturamento. Para uma empresa chegar a mil, é preciso chegar a um. O caminho, como já dito anteriormente, é ter um problema real para que um usuário veja valor no que é oferecido. Com esse cliente, a empresa deve testar sua tese para provar que esse problema se repete com vários outros clientes. O segredo, então, é testar para confirmar que o problema de fato existe e definir seu produto.
Depois disso, é necessário analisar as regiões ou segmentos com usuários que também precisam da solução oferecida. Para empresas B2B, é importante participar de eventos que ajudem na divulgação dessa solução para o público certo, ou seja, para grupos que tenham a necessidade de resolver esse problema identificado.
É sempre bom lembrar que o marketing boca a boca não deve ser esquecido ou menosprezado porque ele é barato e eficiente. Afinal, um cliente satisfeito se torna um grande divulgador de uma empresa, o que gera um reforço de peso na imagem dela e ajuda a exponenciar o crescimento, ainda mais se conseguir se vender para grandes empresas. Tudo isso deve se alinhar a um bom atendimento ao cliente durante todo o processo de venda, inclusive o pós-venda que, muitas vezes, recebe menor atenção.
Nesse sentido, deve-se ter o entendimento de que o custo da perda de um cliente é muito maior do que o que se gasta para a conquista de um novo. Um último ponto já citado por Franklin, que também não deve se deixado de lado, é uma equipe de bons talentos que seja capaz de atender à demanda de uma empresa em crescimento.
Para finalizar, Franklin apresenta a visão da Microsoft com o programa Founders Hub para o Brasil. Dentre os objetivos estão a democratização do acesso à inovação e o fortalecimento do ecossistema de empreendedorismo no país, que não deve nada a outros empreendedores no mundo; a geração de projetos inovadores em diversas áreas com as novas tecnologias, e sustentabilidade, visando um impacto positivo no planeta. Ou seja, a busca é por uma conexão com desafios globais, que é um valor da Microsoft.