Andre Inohara
Andre Inohara é cofundador e CEO da Inovasia, consultoria de educação executiva que ajuda empresas brasileiras a se conectar aos modelos mais disruptivos de negócios na Ásia. Antes de criar a Inovasia, André atuou como assessor de comunicação na Amcham, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil, e ajudou a criar o conteúdo multiplataforma da entidade. É jornalista e administrador, com MBA em Informações Financeiras pela FIA (Fundação Instituto de Administração) e pós-graduação em Comunicação Digital pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
Tendências
6 tecnologias em alta na China que estão chegando ao Brasil
consequências econômicas e culturais para o Brasil e o mundo. A consolidação da
Ásia como rota principal do comércio internacional está entre elas, tendo a
China como o eixo central. Nesse novo normal, o gigante asiático vai ascender
como principal liderança econômica e tecnológica global nos próximos cinco
anos, projeção já divulgada por órgãos como Banco Mundial e FMI.
1. Entregas sem contato
2. A vez das edtechs: educação online se mostrou fundamental
3. 5G e Conectividade
desenvolvimento da rede 5G continua sendo liderada pela China, mesmo com os
bloqueios comerciais e tecnológicos impostos pelos EUA. O país que dominar o
ciclo produtivo dessa rede ultra-rápida de internet vai faturar trilhões de
dólares em patentes nos próximos anos. No entanto, chipsets críticos ao
funcionamento do 5G são americanos e foram proibidos pelo governo de serem
fornecidos à China.
a restrição, a China desenvolve um plano de autossuficiência tecnológica nos
próximos cinco anos e, com isso, produzir localmente os componentes necessários
ao 5G. Ainda que com atrasos, a China continuará expandindo sua rede doméstica
de 5G, que hoje atende mais de 220 milhões de chineses.
4. Telessaúde e telemedicina
tratamentos de saúde online se popularizaram no ano passado, diante da
necessidade de isolamento. Os apps mais usados na China foram o WeDoctor, da
Tencent, que registrou mais de 250 mil consultas entre janeiro a fevereiro, e o
Ping An Good Doctor, da seguradora Ping An – que tem mais de 340 milhões de
usuários registrados.
IHS Technology calcula que as consultas de telessaúde aumentaram 50% em
comparação com os níveis pré-pandemia. Só nos EUA, cerca de 70 milhões de
americanos recorreram ao tratamento. Para a Forrester Research, o número
de consultas virtuais nos EUA chegará a quase um bilhão no início de 2021.
5. Moeda virtual soberana
soberana da China. Com lastro do Banco do Povo da China (o banco central), a
moeda digital foi testada nas grandes e médias cidades com sucesso. Em uma fase
posterior, o governo sorteou pessoas na cidade de Shenzhen e distribuiu 200
renminbi (cerca de 30 dólares) entre os cidadãos para que eles usassem o
renminbi digital no comércio local.
A partir desse ano, empresas privadas, como a Didi Chuxing e a Meituan, devem aceitar pagamento na moeda virtual chinesa. O objetivo da China é ser o primeiro país a abandonar a moeda de papel e conter a atuação de empresas privadas em meios de pagamento virtuais, como o Alibaba, Tencent e Facebook.
6. Carros autônomos e elétricos
Em linhas gerais, o desenvolvimento tecnológico em 2021 será uma continuação de 2020. Muitas inovações foram testadas e aceleradas por influência do Covid-19, como foram os casos de e-commerce, telemedicina e edtechs.
tornaram parte do novo normal e continuarão norteando as empresas neste ano. O
consumidor brasileiro também ficou mais digital por conta da pandemia e também espera
a comodidade proporcionada pelos novos serviços e produtos que devem chegar
esse ano.