Sean Quinn*
Preparação dos jovens para o futuro
O papel da educação na formação dos líderes do futuro
Existe uma preocupação legítima dos familiares e sociedade em torno da preparação das crianças e jovens para o futuro. Em um contexto de intensa transformação tecnológica, em escala global, com o digital assumindo o protagonismo dessas mudanças, todo o mercado vem sendo impactado por essa evolução. A necessidade de adequação aos preceitos do mundo contemporâneo atinge também o ensino, que desempenha um papel crucial na formação dos jovens.
Esse cenário de mudanças trouxe ainda mais relevância para o espaço educacional, que tem participação fundamental na preparação dos alunos para o futuro. Para além das habilidades profissionais, os centros de ensino precisam refletir os valores de uma sociedade mais plural, diversa e inclusiva. Neste sentido, questões importantes como liberdade, capacidade crítica e reflexiva assumem o centro do debate no ambiente privado e público, contribuindo para a formação de um mundo melhor.
Diante desses desafios, percebe-se a necessidade de uma evolução também nos centros de ensino, seja em suas metodologias ou modelos de aprendizagem, para proporcionar aos alunos os recursos necessários ao seu desenvolvimento pessoal e acadêmico de acordo com as novas expectativas da sociedade. Portanto, a educação é o pilar central da preparação dos jovens para o futuro.
Foco em desenvolvimento de habilidades pessoais e criativas
Quando se aborda a necessidade de formar os jovens para o porvir, muitos pensam imediatamente em trabalho. Todavia, tal necessidade refere-se ao desenvolvimento de uma série de competências bem mais complexas em que a parte laboral deixa de ser, muitas vezes, a mais importante do debate. As escolas, até mesmo pela sua função social, não têm como objetivo qualificar seus agentes para atuarem em atividades profissionais – função que cabe às universidades e cursos técnicos, por exemplo.
Neste cenário de incertezas e complexidades, a contribuição dos centros de ensino para com os jovens ocorre por meio do apoio ao desenvolvimento e potencialização de suas habilidades, como a capacidade de comunicação com outras pessoas ou culturas, resiliência e criatividade. Em suma, as escolas devem oferecer todo o suporte necessário para os alunos potencializarem suas competências e, dessa forma, conseguirem resolver as questões que se imporem em seu caminho, sejam elas relacionadas a trabalho, família ou qualquer outro assunto.
Ademais, o ambiente escolar é um espaço de descobertas, em que a troca de experiências é constante e, naturalmente, os alunos, muitas vezes, ainda não sabem qual carreira seguir. Por isso, as escolas não devem limitar nesse processo de escolha, mas prepará-los para superarem os desafios do futuro, independentemente do caminho que trilharem.
Escolas devem investir em metodologias inovadoras
Os desafios que as escolas enfrentam para cumprir sua função na contemporaneidade são muitos, sem dúvidas. Para desempenhar com eficiência sua responsabilidade, é imprescindível investimentos na educação. A modernização dos sistemas de ensino, com investimentos em infraestrutura tecnológica e em outras frentes é parte necessária deste processo, contribuindo, essencialmente, para a maximização de resultados no espaço escolar.
Além disso, também é importante cuidar da parte humana, ou seja, a equipe pedagógica. Isso significa que os gestores precisam destinar recursos para programas de capacitação e treinamentos periódicos. É essencial ter uma equipe técnica capacitada para conduzir os trabalhos no âmbito escolar e assegurar que as propostas pedagógicas caminhem em sintonia com as metas propostas nos planos de ensino.
Por fim, a educação tem pela frente um desafio enorme na preparação dos alunos para o futuro. Em meio às constantes transformações que vêm acontecendo no cenário global, os desafios são cada vez mais complexos, o que demanda, por vezes, habilidades humanísticas para resolver tais problemas. Assim, as escolas devem focar em processos de aprendizagem que maximizem as competências pessoais dos alunos, o desenvolvimento criativo e que contribuam com a retenção do conhecimento no espaço escolar.
*Sean Quinn é Diretor Geral na PlayPen | Ecj.