Thumbnail

Marco Poli

Marco Poli é mentor, advisor, conselheiro, professor, palestrante, escritor e investidor em startups. Ele é fundador da ClosedGap Ventures. Graduado em Engenharia Mecatrônica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com MBA Executivo em Finanças pelo antigo IBMEC-SP, atual Insper. É conselheiro da Gazeta do Povo.

Administração

Os conselheiros de inovação são a próxima tendência nas grandes empresas

16/12/2019 20:09
Em tempos de inovação e startups, muitas empresas
“tradicionais”, especialmente as de maior porte, estão se movimentando para
entender essa nova realidade, e procurando opções e ações para continuarem
relevantes, manterem ou aumentarem suas posições de mercado, e capturarem valor
nas empresas “exponenciais” ou empresas da “nova economia”.
Cada vez mais os conselhos de administração estão demandando
ações das suas diretorias executivas que tenham efeitos de inovação, em suas
diversas frentes. Mas a falta de conhecimento a respeito da inovação por parte
tanto da maioria dos conselhos, como da maioria das diretorias executivas faz
com que nem sempre as ações tomadas com essa finalidade cheguem aos seus
objetivos.
Isso acontece porque, sendo uma tendência recente, ainda não
se vê grandes especialistas em inovação populando nem as diretorias executivas,
nem os conselhos de administração. Todos sabem que algo deve ser feito e é
indiscutível que o futuro de qualquer empresa tradicional de grande porte
depende dela, mas poucos sabem de fato inovar de uma forma eficaz e que produza
resultados reais e palpáveis.
Cada conselheiro têm seus conhecimentos e competências que,
somados, devem cobrir todas as necessidades de atuação para a empresa. Ou pelo
menos esse deveria ser o objetivo.
Não é raro encontrar conselheiros especialistas em
macroeconomia, em relações governamentais ou outras áreas que já foram muito
mais relevantes no passado, e portanto já tiveram razão para ter seu membro do
conselho. Mas hoje, com a estabilidade da economia e da moeda, já perderam
muito da sua razão.
Mas e a inovação? A alta direção das empresas já entendeu
que inovar é essencial. O que não se tem ainda são altos executivos e
conselheiros que tenham esse conhecimento e competências. Assim, apesar de
saberem que algo precisa ser feito, frequentemente não sabem o que. E assim se
vê os gastos por eles mesmos, sem as métricas para a medição do resultado. E
esse é o caso para os conselheiros de inovação, que serão a próxima tendência,
a meu ver, nos topos das grandes empresas.