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João Paulo Gomes, Head Comercial da Pinó; Andréa Sorgenfrei, Head da PinÓ; Hilston Guerim, cofundador da Mais1.Café; e Millena Prado, Head do GazzConecta. Crédito: Divulgação.

200 novas lojas por ano

"Queremos ser uma empresa nova a cada seis meses", afirma cofundador da Mais1.Café

GazzConecta
22/05/2024 17:19
O empresário e cofundador da Mais1.Café, Hilston Guerim, foi o convidado da edição desta terça-feira (21) da Confraria Pinó, encontro mensal que reúne líderes empresariais para troca de ideias e aprendizados na sede da Gazeta do Povo em Curitiba (PR).
Empresários e executivos da capital e região estiveram presentes no encontro no qual Guerim pôde dividir a trajetória de sucesso da Mais1.Café, marca que nasceu em 2019 no formato de franquias e que hoje possui 330 lojas abertas em todo o país e mais de 800 contratos assinados. "Até o fim do ano, esperamos chegar a 470 lojas, ambicionando 500 abertas", revela.
Criada no formato "coffee to go" ou café para viagem (o "pegar e levar"), a Mais1.Café oferece praticidade, otimizando o atendimento pelo celular ou totem, podendo contar com apenas um funcionário operando todas as funções: preparar o café e entregar os pedidos que podem incluir, por exemplo, um croissant vindo diretamente da França e assado em forno italiano, além de outros produtos padrão para todas as unidades. 
Uma vantagem que tornou a marca atraente é que toda a estrutura pode caber em um espaço de 20 m2 em média, o que significa um valor menor de aluguel para o franqueado. "Cada loja terá sua especificidade e pode se adaptar a diferentes cenários, mas o formato padrão é esse", explica Guerim.
Segunda rede de franquias de cafés do Brasil e uma das maiores 40 redes de franquias do país, a Mais1.Café surgiu a partir de um fato inusitado. Guerim conta que ele e seus outros três sócios aguardavam uma reunião online com um possível investidor europeu para a expansão da Sniper, uma rede de espaços de tiro ao alvo com armas de airsoft para shoppings centers. 
Enquanto esperavam pelo início da reunião, decidiram sair para tomar um café, mas em uma cafeteria tradicional, com mesas, garçons, cardápio etc. Depois de tomarem o café, fecharem a conta e saírem, perceberam que estavam atrasados. Até tentaram se conectar para a reunião, mas quem estava do outro lado disse que não poderia seguir com o compromisso. Perderam um negócio.
No entanto, foi assim que Guerim, diretor jurídico e de projetos, ao lado de Vinicius Delatorre, diretor operacional, Gare Marques, diretor de marketing e Alan Parise, diretor de expansão, todos sócios da franqueadora que já tinha a Sniper e lançou a Mais1.Café, inseriram o café em um modelo de negócio que eles já tinham desenvolvido.
"Quando perdemos aquela oportunidade com o investidor europeu, pensamos na dificuldade de tomar um café dentro do sistema tradicional. Não é prático, não é rápido e é burocrático. Já tínhamos um modelo de negócio estruturado na nossa franqueadora, mas não sabíamos o que iríamos incluir nele e o café acabou se encaixando muito na ideia de algo prático, rápido, com custo baixo e com a qualidade alta que era o que queríamos. E foi assim que decidimos pelo Mais1.Café", conta Guerim.
Ele explica que o negócio já surgiu como uma franquia. "Diferente do que acontece com outras redes, que primeiro são cafeterias para depois pensar em um modelo de franquias, nós já criamos algo padronizado para ser replicado da mesma maneira em qualquer lugar. Nossa primeira loja já foi de um franqueado", diz. 
Ex-farmacêutico que chegou a ser oficial de saúde do Exército antes de se tornar empreendedor, Guerim destaca que, para começarem o negócio, toda a equipe precisava entender sobre o que seria vendido. Ele mesmo se tornou barista (profissional especializado em preparar e servir café) para aprender a lidar com o produto e o serviço, além de poder treinar novos franqueados. Agora, a marca desenvolveu processos para atender os novos franqueados que aumentam a cada ano.
"Nosso processo de expansão com a abertura de novas lojas é um dos mais acelerados do Brasil. Basicamente, estamos abrindo 200 novas lojas por ano. No primeiro ano, dobramos o número de lojas, passando de 200 para 400, um crescimento de 100%. No segundo ano, crescemos 50%, indo de 400 para 600 lojas. No quarto ano, adicionamos mais 200 lojas, passando de 600 para 800, um crescimento de cerca de 30%. Este ano, esperamos adicionar mais 200 lojas, o que representa um crescimento de 20%. Em 2022, fomos a rede de franquias que mais cresceu no Brasil, de todos os segmentos", diz.
O custo médio para a abertura de uma nova loja é de R$ 260 mil. O faturamento de cada uma pode variar, segundo o sócio-fundador. "Temos operações que faturam entre 70 mil e 100 mil reais, dependendo do local, da operação e do franqueado. No entanto, nossa oferta base é para um negócio que fature cerca de R$ 30 mil por mês, com um ticket médio de R$ 25, o que pode proporcionar uma rentabilidade e lucratividade interessantes", conta.

“Queremos ser uma marca inovadora”

Fatores como esses contribuem para a escolha do negócio por empreendedores de todo o Brasil. Outra característica da rede é a aposta em parceria com grandes marcas do mercado, como Nutella, Ovomaltine e Nestlé. Cada uma delas representou um desafio para a marca de café.
"Todas as parcerias foram desafiadoras. Apesar de sermos bem-sucedidos no mercado de franquias e cafeterias, ainda somos pequenos no varejo. Foi necessário muito esforço para fazer a parceria com a Nestlé funcionar, por exemplo. Mas, agora, já estamos há mais de dois anos desenvolvendo produtos juntos, alguns exclusivos para a nossa rede", comenta Guerim que cita, ainda, o fato de a Mais1.Café ser a segunda marca do mundo autorizada a utilizar a Nutella processada - e não em seu formato original - em produtos exclusivos.
A qualidade consistente dos seus produtos, a aposta em atrair o público com novidades e o formato de negócio são quesitos que tornam a Mais1.Café atraente para um mercado que, a cada hora, ganha novos concorrentes. Mas Guerim destaca que, em um cenário como este, o importante é olhar para dentro da empresa e entender como superar o mercado. "Podemos até ser copiados, mas se continuarmos acreditando na nossa qualidade e buscando sempre inovar, continuaremos crescendo", diz.
A busca pela inovação, aliás, é constante para a marca que pretende ser uma nova empresa a cada seis meses. "Estamos constantemente nos reinventando. A cada semestre, revisamos nossos processos para identificar e alterar o que não está mais gerando resultados. Isso nos impede de ficar estagnados e nos ajuda a continuar evoluindo", comenta.
Para a rede, a inovação vai além de apenas criar algo diferente. A busca, segundo Guerim, é atender a um desejo real do mercado. Daí o esforço em criar parcerias relevantes. "A Mais1.Café é uma marca relativamente nova no mercado. Associar-se a marcas já consolidadas e queridas pelos consumidores, pelo co-branding, ajuda a conquistar a confiança dos clientes e legitima nossa marca. Isso cria um atalho para o coração do consumidor", revela.
É apostando nesses elementos - inovação contínua, parcerias estratégicas e uma operação eficiente - que a Mais1.Café pretende alcançar milhares de lojas nos próximos anos. Mesmo sem revelar números, Guerim destaca que o faturamento da rede tem sido expressivo, refletindo o sucesso crescente da marca no mercado.

E vem aí o GazzSummit Agrotechs

O GazzSummit Agrotechs é uma iniciativa pioneira do GazzConecta para debater o cenário de inovação em um dos setores mais relevantes do país. O evento será realizado no dia 15 de agosto de 2024 com o propósito de conectar e promover conhecimento para geração de novos negócios, discussão de problemas e desafios, além de propor soluções para o setor.
O GazzSummit promove a disseminação de tecnologias e práticas de inovação que possam levar a cadeia produtiva ainda mais longe. Uma programação intensa de 12 horas de conteúdo, e mais de 25 palestrantes, espera os participantes que poderão interagir com players importantes do ecossistema como grandes empresas, cooperativas, produtores, entidades públicas, startups e inovadores. Garanta já a sua vaga.

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