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Segundo a OCDE, uma cidade inteligente é aquela que potencializa o desenvolvimento e a aplicação da economia digital, além de engajar as lideranças locais para aumentar o bem-estar das pessoas, no sentido de construir uma sociedade mais inclusiva, sustentável e resiliente.

Julio Cezar Agostini

Julio Cezar Agostini

Júlio Cezar Agostini é Coordenador Nacional do Polo de Lideranças do Sistema Sebrae. Compartilha seu conhecimento pelo perfil no Instagram e também pelo canal no YouTube.

Smart Cities

Cidades inteligentes, o caminho para o futuro das cidades

23/02/2023 18:35
O tema cidades inteligentes é palpitante e chama cada vez mais a atenção das lideranças públicas que querem ter uma gestão de vanguarda e posicionar seus municípios nos melhores rankings nacionais e internacionais quando o assunto diz respeito ao uso da tecnologia, digitalização e inovação para a busca do crescimento com sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Mas o que é uma cidade inteligente? Não há um conceito único para o tema. Um conjunto de atores variados emergiram mundo afora no movimento das cidades inteligentes. Cada ator percebe as cidades através de diferentes (das suas próprias) lentes.
Engenheiros e companhias tecnológicas do setor privado a percebem como um complexo sistema de múltiplas camadas. Arquitetos e ONGs percebem as cidades em termos das pessoas, inclusão social e senso de espaço urbano. Líderes governamentais percebem as cidades em função do crescimento econômico e na melhoria dos serviços públicos apoiados por políticas públicas. São diferentes pontos de vistas, mas todos possuem uma visão comum: a de desenvolver cidades mais inteligentes e mais sustentáveis.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) define uma cidade inteligente como uma cidade que potencializa o desenvolvimento e a aplicação da economia digital, além de engajar as lideranças locais para aumentar o bem-estar das pessoas, no sentido de construir uma sociedade mais inclusiva, sustentável e resiliente, sendo esses seus objetivos centrais. As cidades inteligentes existem na interconexão da tecnologia digital, da inovação disruptiva e o ambiente urbano. Um lugar excitante para se trabalhar e viver. São cidades que usam a tecnologia da informação e comunicação para aumentar sua eficiência operacional e compartilhar informações entre os setores público e o privado e prover melhor qualidade de serviços governamentais e bem-estar aos cidadãos.
O tema cidades inteligentes é abrangente pois compreende o uso das tecnologias disruptivas, o que inclui: tecnologias móveis, plataformas digitais, internet das coisas, big data, open data, computação cognitiva, impressão 3D, robôs sociais, veículos autônomos, drones etc. Todas essas tecnologias, por sua vez, possibilitam o desenvolvimento das mais variadas soluções inteligentes para resolver problemas relacionados a assuntos como mobilidade urbana, segurança, energia, águas, resíduos, edifícios, habitações, saúde, educação, finanças, turismo e lazer, varejo, manufatura, construções e governo, que ao serem adotadas pela gestão pública, acabam por modificar o patamar dos serviços oferecidos à população.
Mas algo que não se pode perder de vista é que, independentemente do conceito a ser adotado, a tecnologia, a digitalização e a inovação não são um fim em si mesmos. Devem ser percebidas como meio no desenvolvimento de soluções que gerarão impactos positivos para a obtenção de uma sociedade mais inclusiva, sustentável e resiliente para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.