Luiza Dalmazo
Luiza Dalmazo é jornalista e pedagoga. Dedica-se ao estudo de maneiras eficientes e divertidas de formar crianças e jovens inteligentes financeiramente, seja auxiliando os pais, seja ajudando escolas e outras instituições a treinar professores e criar materiais eficazes de ensino. No canal Balanço da Educação, compartilha algumas ideias e estratégias de como isso acontece ou pode acontecer. É sócia-fundadora da startup Legado Jovem, que reúne pré-adolescentes, adolescentes e jovens adultos interessados em empreendedorismo/ negócios, finanças e marketing digital.
Educação Financeira
Dar mesada é uma boa opção?
Essa é uma das dúvidas mais comuns dos pais e responsáveis que desejam formar filhos inteligentes financeiramente. Devo dar mesada? A verdade é que a única forma que alguma pessoa tem de aprender a lidar com o dinheiro é tendo alguma quantia em mãos para gerenciar. Como a mesada é a única maneira que conhecem, recorrem a ela.
A mesada (se for entregue mensalmente) ou a semanada (se for semanalmente) é um recurso válido sim. É um modo de fazer a criança ou adolescente ter acesso a dinheiro para que aprenda a guardar, planejar os gastos, fazer escolhas, esperar e refletir sobre o preço de alguns produtos e serviços.
Para funcionar bem, precisa ser entregue com recorrência – não vale atrasar e entregar em dobro no período seguinte – e também não pode ficar pegando dinheiro emprestado sem consultar a criança ou o adolescente.
O que é preciso ter em mente é que você estará entregando um dinheiro para educar financeiramente essa pessoa. Portanto, não se deve “cortar” a mesada como forma de punição quando seus filhos fizerem algo de que você não gostou. Se isso acontecer, todo o programa de planejar, guardar etc. acaba se perdendo.
Caso opte por dar mesada (ou semanada), converse antes de começar o processo. Explique o motivo de estar fazendo isso, diga o que deve ser feito com o dinheiro, o que a criança deve comprar por conta e o que continuará sendo responsabilidade dos pais. Definir as regras antes de começar é a melhor forma de fazer o jogo funcionar e correr bem.
O que poucos sabem, porém, é que a mesada não é a única forma de fazer o dinheiro chegar às mãos das crianças – e nem mesmo é a forma de que mais gosto. Mas isso pode ser o assunto da nossa próxima coluna. O que acha?
