Bicicletas compartilhadas
Tembici registra mais de 80 mil deslocamentos em Curitiba em apenas um mês
Um mês depois de lançado o serviço de bicicletas compartilhadas em Curitiba, a Tembici, líder em micromobilidade na América Latina, registra mais de 80 mil deslocamentos na cidade. Segundo a empresa, o desempenho é tido como excelente em se tratando de um sistema que acaba de ser iniciado.
Dados da Tembici apontam que os fins de semana são os períodos com maior porcentagem de deslocamentos por dia: 16% aos sábados e 20% aos domingos. Das 20 estações instaladas inicialmente em Curitiba, cinco apresentaram maior usabilidade nos primeiros 30 dias de operação: as duas estações do Parque Barigui, Praça 19 de Dezembro, Praça Osório e Igreja do Portão.
A localização dessas estações pode indicar que as bicicletas estão sendo usadas para lazer, no primeiro caso, e para deslocamentos que facilitam o acesso a transportes públicos, nos demais casos. A integração de modais ativos como as bicicletas com o transporte público é uma das estratégias da Tembici nas 14 cidades do Brasil e da América do Sul em que atua.
Bicicletas elétricas
Até a última sexta-feira (18), a Tembici contava com 250 bicicletas mecânicas em circulação em Curitiba. No sábado (19), Dia Nacional do Ciclista, a empresa ampliou o serviço na cidade com a disponibilização de 250 bikes elétricas.
Agora, Curitiba passa a contar com 500 bicicletas compartilhadas em 50 estações espalhadas pela capital paranaense. A cidade ainda é a primeira do Brasil a contar com 50% do projeto com e-bikes.
Segundo a empresa, as bikes elétricas têm velocidade limitada a 25 km/h, e tecnologia de pedal assistido, em que a assistência é acionada ao simples pedalar, proporcionando a experiência de utilizar os mesmos modelos de bikes que circulam em Nova Iorque, Londres, Chicago, Dubai e Barcelona. São bicicletas robustas, desenvolvidas especificamente para sistemas de compartilhamento e isso influencia diretamente na segurança e conforto de quem pedala.
Localização das estações
Agora completo, o sistema passa a operar com 50 estações. Assim como as bicicletas mecânicas que já circulavam pela cidade, as elétricas também precisam ser retiradas e devolvidas nas estações.
Os locais das estações foram previamente definidos por meio de estudos e análises realizados pelo time de urbanistas da Tembici, em diálogo com o corpo técnico da Prefeitura de Curitiba que, além do Plano Cicloviário da cidade, avaliou critérios como proximidade à infraestrutura cicloviária, possibilidades de maior demanda e respeito às questões urbanísticas da cidade. O projeto busca conectar diferentes modais, estando próximo a importantes conexões com o transporte público como as estações tubo e terminais como Cabral, Portão, Guadalupe e Campina do Siqueira, além da Estação Rodoferroviária.
Para conferir todas as estações, basta acessar o aplicativo da Tembici, disponível para Andriod e iOS.
Bicicletas compartilhadas na América do Sul
Neste mês de agosto, a Tembici também divulgou dados de um estudo com foco no consumo de bicicletas compartilhadas por diferentes gerações nas 14 cidades atendidas pela empresa na América do Sul. O objetivo foi mostrar a evolução da micromobilidade nos últimos anos e mapear as principais necessidades, motivações e anseios dos usuários que utilizam o compartilhamento de bike em suas rotinas.
Fatores como recessão mundial, preocupação com a saúde do planeta, impactos da pandemia e busca por flexibilidade mudaram o modo como as gerações consomem e vivem a micromobilidade. Os dados mostram que o número de pessoas usuárias de bicicletas compartilhadas da Tembici aumentou 123% desde 2018.
O estudo apontou que os Millennials (nascidos entre 1981 e 1995) são o grupo de maior representatividade, seguidos da Geração X (1960 a 1980) e Z (1996 e 2010). Este aumento contínuo é reflexo de uma série de fatores. Trata-se de uma geração que representa quase 49% da base de usuários que utilizam este modelo de transporte no Brasil hoje. Sua busca por flexibilidade, bem-estar e consumo consciente são fortes fatores de decisão para este número tão grande.
A base de dados mostra, ainda, que cerca de 33% dos usuários da Tembici utilizam a bicicleta como alternativa a carros e outros modais individuais para se locomover para o trabalho, com maior destaque para as gerações Z e Millennials. Já 59% das pessoas que utilizam o modal consideram um fator importante a existência de ciclovias próximas ao local de escolha de uma nova moradia.
O serviço de bicicletas compartilhadas da Tembici só pode ser usado a partir dos 18 anos, isso significa que parte da Geração Z ainda é impossibilitada de ter acesso ao sistema por questões legais. Mas o crescente número destes usuários ao longo dos anos indica que a sua presença tende a aumentar cada vez mais nos próximos seis anos, quando os últimos nascidos em 2010 chegarão à idade adulta.
A geração Z se destaca quando analisado o investimento financeiro em bicicletas compartilhadas nos últimos três anos. Eles têm assumido um crescimento de 39% na base de clientes nos últimos cinco anos.
Além disso, cerca de 32% dos entrevistados afirmaram que não usavam bikes antes do modelo de compartilhamento, mostrando como o serviço é um potencial porta de entrada para novos pedalantes. Já 40% afirmam que aumentaram a quantidade de pedaladas depois de iniciar o uso dos sistemas de bicicletas compartilhadas da Tembici.