De IA para treinamento de robôs e máquinas que aprendem sozinhas a táxis autônomos e suplementos para reduzir emissões de metano do gado, conheça as 10 tecnologias emergentes que vão transformar nossas vidas nos próximos anos.
Rennan Tonini
Rennan Tonini é expert em marketing, omnichannel e inovação, com uma trajetória marcada por projetos estratégicos em empresas globais como Sanofi/Medley, Align Technology e GSK. Com mais de uma década de experiência profissional e MBA em Digital Marketing pela FGV, já liderou iniciativas de branding, engajamento de HCPs, social media e experiência do usuário, sempre combinando dados, criatividade e tecnologia para impulsionar resultados. Apaixonado por comunicação estratégica e transformação digital, Rennan atua na interseção entre tecnologia e comportamento humano, desenvolvendo soluções (produtos/serviços/conteúdos) que conectam marcas e audiências de forma autêntica e impactante.
Muito além da IA: as 10 tecnologias que vão transformar o futuro, segundo o MIT Technology Review
20/03/2025 11:53
Estar no SXSW 2025 é ter uma janela para o futuro. Maior festival de inovação, tecnologia e entretenimento do mundo, o South by Southwest (SXSW) de 2025 aconteceu de 7 a 15 de março e trouxe um sem número de conteúdos incríveis.
Em meio a tantas discussões sobre inovação, uma palestra me pegou: Niall Firth, editor executivo da MIT Technology Review, apresentou as 10 tecnologias emergentes que vão transformar nossas vidas nos próximos anos.
Para quem trabalha com omnichannel, marketing e transformação digital, não dá para apenas assistir a essas mudanças de longe. A forma como consumimos informação, tomamos decisões e interagimos com o mundo está evoluindo rapidamente, e cada uma dessas tecnologias traz oportunidades (e desafios) que vão moldar nosso trabalho.
Aqui estão os 10 destaques da lista do MIT Technology Review e algumas reflexões com meu ponto de vista:
1) Observatório Vera Rubin e a caça à matéria escura
Um telescópio com a maior câmera digital já construída está prestes a mapear a Via Láctea em tempo real e desvendar um dos maiores mistérios da física: a matéria escura.
Observatório NSF-DOE Vera C. Rubin em construção no Chile com financiamento da Fundação Nacional de Ciências dos EUA e do Departamento de Energia dos EUA. Crédito: Reprodução/Vera C.Rubin Observatory.
A matéria escura compõe cerca de 85% da massa do universo, mas nunca foi diretamente detectada. O Observatório Vera Rubin pode ser uma peça-chave para revelar sua natureza, ajudando a responder um dos maiores mistérios da física moderna.
Ok, e como ele ajudará a desvendar a matéria escura?
Lentes gravitacionais: Observará como a luz das galáxias distantes é distorcida pela gravidade de estruturas invisíveis (matéria escura).
Distribuição de galáxias: Analisará padrões de agrupamento galáctico para entender a influência da matéria escura na expansão do universo.
Supernovas: Estudará explosões estelares que ajudam a medir a aceleração cósmica, conectada à energia escura.
Confesso que esse não tem um impacto direto no marketing, mas é um lembrete de como dados bem analisados transformam nossa visão do mundo. Assim como na ciência, no marketing lidamos com padrões invisíveis, e novas tecnologias estão nos permitindo capturar e interpretar informações de formas que antes eram impossíveis.
2) Pesquisa com IA generativa: o fim do SEO como conhecemos?
Os buscadores estão mudando radicalmente com IA generativa. Em vez de apenas mostrar links, Google e Microsoft estão entregando respostas prontas, baseadas na síntese de bilhões de fontes.
Plataformas como Google Search Generative Experience (SGE), Microsoft Copilot e chatbots de IA estão tornando as buscas mais conversacionais, intuitivas e contextuais, entregando respostas diretamente sem precisar que o usuário clique em vários links.
Principais mudanças na busca com IA Generativa
Respostas Diretas e Resumidas - A IA agora fornece respostas instantâneas, sem precisar que o usuário clique em sites externos.
Exemplo: Se antes você buscava "como otimizar um site para SEO?" e acessava artigos, agora a IA pode te dar um resumo direto.
Menos Cliques em Sites - Como as informações já são entregues na SERP (página de resultados), os usuários têm menos necessidade de clicar em links, reduzindo o tráfego orgânico para sites.
Pesquisa Multimodal - IA pode combinar texto, imagens e vídeos na busca, tornando o SEO tradicional baseado em palavras-chave menos relevante.
Busca Personalizada e Contextual - Algoritmos de IA aprendem com o comportamento do usuário para fornecer respostas mais alinhadas às suas preferências.
Ok, mas como podemos nos adaptar ao SEO da IA?
Conteúdo útil e relevante – A IA prioriza fontes confiáveis e respostas completas.
Marcação de dados estruturados – Para ajudar a IA a entender melhor seu site.
SEO para IA Conversacional – Criar conteúdo em formato de perguntas e respostas, mais direto e interativo.
Autoridade e reputação – Sites com credibilidade e expertise terão mais chances de serem citados pela IA.
Conteúdo multimídia – Uso de imagens, vídeos e podcasts pode ajudar a se destacar.
O impacto para content marketing e estratégias de omnichannel é gigante. Se seu conteúdo já não dependia apenas de palavras-chave, agora ele precisa conversar com a IA, oferecendo informações confiáveis e bem estruturadas para serem absorvidas pelos modelos. A guerra pela atenção digital está entrando em um novo nível.
Com a ascensão da IA generativa, estratégias de SEO precisarão ser adaptadas para garantir visibilidade em um cenário onde a busca será cada vez mais personalizada e assistida por IA. Empresas precisarão investir em experiência do usuário (UX), credibilidade da marca e integração com plataformas de IA para continuar sendo relevantes.A pergunta agora não é "O SEO vai morrer?", mas sim "Como podemos otimizar para um mundo onde a IA é a nova intermediária da informação?
3) Modelos de linguagem pequenos, IA mais acessível e personalizada
Se grandes modelos como GPT-4 dominam o cenário, as versões menores estão ganhando força. Eles são mais baratos, rápidos e eficientes, podendo rodar offline ou até dentro de empresas.
SLMs são modelos de IA projetados para serem mais compactos, rápidos e especializados, exigindo menos poder computacional e oferecendo respostas mais personalizadas. Eles geralmente têm menos parâmetros, tornando-os mais eficientes em dispositivos locais e em aplicações específicas.
E quais são as vantagens dos SLMs, Por que eles são o futuro da IA?
IA mais acessível e econômica
Reduzem a necessidade de infraestrutura pesada e consumo energético, tornando-se ideais para startups, PMEs e aplicações em países com menos acesso a tecnologia avançada.
Melhor privacidade e segurança
Como podem rodar localmente (on-device), evitam o envio de dados sensíveis para servidores remotos, melhorando a proteção de informações sigilosas.
Personalização para nichos específicos
Enquanto modelos gigantes são treinados para atender diversas funções, SLMs podem ser ajustados para setores específicos, como medicina, direito, educação, varejo e automação industrial.
Maior eficiência energética
Reduzem o impacto ambiental da IA, pois exigem menos processamento e armazenamento, contribuindo para um modelo mais sustentável.
Melhor usabilidade em dispositivos móveis e IoT
Permitem experiências de IA em smartphones, wearables, carros inteligentes e assistentes virtuais, sem depender de processamento em nuvem.
E como que eles transformarão a IA?
Mais IA rodando no seu celular e laptop, sem precisar da nuvem.
Empresas menores poderão treinar IAs próprias sem depender de gigantes da tecnologia.
Privacidade será um diferencial – modelos menores significam menos exposição de dados.
IA cada vez mais personalizada, adaptando-se ao usuário com menos consumo de energia.
Os Modelos de Linguagem Pequenos (SLMs) representam um passo importante para uma IA mais acessível, personalizada e sustentável, reduzindo a dependência de megaestruturas e democratizando o acesso à tecnologia de ponta.
Essa é uma baita oportunidade para personalização! Em vez de depender de grandes players, empresas poderão criar suas próprias IAs sob medida, usando dados internos para oferecer experiências hiper-relevantes a clientes e profissionais de saúde, por exemplo.
4) Suplementos para reduzir as emissões de metano do gado
A pecuária é um dos setores que mais contribuem para as emissões globais de metano, um gás de efeito estufa cerca de 28 vezes mais potente que o CO₂ na retenção de calor na atmosfera. Para enfrentar esse desafio, suplementos alimentares inovadores (que reduzem de 30% a 80% as emissões de metano) estão sendo desenvolvidos para reduzir as emissões entéricas de metano do gado.
Diversas soluções estão sendo testadas para tornar a pecuária mais sustentável, sem comprometer a produtividade dos rebanhos.
Asparagopsis Taxiformis (Alga Vermelha)
Uma das soluções mais promissoras, a alga Asparagopsis taxiformis contém compostos bioativos que reduzem a produção de metano no rúmen em até 98%.
Interfere na enzima responsável pela conversão do hidrogênio e CO₂ em metano.
Já foi testada em vacas leiteiras e de corte, com impactos positivos na redução de emissões.
Bovaer® (3-NOP – 3-Nitrooxipropanol)
Suplemento desenvolvido pela DSM, reduz até 30% das emissões de metano quando adicionado à dieta do gado.
Atua inibindo a enzima metanogênica sem afetar a saúde dos animais ou a produção de leite/carne.
Já foi aprovado na União Europeia, Brasil e Austrália.
Óleos Essenciais e Taninos Naturais
Extratos vegetais de alho, orégano e taninos de acácia demonstraram potencial para reduzir o metano ao modular a microbiota do rúmen.
Os taninos interferem na fermentação da celulose e reduzem a população de microrganismos produtores de metano.
Probióticos e Manipulação da Microbiota
Algumas cepas probióticas podem alterar a composição microbiana do rúmen, reduzindo a produção de metano.
Soluções experimentais incluem o uso de microrganismos que desviam a fermentação para a produção de ácidos graxos voláteis em vez de metano.
Ajustes Nutricionais e Dietas Otimizadas
A introdução de dietas com mais grãos e menos fibra pode reduzir a fermentação metanogênica.
O uso de subprodutos agrícolas, como casca de soja e DDG (destilados de milho secos), ajuda a reduzir a intensidade de emissões.
No setor farmacêutico e de saúde, sustentabilidade não é só um diferencial, mas uma exigência crescente. As marcas que conseguirem se posicionar alinhadas com essa demanda vão se destacar.
5) Táxis autônomos: a mobilidade quebrando barreiras
Os táxis autônomos já não são apenas ficção científica. Empresas como Waymo (Google), Cruise (GM), Tesla, Baidu e outras gigantes da tecnologia estão impulsionando essa revolução, prometendo um futuro onde carros dirigem sozinhos, sem motoristas humanos.
Mas essa tecnologia vai muito além da conveniência — ela está quebrando barreiras de mobilidade, acessibilidade e eficiência urbana.
Por que os Táxis Autônomos São uma Revolução?
A automação do transporte pode trazer transformações profundas para cidades, economia e meio ambiente. Veja os principais impactos:
Mais Segurança no Trânsito
94% dos acidentes de trânsito são causados por erro humano (distração, cansaço, excesso de velocidade).
Veículos autônomos eliminam falhas humanas e seguem regras de trânsito com precisão.
Sensores avançados detectam obstáculos em tempo real, reduzindo colisões.
Mobilidade Inclusiva
Idosos, pessoas com deficiência e quem não tem carteira de motorista ganham mais autonomia para se deslocar.
Táxis autônomos podem ser adaptados para cadeirantes e pessoas com dificuldades motoras.
Menos dependência de transporte público ineficiente.
Redução do Custo de Transporte
Sem a necessidade de motoristas, o custo por quilômetro cai significativamente.
Modelos de assinatura mensal podem tornar a mobilidade mais barata que ter um carro próprio.
Táxis autônomos podem operar 24h por dia, sem necessidade de pausas.
Menos Trânsito e Menos Poluição
Frotas otimizadas evitam congestionamentos com rotas inteligentes.
Maioria dos táxis autônomos são elétricos, reduzindo emissões de CO₂.
Menos necessidade de estacionamento — o carro está sempre em movimento.
A Evolução da Economia da Mobilidade
Empresas como Uber e Lyft já testam frotas autônomas, diminuindo custos operacionais.
Novos modelos de negócio podem surgir, como assinaturas de táxis por demanda ou pacotes mensais de mobilidade.
E você sabe quais empresas estão liderando essa transformação?
Waymo (Google/Alphabet) – Frota de táxis 100% autônomos já operando em Phoenix, São Francisco e Los Angeles.
Cruise (GM) – Táxis autônomos em São Francisco, Austin e outras cidades dos EUA.
Tesla – Promete uma rede de Robotáxis no futuro, usando o Full Self-Driving (FSD).
Baidu (China) – Lançou o Apollo Go, serviço de táxi autônomo em Pequim.
Motional (Hyundai & Aptiv) – Parceria com Lyft para lançar táxis autônomos em Las Vegas.
Jaguar I-PACE totalmente autônomo da Waymo. Crédito: Reprodução/Waymo.
Nos próximos anos, táxis autônomos estarão em cada vez mais cidades, integrados a frotas elétricas e soluções de transporte público. Com o tempo, a ideia de possuir um carro pode se tornar obsoleta, já que haverá transporte acessível e barato disponível 24h por dia.
Imagine um mundo onde você pede um carro pelo celular, ele chega sem motorista e te leva ao destino enquanto você relaxa. Esse futuro está mais próximo do que nunca!
No marketing, a experiência do consumidor está cada vez mais integrada ao tempo e espaço. Se a mobilidade muda, as interações de marca também mudam. Imagine como o consumo de conteúdo e publicidade pode se adaptar a um mundo onde ninguém mais está dirigindo.
6) Combustível sustentável para aviação: o futuro dos voos
O SAF é um combustível alternativo produzido a partir de fontes renováveis, como óleos de cozinha usados, biomassa, resíduos agrícolas e até CO₂ capturado do ar. Ele pode ser utilizado em motores convencionais deaeronaves, reduzindo significativamente as emissões de carbono sem necessidade de adaptação tecnológica.
Redução de emissões: Até 80% menos CO₂ ao longo do ciclo de vida em comparação ao querosene de aviação fóssil.
Mesma eficiência energética: O SAF possui propriedades químicas semelhantes ao combustível tradicional, garantindo segurança e desempenho.
Apesar de seu potencial, o SAF ainda enfrenta obstáculos para se tornar dominante no mercado.
Ele é até 4 vezes mais caro que o querosene tradicional. A produção ainda é limitada, representando menos de 1% do combustível de aviação global. Muitos aeroportos ainda não estão adaptados para distribuir SAF em larga escala. Políticas de incentivo ainda precisam ser mais agressivas para viabilizar o crescimento da indústria.
Para acelerar a adoção, governos e empresas estão investindo em incentivos fiscais, subsídios e parcerias estratégicas.
O consumidor valoriza marcas comprometidas com ESG. Para quem trabalha com branding e estratégia digital, é fundamental comunicar esses avanços de forma autêntica e convincente.
7) IA para Treinamento de Robôs, Máquinas que Aprendem Sozinhas
Os avanços na Inteligência Artificial (IA) aplicada à robótica estão levando à criação de máquinas autônomas, adaptáveis e capazes de aprender sozinhas. Em vez de depender de programação manual rígida, robôs modernos agora utilizam aprendizado de máquina e deep learning para se ajustar ao ambiente e realizar tarefas complexas com eficiência humana, ou até superior.
Essa revolução está impactando desde fábricas e armazéns até cirurgias médicas e exploração espacial.
Mas como a IA treina robôs afinal?
Os robôs modernos aprendem por meio de três principais técnicas de IA:
Aprendizado por Reforço (Reinforcement Learning - RL)
Inspirado na psicologia comportamental, o robô recebe recompensas por ações corretas e penalidades por erros.
Exemplo: Um robô que aprende a empilhar caixas pode receber pontos quando faz corretamente e perder quando erra.
Exemplo real: A Boston Dynamics treina seus robôs para caminhar e equilibrar objetos usando RL.
Imitação e Aprendizado por Demonstração
O robô observa um humano ou outro sistema realizando uma tarefa e replica os movimentos.
Muito usado na automação industrial e robótica cirúrgica.
Exemplo real: Cirurgias assistidas por robôs como o Da Vinci, que aprendem com cirurgiões humanos.
Modelos de IA Generativa (GenAI)
Robôs podem usar IA generativa para simular cenários, prever comportamentos e ajustar estratégias.
Exemplo: Um robô de armazém pode gerar simulações para prever a melhor forma de organizar estoques.
Exemplo real: Tesla usa IA generativa para treinar o Autopilot sem precisar de testes físicos constantes.
Quais Setores Serão mais Impactados pela IA na Robótica?
Indústria e Automação
Robôs treinados por IA substituem processos manuais, aumentando eficiência e segurança. A Amazon por exemplo, usa IA para treinar robôs logísticos, reduzindo erros em centros de distribuição.
Medicina e Cirurgia Assistida
Robôs cirúrgicos como Da Vinci e Mako aprendem com médicos e realizam procedimentos minimamente invasivos. Estes robôs assistem em transplantes e cirurgias ortopédicas com maior precisão.
Carros Autônomos e Transporte
Sistemas de IA como Tesla FSD e Waymo treinam veículos para dirigir de forma segura e autônoma. Sensores de IA permitem que os carros interpretem placas, pedestres e outros veículos. (Esse inclusive tive a oportunidade de testar e é impressionante estar num veículo onde o motorista não precisa realizar nenhuma atividade de direção.)
Robôs Domésticos e Assistentes Virtuais
Dispositivos como Roomba e Alexa aprendem padrões dos usuários e ajustam suas respostas e comportamento.
Exploração Espacial e Defesa
Robôs espaciais aprendem a navegar em ambientes desconhecidos e hostis sem intervenção humana. O rover Perseverance por exemplo, usa IA para explorar Marte sem comandos diretos da Terra.
A automação chegou forte no marketing e na saúde. Atendimento, produção de conteúdo, customer experience… O segredo não é ter medo da IA, mas entender como integrá-la de forma estratégica para elevar a experiência do usuário.
8) Injeções de Longa Duração para Prevenção do HIV
As Principais Opções de PrEP Injetável são:
Cabotegravir de Longa Duração (CAB-LA)
Nome comercial: Apretude (ViiV Healthcare). Aplicação: Injeção intramuscular a cada 2 meses. Eficácia superior à PrEP oral, com adesão facilitada.
Lenacapavir (em desenvolvimento). Nome comercial: ainda em testes (Gilead Sciences). Aplicação: Uma injeção a cada 6 meses. Potencial para transformar a prevenção do HIV com proteção semestral.
O medicamento atua bloqueando a replicação do HIV no organismo antes da infecção, impedindo que o vírus se estabeleça. O grande diferencial das injeções é que:
Oferecem proteção de longo prazo, sem a necessidade de lembrar de tomar pílulas diariamente.
Aumentam a adesão. A dificuldade de manter o uso diário de comprimidos é um dos principais desafios da PrEP oral.
Reduzem o estigma. Algumas pessoas evitam a PrEP oral por medo do julgamento social, enquanto a opção injetável pode ser mais discreta.
São altamente eficazes. Estudos mostraram que a PrEP injetável pode reduzir o risco de infecção em até 88% a mais do que a PrEP oral devido à maior adesão.
Mesmo com sua eficácia comprovada, a adoção da PrEP injetável ainda enfrenta alguns desafios como:
Custo elevado - Atualmente, a PrEP injetável é significativamente mais cara que a PrEP oral.
Infraestrutura de saúde – É necessário treinamento de profissionais e acesso regular a clínicas para aplicações.
Acesso desigual – Países de baixa renda podem enfrentar dificuldades para distribuir a PrEP injetável.
Falta de conscientização – Muitas pessoas ainda não sabem que essa opção existe ou não têm informações suficientes sobre sua eficácia.
Produção em larga escala, negociações para preços mais acessíveis e inclusão nos programas nacionais de prevenção ao HIV, podem ser soluções eficazes para acesso.
A adesão ao tratamento é um desafio para muitas terapias. No marketing farmacêutico, isso reforça a importância de educação e engajamento para garantir que pacientes e profissionais de saúde adotem as novas soluções disponíveis.
9) Aço verde: a produção sustentável sem CO₂
O aço verde está emergindo como uma das maiores revoluções na indústria siderúrgica. Sendo um dos materiais mais utilizados no mundo, presente em construção civil, automóveis, infraestrutura e equipamentos industriais, o aço tradicionalmente depende de processos de produção intensivos em energia e carbono, gerando cerca de 7-9% das emissões globais de CO₂.
A produção tradicional de aço ocorre em altos-fornos (BF – Blast Furnace), onde o minério de ferro é fundido utilizando carvão metalúrgico como redutor para remover oxigênio do minério e transformá-lo em ferro-gusa. Esse processo libera grandes quantidades de CO₂, tornando a siderurgia um dos setores mais poluentes do planeta.
Cada tonelada de aço produzida convencionalmente gera cerca de 1,85toneladas de CO₂.
O setor siderúrgico é um dos maiores consumidores de energia do mundo.
A produção tradicional depende fortemente do carvão, um dos combustíveis fósseis mais poluentes.
Agora, com novas tecnologias sustentáveis, é possível produzir aço com impacto ambiental reduzido ou até mesmo zero carbono.
Até 2050, a meta global é zerar as emissões da produção de aço. Empresas e governos já estão implementando políticas e tecnologias para viabilizar essa transformação.
Tendências para os próximos anos: Crescimento do uso de hidrogênio verde. Aumento da demanda por aço sustentável na construção civil e automotiva.
Desenvolvimento de novos materiais híbridos ainda mais sustentáveis. Expansão da reciclagem e fornos elétricos movidos a energia renovável.
O aço verde é uma peça fundamental para um futuro carbono zero. A transição já começou, e os próximos anos definirão a velocidade dessa revolução!
10) Terapias com células-tronco: agora é de verdade!
Pacientes antes totalmente dependentes de insulina agora produzem o hormônio naturalmente, e aqueles com epilepsia severa têm menos crises e melhor qualidade de vida. Isso é só o começo!
Células-tronco são células capazes de se transformar em diferentes tipos de células do corpo. Na medicina regenerativa, elas são usadas para substituir células danificadas ou disfuncionais, restaurando funções perdidas.
Vamos conhecer os principais tipos de células-tronco usadas em terapias:
Células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) – Criadas a partir de células adultas reprogramadas, evitando questões éticas.
Células-tronco embrionárias (ESCs) – Obtidas de embriões, altamente versáteis.
Células-tronco mesenquimais (MSCs) – Extraídas de medula óssea ou tecido adiposo, usadas para modular inflamação e regeneração.
A revolução das células-tronco está saindo dos laboratórios e chegando à vida real. O impacto desses avanços será gigantesco para diversas doenças:
✔ Diabetes Tipo 1 – Insulina natural sem injeções.
✔ Epilepsia – Controle de crises sem medicamentos.
✔ Lesões na medula espinhal – Regeneração de tecidos nervosos para pacientes paralisados.
✔ Doenças cardíacas – Regeneração do músculo cardíaco após infartos.
✔ Parkinson – Restauração de neurônios dopaminérgicos para reduzir os sintomas.
Em poucos anos, muitas dessas terapias poderão substituir tratamentos tradicionais, tornando doenças crônicas curáveis.
Estamos entrando na era da medicina regenerativa, e as células-tronco são a chave para transformar o futuro da saúde!
O futuro já está aqui. Como nos adaptamos a ele?
O que me marcou nessa palestra foi perceber que não estamos falando de um futuro distante. Essas tecnologias já estão moldando mercados, comportamentos e expectativas.
Para nós que trabalhamos com estratégia, marketing e omnichannel, a questão não é apenas acompanhar essas mudanças, mas entender como nos posicionamos e nos preparamos para elas.
Agora quero saber de você, qual dessas tecnologias vai impactar mais o nosso trabalho nos próximos anos?
Connect Executive Hub
A Connect Executive Hub, promovido pelo Connect, fomenta uma Confraria de Executivos com membros de diversos segmentos, estados e países. O ingresso é para gestores seniores e permite uma jornada de conexões e desenvolvimento executivo. Para conhecer a oportunidade, inscreva-se no site.
Lideranças do agro e food no GazzSummit Agro e Foodtechs
O GazzSummit Agro e Foodtechs vem para ocupar um lugar de destaque nas discussões sobre inovação no agronegócio e no setor de food, conectando especialistas, empresas e startups para debater tendências, tecnologias e os principais desafios desses segmentos, fortalecendo o debate em torno da cadeia produtiva que leva os produtos do campo à mesa do consumidor.
Entre os palestrantes já confirmados estão Dilvo Grolli, presidente da Coopavel; Paulo Maximo, diretor de planejamento e operações de vendas LATAM da CNH Industrial; Mirella Lisboa, head AgroStart LATAM da BASF; Pedro Henrique Ferroni, sócio-diretor da gestora de investimentos Quartzo Capital;Rafael Malacco, gerente de novos negócios da Syngenta Digital;Claudio Nessralla, sócio e head equities da Ceres Investimentos;Giovani Ferreira, diretor-proprietário da afiliada Sul do Canal Rural; eMichell Longhi, gerente executivo de arquitetura tech e Digital Lab da BRF.
O evento também contará com três grandes nomes do setor supermercadista paranaense: Carlos Beal, sócio-proprietário do Festval; Everton Muffato, diretor do Super Muffato; e Pedro Joanir Zonta, fundador da Rede Condor e presidente do Grupo Zonta.
Promovido pelo GazzConecta, o GazzSummit mantém seu pioneirismo ao abordar, conjuntamente, o agro e o setor de food service, tendo as agrotechs e foodtechs como norteadoras das discussões.