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Existe um conceito atemporal que pode unir pessoas e promover o entendimento: o "bom senso". Crédito: Wayhomestudio / Freepik.

Antonella Satyro

Antonella Satyro

Antonella Satyro é CEO e founder do Human Skills Manifesto. Atuou por 13 anos na maior multinacional de petróleo do mundo, a ExxonMobil, nas áreas de liderança global e inovação, gerenciando times ágeis de tecnologia no Brasil, EUA e Índia. Atualmente, é executiva à frente do Human Skills Manifesto, uma edtech que capacita profissionais e líderes para a Nova Era. Também é angel investor, conselheira e board member em startups, assim como atua mentorando CEOs e, principalmente, lideranças femininas nas maiores aceleradoras do Brasil, Portugal e Israel. É palestrante internacional e TEDx Speaker. Autora do livro "Todas as Emoções deste Mundo" e do livro “Líderes que Curam”.

Interações

Desenvolvendo a empatia em um mundo de polaridades: o poder do "bom senso" 

29/02/2024 17:04
No mundo acelerado e interconectado em que vivemos atualmente, muitas vezes nos sentimos bombardeados por visões opostas e debates polarizados. Parece que encontrar um terreno comum se tornou cada vez mais difícil. No entanto, enquanto navegamos por essas complexidades, existe um conceito atemporal que pode unir pessoas e promover o entendimento: o "bom senso".
Falando em "bom senso", em um café da manhã com líderes, o Guilherme Gondim comentou que este termo é exclusivamente brasileiro, algo que eu não tinha me tocado conscientemente. Pois é, bom senso na língua portuguesa engloba a essência do senso comum, da sabedoria prática e do discernimento sadio. Embora em outros idiomas utilizemos a expressão "common sense", é interessante notar que a palavra "bom senso" é uma construção única e especial do nosso idioma.
Em um mundo marcado por divisões e polaridades, cultivar o bom senso se torna essencial para enfrentar os desafios de forma equilibrada e construtiva. O bom senso nos convida a buscar soluções pragmáticas e sensatas, considerando diferentes perspectivas e respeitando a diversidade de opiniões.
Ao invés de nos deixarmos levar por extremos ou fecharmos os olhos diante das complexidades, o bom senso nos convida a questionar, analisar e refletir. Afinal, o que é bom senso para você? E para as pessoas que você ama ou para aquelas que você conhece superficialmente? 
O bom senso nos faz refletir que quando falamos sobre isso, a única concordância que temos é sobre diversidade, equidade e inclusão, pois temos que olhar para diversas perspectivas. E quanto mais fazemos isso, mais vamos tomar decisões informadas, baseadas em fatos e evidências, ao invés de ceder a impulsos emocionais ou seguir cegamente ideologias.
O bom senso nos lembra da importância de manter a calma e a objetividade em tempos turbulentos. Ele nos ajuda a encontrar pontos de convergência, a buscar o diálogo construtivo e a construir pontes entre diferentes perspectivas.
Em um mundo onde as polaridades parecem cada vez mais acentuadas, o bom senso se torna um antídoto poderoso contra a polarização excessiva. Ele nos convida a buscar um entendimento mútuo, a valorizar o respeito e a desenvolver nossa habilidade empática para trabalhar em direção a soluções comuns que beneficiem a todos. Monja Coen, líder espiritual muito conhecida no Brasil trouxe uma reflexão muito interessante no programa ‘Encontro” que quero destacar aqui:
“Não é maravilhoso que pensem diferente de nós? Por que todos têm que concordar conosco? A discordância faz parte da vida. E você ter a capacidade de compaixão… o Dalai-Lama fala uma coisa que eu gosto muito: que a compaixão nem sempre é visceral. Se você vê alguém maltratando alguém, falando coisas discriminatórias e impróprias, a gente vai ter pena daquele que é discriminado. Vai ter pena da vítima. Mas você precisa descobrir a capacidade de sentir pena daquele que está vitimando, porque é um ser muito infeliz. 
O ser que é realmente desperto, bom, amoroso, não é grosseiro, rude. Então essa pessoa está quase gritando ‘socorro, socorro’. Quer aparecer, quer falar bobagem, falar coisas erradas. A gente tem que se apiedar. Não é fácil, porque não é visceral. A gente trabalha com o intelecto. ‘Por que este ser está se manifestando dessa forma? Qual necessidade verdadeira que não está sendo atendida?’.” 
Portanto, convido você a cultivar o bom senso em suas interações diárias. Esteja aberto(a) ao diálogo, ouça atentamente diferentes pontos de vista e busque entender as motivações por trás deles. Lembre-se de que, embora a expressão "bom senso" só exista no Brasil, seu poder transcende fronteiras e pode iluminar um mundo repleto de polaridades.
Vamos construir um mundo mais equilibrado, colaborativo e harmonioso, onde o bom senso seja uma força unificadora que nos guie na busca por soluções comuns. Juntos, podemos criar um futuro mais promissor e construir um legado de compreensão e respeito. Vamos juntos(as)?
Convido você, leitor(a), que se interessa por liderança humanizada, habilidades humanas, empatia e quer ver um mundo com mais amor, para o lançamento do meu livro “Líderes que curam: construa a sua liderança do futuro com uma equipe motivada, engajada e de melhor performance” que acontece acontece em duas oportunidades: no dia 7 de março, às 19h, na Livraria da Vila no shopping JK Iguatemi, em São Paulo; e no dia 13 de março, às 19h, nas Livrarias Curitiba do ParkShoppingBarigui, em Curitiba. A pré-venda do livro está disponível aqui.

E vem aí o GazzSummit

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