Silvana Piñeiro Nogueira*
Segurança eletrônica
Prioridade dos brasileiros, setor de segurança precisa se digitalizar
A segurança é uma das maiores preocupações de brasileiros em todas as regiões e segmentos sociais, realidade que está na base do mercado de segurança eletrônica, que movimenta R$ 7 bilhões e compreende mais de 26 mil empresas em todo o país. Com a entrada do setor privado para trazer maior proteção aos lares, empresas de monitoramento e alarmes, seguranças particulares e o uso de software tecnológico marcam presença num segmento que crescia 8% ao ano, em média, antes da pandemia. Por isso, o desafio nesta nova realidade é aprender a fazer negócio.
Para estes players, a dificuldade é ainda maior, pois trata-se de um mercado tradicionalista. Estamos falando de quase 100% das transações feitas pessoalmente, com venda olho no olho. As companhias, por sua vez, praticamente não investiam em recursos digitais para se comunicar.
Com a pandemia, o cenário precisou ser transformado totalmente, o que gerou diversas mudanças de produtos e serviços, novas estratégias e processos internos, renovação em logística, comunicação interna e externa e nas operações. Além disso, surge a necessidade da presença nas redes sociais.
Este não é o único segmento que patina nos recursos online. Durante dez anos, vemos em nossos contatos Business to Business o mesmo cenário e entendemos a necessidade de prover soluções para que cada empresa mostre sua marca no mundo virtual de forma autêntica.
A nossa missão enquanto comunicadores digitais é auxiliar corporações a colocar em prática o ditado que diz: “a necessidade é a mãe da invenção”, afinal, participamos ativamente da transformação de diversas empresas. Ou seja, existe uma luz no final do túnel!
A GSN Brasil é um ótimo exemplo de como é possível reformular-se em 90 dias. Logo no início da pandemia, a empresa percebeu que precisaria mudar o seu sistema de vendas e processos internos. Conseguiu se reinventar por meio de ferramentas tecnológicas, implementação de novas rotinas e vendas online.
O resultado foi assertivo: desde software de telefone para transferência de ligações para qualquer cidade do país, a plataformas de reunião e webinars, WhatsApp corporativo com chatbot, modernização do site, até novas formas de atender o cliente remotamente, investimento em campanhas, anúncios e estratégias para as redes sociais.
Foram mudanças agressivas colocadas em prática rapidamente e que resultaram em um novo modelo de negócio. A empresa tem unidades no Brasil inteiro e agora, com a presença online, implementou melhorias que permanecerão mesmo quando tudo voltar ao normal.
A transformação digital de um mercado tão tradicional prova que realmente a tecnologia veio para ficar, complementar, mudar, inovar e criar novas formas de negócio. Por isso, não podemos estar fechados a novas ideias, ainda mais quando se nota que muitas companhias estão fechando por serem resistentes a qualquer mudança – e está mais que comprovado que o mundo digital é a única certeza que temos no momento.
*Silvana Piñeiro Nogueira é jornalista, mestre em Estudos Políticos pela Sorbonne e pós-graduada em Marketing pela FAE Business School. Ela mora na Alemanha e administra a Smartcom Inteligência em Comunicação, que há 10 anos atua na área de comunicação internacional B2B.