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João Kepler

João Kepler

João Kepler é escritor, educador, anjo-investidor, conferencista, apresentador do programa PIVOTANDO no SBT News. É autor de 11 livros, especialista em nova economia, equity, startups e negócios inovadores. Foi premiado quatro vezes como o Melhor Investidor Anjo do Brasil pelo Startup Awards. Também foi premiado pelo iBest como Top #1 do Brasil em Economia e Negócios. Kepler ainda é CVO da Bossa Invest - Venture Capital e CEO da Equity Fund - Private Equity.

Inteligência

Você se considera inteligente ou esperto?

27/07/2020 18:09
Se você fizer uma pesquisa simples a qualquer pessoa que seja do seu convívio, provavelmente encontrará uma associação entre inteligência e esperteza. No geral, associa-se quem é esperto — que percebe tudo, atento, vigilante— a uma pessoa também inteligente. De fato, não à toa existe tal associação, dificilmente alguém esperto por essência não é também inteligente — o que, segundo a sabedoria popular, é alguém que tem um bom conhecimento acerca das coisas.
É preciso considerar que o que realmente precisa sobressair é a inteligência. Queira ser mais inteligente do que esperto. Apesar dos espertos terem boas sacadas e saírem de situações complicadas, os inteligentes nunca entrariam nelas.
De fato, conhecimento e inteligência andam juntos, mas saber se alguém é realmente inteligente requer um exame mais profundo. Uma pessoa inteligente também é esperta o suficiente para absorver a sabedoria dos outros, reconhecendo que eles mesmos não sabem de tudo. Ou seja, na prática isso quer dizer que você pode ser popular, talentoso e esperto, mas isso não necessariamente significa que tenha inteligência.
Sem contar que inteligência, se atrelada a sabedoria com base na maturidade e aprendizado constante, indica limites — é o ponto em que começa e termina o caráter, intuição e integridade. Você já parou para pensar em quais escolhas você vê pessoas inteligentes fazendo? Elas buscam os mentores certos, conhecimento e informações constantemente. Pessoas inteligentes ampliam seu conhecimento para além do campo intelectual.
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Em plena era digital, em meio a uma crise mundial em decorrência da Covid-19, das mídias sociais, e acesso a praticamente tudo via internet, pessoas inteligentes estão em vantagem ao aproveitarem para aprender, estudar, se preparar para o que está por vir. Isso porque uma constatação leva a outra: quem é inteligente está aberto a novas ideias, a opiniões diferentes das suas e busca construir relacionamentos sólidos baseados em trocas de experiências.
Além disso, pessoas inteligentes sabem o que falam e principalmente como falam, porque sabem que conflitos, confusões e desentendimentos vêm das nossas palavras e da forma como nos comunicamos. A autoconsciência pode te dizer em quais relações investir e quais pessoas procurar para pedir conselhos.
Se eles estão almoçando com alguém que fala mal de outras pessoas, os inteligentes serão suficientemente intuitivos para saber que eles podem ser os próximos dessa lista — então, eles vão embora. Quem é inteligente sabe disso e aproveita sua habilidade para escutar os outros para resolver problemas, construir laços de confiança e ganhar o coração e a cabeça dos demais, não para alimentar e dar força ao que consome energia e gera resultados negativos. Por fim, ser uma pessoa inteligente te fará automaticamente esperto o suficiente para saber onde e como focar sua energia e fazer a diferença.