Daniel Coelho
Daniel Coelho é sócio da iOn live e Sportion, especialista em marketing, graduado pelo Founder Institute e nunca abre mão de criar experiências, seja nos eventos que organiza ou na sua vida.
Mercado de games
Onde estão as oportunidades no mercado de games para quem não joga
O bilionário mercado de games vem batendo recordes atrás de recordes. O recém-lançado PlayStation 5, da japonesa Sony, é o console mais vendido em pré-lançamento da história e só não foi um sucesso ainda maior pela falta de peças para produção.
E se você não investiu nas ações da GameStop quando o fórum WallStreetBets do Reddit alavancou o preço das ações no intuito de espremer os fundos hedges que apostaram na queda de preço, fique tranquilo. Existem outras oportunidades se desenhando.
O ETF Hero, por exemplo, listado na Nasdaq (a bolsa americana para empresas de tecnologia) é composto pelos grandes players do mercado de jogos, entre eles a Eletronic Arts, Capcom, Konami, Nintendo, Nvidia e NetEase. Criado em 25 de outubro de 2019, o Hero soma 117% de valorização acumulada desde então.
Caso desconheça o termo, ETF é a sigla para Exchange Traded Funds (Fundos Negociados na Bolsa, em tradução livre). Nada mais é que um fundo composto por diversas ações onde, ao invés de depender do desempenho individual de cada uma, seu resultado é determinado por um índice, uma espécie de resultado médio do setor. Outros ETFs para ficar de olho são o Nerd e o Espo.
A XP Investimentos, inclusive, possui um produto acoplado ao Hero, bem como o Banco do Brasil e Itaú também possuem opções para quem quer investir em jogos.
Também já existem fundos de capital que olham exclusivamente para games e interatividade. É o caso da californiana BitKraft, que já possui quase meio bilhão de dólares investidos em empresas do setor. No Brasil isso ainda não é uma realidade, pois não existem grupos de investidores em games exclusivamente.
Mas isso pode estar mudando. No início deste mês, o Costão do Santinho Resort anunciou seu novo projeto: o HUB CG (CG de Costão Games). Serão R$ 300 milhões aportados em cinco anos, sendo R$ 70 milhões oriundos de capital próprio, para criar uma megaestrutura que atenderá jogadores, desenvolvedores e empreendedores.
O HUB CG contará com uma arena de e-sports para realização de eventos e campeonatos, espaço de coworking para empresas desse ecossistema, cursos e treinamentos de capacitação e uma aceleradora de startups. E como o hub entra em operação já em 2022, vale ficar de olho nas possibilidades que ele vai gerar.
Bom, como você pode ver, existem inúmeras oportunidades já ao alcance e tantas outras estão surgindo. Se um dono de um hotel extremamente confortável não dormiu em berço esplêndido, quem somos nós para fecharmos os olhos para esse mercado.