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João Kepler

João Kepler é empreendedor que investe desde 2008. Premiado como melhor Investidor Anjo do Brasil pelo Startup Awards. É diretor na FIESP e na ASSESPRO; conselheiro na ACE, ANPROTEC e ACSP; apresentador do Reality Show [O ANJO Investidor]. Autor de vários livros e conselheiro da Gazeta do Povo.

Como pensa um empresário moderno?

Em que e como um empresário moderno deve pensar?

24/02/2020 12:00
Com recorrência tenho abordado temas relacionados ao universo empresarial e suas transformações. Primeiro, porque vivemos uma era pautada pelo digital e pela nova economia. Segundo, porque inúmeras vezes me pego pensando se todos os empresários que nasceram na antiga economia já se deram conta de tamanhas mudanças que vão do objetivo ao propósito, passando da figura do chefe para o líder, do erro ao aprendizado, e assim por diante.
A pergunta que fica é: afinal, como pensa um empresário moderno? Antigamente, quando pensávamos em montar um negócio, a primeira coisa que vinha em mente era montar um escritório, uma estrutura com mesa, cadeira, computador, secretaria e telefone. A ideia de sucesso estava totalmente atrelada a ter um espaço físico imponente e um bom endereço comercial.
Hoje, quando pensamos em montar um negócio, a primeira coisa a se pensar é o porquê. Todo aquele aparato físico e estrutural cede lugar ao protótipo definido, a validação, ao home office, ou espaço em algum coworking e somente então pensa-se em uma estrutura maior e aquisição de bens (se necessário).
E é justamente em função dessas transformações que ficou mais fácil se inserir no mercado, testar, errar, corrigir e fazer de novo. Talvez essa seja a grande diferença em relação ao antigo e o novo pensamento de um empreendedor.
Antes existiam amarras e crenças que engessavam o comportamento e as ações, agora o que se vê são líderes que buscam o aperfeiçoamento contínuo e o crescimento sólido, desde que estejam alinhados e atendam os anseios dos novos clientes/consumidores.
Mas
lembre-se que nenhum crescimento desenfreado se sustenta a longo prazo sem
planejamento e muitas estratégias previamente definidas, estando o negócio na
economia tradicional ou nova. O mercado é o juiz e não aceita amadores ou empreendedores
que acham que podem pular etapas, pelo motivo que for, e isso faz parte da
mentalidade dos que entendem como sucesso um processo árduo e busca constante
por sua melhor versão.
Neste contexto, não se pode ainda confundir disponibilidade com imprudência. Por mais que a mentalidade esteja mudando, cautela e sabedoria nunca serão características ultrapassadas. Para se ter uma ideia da representatividade deste momento e do mundo das startups que simbolizam este processo de transição entre antigo e novo formato de negócios, nunca se investiu tanto em startups, em empreendedores e boas ideias.
Isso porque já é sabido no mercado que, para permanecer nele, é preciso mudar a forma de enxergar o mundo, as empresas e até mesmo o produto/serviço que você oferece. Para agir de agora em diante, pare e pense: com qual grupo e mentalidade você mais se identifica? A partir da resposta saberá o que precisará fazer para continuar.

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