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Escola Conquer: como fazer sua cultura organizacional

Papo Raiz*

Cultura forte

Escola Conquer ensina como fazer seu manual de cultura organizacional

27/05/2022 18:14
A Escola Conquer é uma das startups de educação que mais conquistou o público nos últimos anos. Ofertando um modelo de ensino que revolucionou o mercado, essa empresa se tornou referência de cultura organizacional em um meio extremamente tradicional e, em 2020, faturou R$ 35 milhões. Fundada a partir da insatisfação dos empreendedores Hendel Favarin, Josef Rubin e Sidnei Junior com as instituições tradicionais, como faculdades e pós-graduações, que focam na parte teórica deixando de lado o ensino prático que pode fazer diferença no dia-a-dia de um profissional, essa escola conta com mais de 2 milhões de alunos atualmente.
Para entender melhor o case de sucesso desta startup, o PodCast Papo Raiz convidou o empresário Hendel Favarin, que trouxe em detalhes as etapas da jornada de criação da Escola Conquer e como ela conseguiu se consolidar na área da educação com uma cultura organizacional inovadora e focada em compreender as necessidades dos clientes.
O consumidor deve ser o centro da tomada de decisão de uma empresa sobre o serviço que está sendo ofertado. É esse um dos pilares da Escola Conquer e que, segundo Favarin, deve ser seguido por outras empresas, para que estas possam ser bem-sucedidas e crescer com qualidade e com um bom faturamento.
“O nosso pilar sempre foi colocar o aluno no centro, algo que as faculdades e pós-graduações, por exemplo, não têm coragem de fazer. Nós ouvimos o que o aluno (cliente) quer e a partir disso desenvolvemos nosso serviço”, explicou Hendel Favarin.
Ele acredita que para um profissional se destacar e chegar mais longe no mercado de trabalho é preciso que tenha um bom preparo, e isso só vai acontecer se forem disponibilizadas possibilidades e novas experiências baseadas nas necessidades desses profissionais.
Quando questionado sobre a educação online, que se tornou ainda mais presente na vida dos estudantes após a pandemia, mas que frequentemente recebe algumas críticas pela eficiência apresentada, o fundador da Conquer afirmou que, neste caso, o problema nunca foi a tecnologia e sim a metodologia ofertada pelas instituições.
“A tecnologia é apenas um caminho! Mas como a gente entrega a nossa metodologia? Primeiro pensamos no método depois na plataforma em que vamos entregar esse material, aí sim conseguimos uma experiência boa, um engajamento bom, ou seja, entregar aquilo que nos propusemos a fazer. É através da experiência do usuário que conseguimos ser mais assertivos”, ressaltou.
Além de ter o foco no cliente, conhecendo as inquietações deste e lhes proporcionando a melhor experiência, uma questão crucial trazida por Hendel Favarin durante sua participação no PodCast Papo Raiz é a importância das empresas possuírem uma cultura organizacional bem alinhada, para que os ideais desse negócio sejam mantidos e plenamente seguidos por todos que fazem parte da equipe de trabalho.

O que é cultura organizacional de uma empresa?

Quando se fala no termo “cultura organizacional” o intuito é fazer uma referência ao conjunto de elementos que compõem uma empresa, como práticas, crenças, valores, objetivos, e como essa cultura vai guiar as relações que envolvem o empreendimento.
“Nós temos manuais e placas dispostas em toda Conquer reforçando nossa cultura, mas, independente disso, é a experiência do dia-a-dia e o exemplo, ou seja, andar conforme aquilo que a gente fala, que faz uma cultura organizacional”, destacou Favarin.
Para o empreendedor é a cultura organizacional que também vai ajudar uma startup a ter reconhecimento no mercado em que atua e a se manter relevante não só hoje, mas nos anos que estão por vir.

Quais os benefícios de contar com uma cultura forte?

Segundo Favarin, quando um empreendedor define as práticas e valores de sua empresa e com isso cria uma cultura organizacional, ele está contribuindo para o desenvolvimento não só do negócio, mas de toda a equipe que o envolve.
No caso da Escola Conquer, ele afirmou que os colaboradores têm 100% da confiança dos gestores e é isso que vai possibilitar uma autonomia profissional e responsabilidade, para que essas pessoas apresentem as suas opiniões e, assim, seja criado um relacionamento mais sólido e duradouro que replique também no atendimento aos clientes. “Vamos pautar nossa cultura em transparência e verdade, que assim aprendemos muito mais e evoluímos muito mais”, propôs Hendel.
Esse primeiro aspecto é o que vai dar um norte aos os outros benefícios gerados por uma empresa que conta com uma cultura forte, como o aumento de rendimento; fidelização e atração de novos parceiros; atendimento bem-sucedido aos clientes; e por fim, motivação de trabalho aos colaboradores.

Como definir a cultura organizacional de uma empresa?

Durante a conversa no Papo Raiz, Hendel Favarin explicou que para determinar uma cultura organizacional o ponto de partida é analisar e entender o mercado em que o empreendimento está sendo lançado e absorver algumas experiências desse mercado.
“A primeira coisa para uma boa sociedade de negócios é ter a mesma visão, além disso, o nível de empenho deve ser o mesmo para todos, ter diversidade é importante também, pois ajuda a complementar o trabalho. Uma coisa que é inegociável é a cultura da empresa, e essa deve ser seguida por todos”.
(Hendel Favarin, fundador da Escola Conquer)
Considerando isso, é preciso saber que a definição da cultura organizacional também depende do conhecimento que o empreendedor tem sobre qual é o DNA da empresa e quais as características já inerentes do processo de construção desse negócio, além de contar com uma equipe que se posicione a favor e cumpra essa cultura organizacional e ter um bom investimento em uma comunicação que gere identificação e imprima a marca do empreendimento.

Quais são as principais características da cultura organizacional?

Uma característica forte de uma boa cultura organizacional é quando a atenção é direcionada para os resultados e, com isso, se observa o crescimento de um empreendimento e uma equipe de trabalho bem engajada. E conforme esclareceu o empresário Hendel Favarin, essa cultura sempre começa em pessoas.
Para ele, são muitas coisas que envolvem a cultura organizacional, como pessoas, qualidade, metodologia e marca. “Existe uma receita muito simples para o sucesso que é o foco no cliente, possibilitando que a pessoa tenha uma experiência interessante e, com isso, se tenha uma boa relação dentro da empresa. Acho que é isso que gera o crescimento e reconhecimento de um negócio”, afirmou.

Como saber se a cultura da minha empresa está forte?

Para o fundador da Escola Conquer, a cultura forte acontece no dia-a-dia, na troca de relações e é observando esses momentos que um empreendedor consegue perceber se a cultura organizacional do seu negócio está funcionando corretamente.
“Quando a cultura é forte, logo percebemos se alguém não se encaixa na equipe ou se essa pessoa tem um pensamento muito diferente daquele da nossa equipe”.
(Hendel Favarin, fundador da Escola Conquer)

Cultura organizacional e sucesso de uma empresa

Favarin aproveitou o final da entrevista no PodCast Papo Raiz para relembrar um momento importante da trajetória da startup e que colaborou para que o negócio saísse do papel de fato, que foi quando ele e os outros fundadores contaram com a ajuda financeira dos familiares para dar o “empurrão” inicial nos trabalhos da Escola Conquer. “Naturalmente passamos por dificuldades, mas a gente fazia permuta com alguns clientes e isso sempre foi algo que nos fez querer mais e batalhar pelos nossos sonhos”, lembrou.
Para os empreendedores que estão começando ele orienta que não tenham medo de errar, pois, é o erro que vai trazer aprendizado e fazer com que um negócio melhore e evolua. O empresário ainda afirma que o conhecimento, experiência de vida, networking devem ser os pilares para o sucesso de uma marca, focando nas lideranças, pois, segundo ele, a cultura organizacional se constrói a partir de boas lideranças, mas sem deixar de lado a resolução dos problemas apresentados pelo cliente.
“Apaixone-se pelo problema e não pela ideia, pois quando a gente se apaixona pelo problema saímos do nosso ciclo e vamos próximo ao cliente para ouvi-lo e, assim, construímos o produto com o cliente e não para o cliente”, finalizou.
*Artigo produzido pelo Papo Raiz – uma conversa descontraída e divertida sobre empreendedorismo e assuntos em alta na sociedade.