Thumbnail

CEO do Grupo Alura, Paulo Silveira

Beatriz Bevilaqua

Beatriz Bevilaqua

Jornalista e Comunicadora de Startups. Formada pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), foi condecorada em 2013 pelo Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense, em Curitiba, pelo Sindijor PR e, em 2019 E 2021, como Melhor Profissional de Imprensa do Brasil pelo Startup Awards, maior premiação do ecossistema de startups da América Latina. Instagram @beatrizbevilaqua.

CEO do Grupo Alura, Paulo Silveira

Série Edtechs Revolucionárias: Alura quer transformar a educação no Brasil

18/08/2022 18:17
A Alura, maior comunidade de aprendizado em tecnologia do Brasil, acaba de se unir à FIAP, principal centro universitário privado de ensino de tecnologia. Com a transação, as empresas criam o maior ecossistema de educação em tecnologia do país, consolidando um verdadeiro player em lifelong learning: com soluções de educação e produtos para as diversas etapas de desenvolvimento das carreiras dos alunos.  O faturamento conjunto projetado é de R$ 420 milhões para 2022.
A aquisição consiste em participação majoritária da FIAP. No entanto, os executivos continuam como sócios da instituição com participação relevante na companhia e Gustavo Gennari permanece ocupando a posição de CEO à frente da gestão, em conjunto com o atual time acadêmico e de executivos. Com a união, o Grupo Alura detém um portfólio completo de todas as etapas da educação continuada, ou seja, cursos que vão desde Ensino Fundamental, perpassam por cursos livres e imersões até graduação, pós-graduação e MBA.
São mais de 250 mil assinantes no Grupo Alura e 10 mil estudantes de graduação e pós-graduação FIAP, totalizando uma base de 260 mil estudantes. A aquisição acontece um ano após o Grupo Alura adquirir a edtech PM3, escola referência na educação de produtos digitais no Brasil.
O Brasil tem um alto potencial empreendedor e por aqui já existem muitas edtechs que trazem soluções efetivas para muitos dos problemas existentes. A partir de hoje traremos uma série de reportagens sobre as startups de educação mais criativas e promissoras do país. Nesta primeira matéria conversei com o CEO do Grupo Alura, Paulo Silveira, que me contou mais detalhes sobre o novo momento da empresa.
Por quê a escolha da FIAP? E o que representa este novo momento na história da Alura?
A escolha da FIAP foi pelo enorme potencial e relevância que vemos nela.  É uma universidade muito conhecida em São Paulo, mas tem muita gente de fora que desconhece. Achamos que a história da FIAP (do Gustavo e dos professores) merece um espaço maior. É uma faculdade realmente incrível de tecnologia, basta fazer uma busca e ouvir feedbacks dos alunos. Quem tá mais próximo sabe a credibilidade que tem. Nada mais justo do que nos juntarmos à eles.
De que maneira a pandemia acelerou o crescimento da empresa? 
Para ser bem honesto, a pandemia não acelerou o crescimento da Alura. Já no caso da FIAP, a princípio houve uma preocupação, mas se saíram resilientes e hoje tem o ensino híbrido. Para uma universidade é importante também o espaço físico e a FIAP possui uma estrutura de altíssimo nível.
E vocês pretendem fazer alguma parceria com alguma gestão pública (prefeitura, governo estadual ou federal)?
Não temos planos de parcerias, mas temos clientes relevantes de gestão pública. Temos projetos em execução junto à secretaria do Paraná com alunos do ensino médio para ensino de programação. São muitas possibilidades à mesa e temos pensado em criar mais produtos específicos também para este público.
Como você vê o cenário atual das edtechs brasileiras e quais as oportunidades de negócio por aqui?
Neste momento o mercado não está tão bom para investimento e a educação é ganho a longo prazo. Alguns fundos não compreendem bem que demora para obtermos resultados mais efetivos quando se trata de educação. É um processo. Não podemos pivotar a cada mês e muito menos bruscamente. Conheço muitas edtechs fundadas por educadores que são sensacionais e vejo um cenário promissor para elas.
Quais as projeções até o final do ano? Alguma novidade que pode nos adiantar?
O faturamento conjunto projetado é de R$ 420 milhões até o final de 2022. Os próximos produtos demoram um pouco para sair, porque não é simples criar algo novo, com relevância. Não queremos fazer um teste, queremos “fazer acontecer” pegando o melhor de cada um. Somos empresas com mais de 20 anos de história e preparados para as próximas décadas. Queremos trabalhar em conjunto, sempre com esta seriedade,  crescimento responsável e finanças saudáveis para que os nossos colaboradores tenham também esta segurança. É um mecanismo de educação, mais do que startups somos "escolas".

Enquete

No Google for Brasil 2024, a gigante de tecnologia anunciou diversas novidades para o mercado brasileiro. Dentre elas, qual lhe chamou mais a atenção?

Newsletter

Receba todas as melhores matérias em primeira mão