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A chinesa Didi Chuxing, dona da 99 e da 99Food no Brasil, criou um fundo especial de US$ 10 milhões (R$ 49 milhões) para apoiar motoristas e entregadores que forem diagnosticados com coronavírus.

Coronavírus

Startups de mobilidade criam fundos para ajudar motoristas com coronavírus

Patrícia Basilio, especial para Gazeta do Povo
16/03/2020 23:52
Com o número de casos confirmados do novo coronavírus no Brasil crescendo a cada dia, novas medidas estão sendo adotadas por empresas para conter a propagação da doença e dar assistência aos que foram contaminados. As startups de mobilidade Uber e 99 anunciaram, nos últimos dias, ações especiais para os motoristas de aplicativo que forem diagnosticados com o COVID-19.
A chinesa Didi Chuxing, dona da 99 e da 99Food no Brasil, criou um fundo especial de US$ 10 milhões (R$ 49 milhões) para apoiar motoristas e entregadores que forem diagnosticados com coronavírus. A companhia deve anunciar nos próximos dias como os parceiros podem solicitar a doação. “Desde o início do surto da doença na China, a Didi vem trabalhando com autoridades locais e reitera que a saúde dos parceiros e passageiros é a principal prioridade”, informou a empresa, em nota.
Principal concorrente da 99 no Brasil, a Uber vai oferecer assistência financeira por até 14 dias para qualquer motorista ou entregador parceiro (no caso do Uber Eats) que tiver a conta suspensa, após ter sido diagnosticado com COVID-19 ou tiver quarentena solicitada por uma autoridade de saúde pública — por ter entrado em contato com alguma pessoa infectada.
O valor oferecido será calculado a partir da receita média diária que o motorista ou o entregador teve nos seis meses anteriores a 6 de março, quando a empresa anunciou o benefício. Caso a conta tenha sido criada há menos de seis meses, todo o período na plataforma será levado em conta.
"Permanecemos em contato próximo com as autoridades locais de saúde pública e continuaremos a seguir as orientações para ajudar a impedir a propagação do coronavírus”, acrescentou a norte-americana.
A espanhola Cabify, que incorporou a Easy Táxi no ano passado, afirmou em nota que criou um comitê de trabalho para acompanhar o coronavírus e ativar os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde. Ao contrário dos principais concorrentes, a empresa não possui projeto de auxílio financeiro para os motoristas parceiros.

Entregas mais seguras

Como as empresas de mobilidade, as startups de entrega também criaram projetos para apoiar e proteger os entregadores parceiros. A Rappi, por exemplo, está criando um fundo financeiro  para os parceiros e realizando campanha de prevenção para evitar o contágio de motoboys e clientes. Entre as opções, está a de “entrega sem contato”, em que entregadores podem deixar o pedido na porta do consumidor e se afastar por dois metros.
O unicórnio brasileiro iFood (avaliado acima de US$ 1 bilhão) destinará R$ 1 milhão de seu fundo solidário para ajudar os entregadores que entrarem em quarentena ou contraírem o novo coronavírus. Os detalhes  do auxílio, segundo a startup, ainda serão divulgados.