Vamos falar a real: no mundo dos negócios, a cultura organizacional deixou de ser apenas um pequeno detalhe; agora é a espinha dorsal que sustenta tudo, como Atlas segurando o mundo. Afinal, em pouco tempo, tecnologias, processos e técnicas de vendas e marketing se tornarão commodities, e o que diferenciará uma empresa da outra é a cultura.
Se você quer que sua empresa não apenas sobreviva de forma competitiva, mas prospere nos próximos 100 anos, é hora de parar de acreditar que cultura é algo que você deixa para depois, como um problema menor.
A cultura é uma vantagem competitiva.
Uma cultura forte é aquela que alinha valores, comportamentos e práticas com a missão da empresa. Por exemplo, a Receita Previsível tem o objetivo de transformar empresas por meio da educação. Não faz sentido o time focar em apresentações cafonas, fazer reuniões sem sentido, sendo que isso não vai transformar a empresa de ninguém.
Está longe de ser papo de RH; é sobre engajamento real. Empresas que investem em cultura têm equipes mais motivadas e produtivas. Segundo a Harvard Business Review, "empresas que têm uma cultura forte e alinhada com sua estratégia têm 30% mais chances de reter talentos e 50% mais chances de ter um desempenho superior em relação à concorrência." Isso se traduz em ROI (retorno sobre o investimento), melhor atendimento ao cliente e mais dinheiro para o bolso da empresa.
Todos sabem seus papéis, mas precisam estar 100% presentes para máquina fluir.
Aqui está uma das chaves de uma cultura que sobrevive: especialização de papéis. Pode parecer estranho, mas em um ambiente no qual cada um sabe exatamente o seu papel, a colaboração e a sinergia fluem. Pessoas são melhores fazendo coisas focadas do que muitas diferentes.
Porém, para crescer, elas precisam pensar mais do que apenas em seus próprios interesses.
Quando, por exemplo, ocorre a integração entre Vendas, Marketing e Customer Success, percebemos que todos estão focados em suas metas, mas sabem que precisam alinhar as ações e tarefas dos outros para conseguirem resultados.
Vendas não funciona com leads ruins, Marketing não funciona sem o feedback dos leads não fechados, e Sucesso do Cliente não funciona sem alinhamento de expectativas entre Marketing e Vendas. Todos estão focados no seu trabalho, mas precisam alinhar todo o processo com as outras áreas para seu trabalho funcionar.
Além dessa sinergia, investir no desenvolvimento contínuo da equipe é fundamental
Treinamentos regulares, PDI, feedbacks transparentes e diretos não são apenas importantes: são pilares essenciais para o desenvolvimento profissional e para o fortalecimento da cultura de crescimento. Isso garante que a equipe esteja sempre engajada, pronta para enfrentar seus desafios internos para resolver os desafios da empresa.
Construindo relacionamentos de confiança com o time e o processo
Outro ponto para criar uma cultura é aprender construir relacionamentos de confiança com o time e com o processo.
Até que ponto você confia nas pessoas ao seu redor? Teria coragem de deixar de participar de uma reunião com um cliente importante, seja qual for o motivo, porque acredita que seu time cuidará disso?
E quanto você acredita fielmente no processo de criação de receita da sua empresa? Você teria coragem de manter na mesma estratégia, apenas com ajustes, nos próximos 6 meses?
Para fortalecer essa confiança, é vital implementar práticas que geram transparência, como compartilhar abertamente os resultados das vendas e as métricas de desempenho com toda a equipe todo começo de semana. Ou realizar feedbacks regulares e diretos, onde você consiga expressar suas opiniões e sugestões para ajudarem seus colaboradores a entenderem de forma completa o processo. Isso torna os profissionais melhores e o processo melhor.
Seja amável com as pessoas e duro com os processos
Sistematizar processos é fundamental para a estrutura da cultura funcionar: quando você tem tudo claro e bem definido - evita confusões bobas, afasta funcionários ruins, metas sem sentido e aumenta a entrega de resultados da equipe.
Mas, por outro lado, também é importante estar presente o suficiente para entender quando alguém está mal ou não engajado o suficiente. Precisa existir um psicólogo em todos nós, principalmente no líder, para ouvir, perguntar, alinhar e aconselhar.
O limiar do "vale das sombras" que todos sentem ao entrar na minha empresa
Dito tudo isso, há algo mais importante que quero comentar: não são todas as pessoas que sobrevivem ao onboarding do Receita Previsível.
Por que é uma empresa ruim? Não. Porque eu, como CEO, estou muito alinhado com o propósito da empresa e quero que todos cresçam para que isso seja alcançado.
Então, os feedbacks são transparentes e diretos. Cada membro do time é treinado para falar o que precisa ser dito, mesmo que às vezes doa. É ensinado a entregar e mostrar resultados e não apresentações bonitas.
Isso parece simples e superficial, mas muitas pessoas capacitadas, que estão acostumadas a culturas que prezam mais pelo buquê de flores do que pelo casamento - isto é, mais a forma do que o conteúdo -, não sobreviveriam à cultura que criei.
“Muniz, e o resultado dessa cultura?”
O resultado é que quem entra na minha empresa está, na verdade, participando do MBA mais completo do mundo, e aqueles que enxergaram isso, entraram sem saber de nada e se transformaram em líderes e cases dentro da empresa.
Então, a partir do momento que as tecnologias, técnicas e produtos se tornarem commodities, a única coisa que vai te diferenciar nos próximos 100 anos é como você cuida da sua cultura.
Quer saber se a cultura da sua empresa vai sobreviver e escalar? Perceba se as pessoas do seu time cresceram desde o momento que entraram ou apenas estão em uma eterna manutenção do que eram.
Lideranças do agro e food no GazzSummit Agro e Foodtechs
O GazzSummit Agro e Foodtechs vem para ocupar um lugar de destaque nas discussões sobre inovação no agronegócio e no setor de food, conectando especialistas, empresas e startups para debater tendências, tecnologias e os principais desafios desses segmentos, fortalecendo o debate em torno da cadeia produtiva que leva os produtos do campo à mesa do consumidor.
Entre os palestrantes já confirmados estão Dilvo Grolli, presidente da Coopavel; Paulo Maximo, diretor de planejamento e operações de vendas LATAM da CNH Industrial; Mirella Lisboa, head AgroStart LATAM da BASF; Pedro Henrique Ferroni, sócio-diretor da gestora de investimentos Quartzo Capital; Rafael Malacco, gerente de novos negócios da Syngenta Digital; Claudio Nessralla, sócio e head equities da Ceres Investimentos; Giovani Ferreira, diretor-proprietário da afiliada Sul do Canal Rural; e Michell Longhi, gerente executivo de arquitetura tech e Digital Lab da BRF.
O evento também contará com três grandes nomes do setor supermercadista paranaense: Carlos Beal, sócio-proprietário do Festval; Everton Muffato, diretor do Super Muffato; e Pedro Joanir Zonta, fundador da Rede Condor e presidente do Grupo Zonta.
Promovido pelo
GazzConecta, o GazzSummit mantém seu pioneirismo ao abordar, conjuntamente, o agro e o setor de food service, tendo as agrotechs e foodtechs como norteadoras das discussões.
Apresentado pela
Gedisa, referência em geração distribuída de energia, e com o patrocínio da
ESPM,
Jarilo e
Urso Consultoria Empresarial, o GazzSummit será realizado nos dias
26 e 27 de março como parte do
Smart City Expo Curitiba, segundo maior evento sobre cidades inteligentes do mundo.
Os ingressos já estão disponíveis no site oficial do GazzSummit Agro e Foodtechs.