Daniel Coelho é sócio da iOn live e Sportion, especialista em marketing, graduado pelo Founder Institute e nunca abre mão de criar experiências, seja nos eventos que organiza ou na sua vida.
Zuckerberg anunciou que deseja transformar o Facebook em uma empresa metaverso. A NVIDIA está trabalhando em um metaverso para designers, o Omniverse. Já a Microsoft anunciou que tem planos para o desenvolvimento de um metaverso empresarial.
Mas o que significa metaverso? Apesar de não haver uma definição conclusiva sobre o assunto, especialistas aceitam o metaverso como um mundo virtual (ou vários deles) que replica as interações que temos no mundo real.
Imagine seu você virtual. Você acorda no mundo real e, através de um dispositivo eletrônico, acessa a sua agenda de trabalho ou até mesmo a sua assistente. Vai até a sua esteira e sobe um monte dos alpes italianos acompanhado de outros amigos. Ao finalizar o exercício, já entra em reunião com um time de desenvolvimento da Ásia, onde pessoas de todo mundo estão sentadas à mesa de um escritório virtual. Desliga e vai até a planta virtual de uma fábrica da empresa e participa de um treinamento. Seus filhos vão para a escola colocando óculos e aprendem sobre a história renascentista vendo Leonardo da Vinci pintar a Mona Lisa “ao vivo”. À noite, você ainda dirige o carro que estava pensando comprar em um test drive virtual. Negócio fechado, você paga com suas criptomoedas pelo veículo e, além da versão real que estacionará na sua garagem, também ganha a versão virtual dele, com a pintura assinada por um artista de renome. Você agora dirige uma NFT.
Maluco, não? Na verdade ainda estamos longe disso, mas estamos mais perto do que nunca. Flertamos com o metaverso com o Second Life, lá em 2003, mas o projeto estava muito à frente do nosso tempo, cultural e “equipamentalmente” falando. No jogo, você criava um avatar virtual e construía uma vida digital, podendo conversar com pessoas, construir casas, realizar vendas e frequentar comércios, entre outros.
Depois veio o Roblox, lançado em 2006, mas que explodiu 10 anos depois, criando um metaverso para crianças e adolescentes, em sua maioria. O Google, enxergando o potencial por trás disso, adquiriu a empresa ainda em 2007, por US$ 380 milhões. Em 2021, o negócio já havia ultrapassado US$ 38 bilhões em valor de mercado.
A Epic Games, desenvolvedora do Fortnite, possui também uma história de jornada pelo metaverso de sucesso. Em 2020, eles realizaram um show dentro do jogo com o rapper Travis Scott, atraindo quase 13 milhões de pessoas ao vivo para o evento.
Muito do que hoje estamos vendo neste sentido começou sim com os games. A necessidade de interagir dentro dos jogos pavimentou um caminho para a criação do metaverso. Mas não foi o único responsável. A ascensão do Bitcoin, a criação das NFTs, o desenvolvimento das tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada, conexão 5G, tudo isso e muito mais contribuíram e têm participação ativa na construção do metaverso. Empresas como o Facebook, Google, Microsoft, Adobe e Nvidia perceberam que os elementos já estão à disposição e estão começando a organizar isso em um só lugar. A empresa do Zuckerberg, inclusive, já abriu 10 mil vagas na Europa para contratação de um time dedicado ao projeto. O grande desafio será, como sempre, inserir isso em nossas vidas.
Para saber mais, assista ao vídeo da Adobe sobre o tema: