Saúde e tecnologia
Startup paranaense desenvolve algoritmo capaz de detectar risco de câncer e capta R$ 2 mi de investimento
Um sistema automatizado capaz de identificar a probabilidade do paciente, ou colaborador, desenvolver câncer e doenças graves com base na predição de algoritmos. Essa é a especialidade da startup paranaense PreviNeo, que desenvolveu um algoritmo capaz de auxiliar na prevenção, identificação, rastreamento, orientação e monitoramento dos cinco tipos de câncer mais comuns no Brasil (mama, próstata, pulmão, cólon e colo de útero).
A empresa acaba de concluir sua primeira rodada de investimentos, com mais de R$ 2 milhões captados com o apoio da paulista FGo Advisors.
O aporte será destinado à expansão de suas operações e aprimoramento da plataforma que já impactou mais de 100 mil vidas. A ferramenta foi criada com o objetivo principal de auxiliar empresas para a promoção da saúde e do bem-estar dos seus funcionários.
“É importante entender que gestão de saúde não pode ser simplesmente terceirizada, tendo apenas um plano de saúde. Isso não exime a empresa de surpresas – de custos, de sinistralidade, de absenteísmo causados por doenças graves. Além disso, para o funcionário é uma oportunidade de atuar preventivamente no combate à doença”, afirma o médico e professor da UFPR, Hélio Rubens de Oliveira Filho, cofundador da PreviNEO.
Funcionamento da plataforma
Os colaboradores das empresas que contratam a PreviNEO têm a oportunidade de fazer uma entrevista digital, respondendo perguntas que ajudam a identificar a probabilidade de desenvolver cada uma das doenças analisadas a curto, médio e longo prazo.
A identificação é baseada em algoritmos que detectam os riscos de cada paciente em desenvolver essas doenças. Entre os benefícios para as pessoas, a detecção precoce aumenta a chances de cura, evitando exames e consultas desnecessárias, ou até mesmo perda de tempo na evolução da doença.
“Hoje 61% dos casos de câncer no Brasil são diagnosticados em estágio avançado. Nos casos avançados encontramos os tratamentos mais agressivos, mais caros (até 10x mais que nos casos iniciais) e com piores resultados clínicos quando comparamos com casos descobertos inicialmente. Mais de 21% das mortes poderiam ser evitadas com o diagnóstico precoce”, alerta Oliveira.
Ao final da entrevista, é enviado por e-mail a avaliação de risco e um plano de ação customizado, com os próximos passos a seguir, especialmente para os clientes de alto risco ou com exames atrasados. Há também o envio de mensagens automáticas via WhatsApp para tirar dúvidas, repassar o plano de ação e propor, caso indicado no plano, o agendamento de uma consulta ou exame.