Câmera inteligente
Curitiba adota linha virtual e IoT para controlar fluxo de pessoas nos parques
Para evitar aglomerações e controlar o número de pessoas em espaços públicos, a Vision Space, startup do Grupo Viasoft, adaptou um sistema de monitoramento com câmeras inteligentes e internet das coisas (IoT, em inglês), antes voltado exclusivamente para o varejo. A tecnologia foi desenvolvida inicialmente como forma de acompanhar taxas de conversão de clientes em lojas físicas. Agora, o sistema funciona traçando uma linha imaginária na entrada de parques e estabelecimentos para monitorar o fluxo de entrada e saída, tornando-se um importante aliado ao combate a Covid-19.
Em Curitiba, a ferramenta está em fase de instalação no Jardim Botânico e Passeio Público. Na prática, a câmara utiliza uma linha virtual que conta o número de pessoas que passam pelo espaço delimitado. Ao atingir a capacidade máxima uma notificação é enviada aos controladores de acesso ou seguranças, que podem fechar a entrada dos parques e outros espaços.
Segundo Christiano Belli, diretor da Vision Space, a tecnologia era usada para calcular a taxa de conversão de vendas para lojas e estabelecimentos, levando em consideração a quantidade de pessoas que entravam nas lojas e destas, quem realmente comprava. A ferramenta utiliza Internet das Coisas (IoT), que interliga dispositivos à internet para transmissão de dados.
”Nós adaptamos na pandemia aproveitando o software que já funcionava, desde 2018. Para o varejo oferecemos uma taxa de conversão e informações como quais produtos os clientes mais interagem, mapas de calor, além dos pontos com mais pessoas nas lojas. Nosso sistema é como o Google Analytics do varejo físico”, brinca Christiano.
A expectativa do diretor é que em Curitiba, nas próximas semanas a tecnologia seja instalada também no Bosque do Papa e no Zoológico. A ferramenta funciona também na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, para monitorar o número de pessoas circulando no calçadão, além de estar presente em shoppings e estabelecimentos do país.
A adoção da tecnologia foi uma iniciativa entre a Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). Através de uma chamada, a agência buscou soluções tecnológicas para uso em espaços públicos. Já a SMMA foi a a responsável pela licitação e contratação da empresa.