Gedisa apresenta GazzSummit Agro & Foodtechs
Mudança nos contratos de energia faz prefeitura economizar R$ 7 milhões em um ano
Sustentabilidade, economia e agilidade. Três dos pilares mais relevantes para setores públicos e privados podem ser alcançados com apoio do setor elétrico brasileiro. No país, 84,25% da potência centralizada é proveniente de energia renovável, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O número tende a se tornar ainda mais expressivo, avalia a agência que, desde 2012, ampliou as autorizações para operações comerciais de usinas geradoras e placas que viabilizam essa modalidade de energia.
Essa foi uma das iniciativas destacadas pelo engenheiro civil, especialista em gestão da energia e integrante da Câmara Técnica de Energia do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Miguel Segundo, durante palestra na programação do GazzSummit Agro e Foodtechs. O evento, realizado nos dias 26 e 27 de março em Curitiba, foi apresentado pela Gedisa Energia, empresa da qual é sócio-fundador e CEO.
“Em 2012, a resolução normativa nº 482 da ANEEL possibilitou aos consumidores instalarem placas solares e outros minigeradores para produzir energia elétrica. Com isso, eles puderam participar de um sistema de compensação, gerando e acumulando energia ao longo do dia, injetando na rede elétrica e, à noite, utilizando esse crédito para consumir - reduzindo o valor da tarifa em até 24%”, explica.
O empresário detalha que, em 2015, a normativa foi ampliada para a criação da geração compartilhada. A modalidade garante aos consumidores usufruir da geração de uma usina ou de uma fazenda solar, eliminando a necessidade de obras ou instalações de alto custo. Dessa maneira, a economia é efetivada de forma mais ágil.
“A Gedisa Energia nasceu em 2018 com esse foco, democratizar e fazer a ponte entre usinas e os consumidores do mercado tradicional de energia”, acrescenta.
Como o poder público pode se beneficiar com a energia distribuída?
Ao GazzConecta, Miguel Segundo revelou as vantagens que o poder público tem ao revisar contratos de energia elétrica e optar por meios alternativos de geração e compra.
O maior desafio das prefeituras é ter a conscientização e entender quais são as possibilidades que ela tem para participar de todo esse projeto de inovação. Ter energia renovável significa ter energia mais barata e economizar de uma maneira mais eficiente, detalha.
Miguel destaca, ainda, que a participação em ações para aprimorar as práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) se tornaram um foco relevante entre as prefeituras e o poder público como um todo.
“A Gedisa veio para o GazzSummit para trazer essa visão para os agentes do poder público. O que conseguimos oferecer para pessoas físicas e jurídicas também oferecemos para os governos”, diz.

Miguel destaca que a empresa está disposta a participar de discussões para demonstrar o poder inovador e econômico da modernização do setor elétrico.
A Gedisa é a maior empresa independente de geração distribuída do Brasil. A solução, que pode fazer com que os setores público e privado alcancem até 24% de economia nas tarifas, é bastante atrativa para as prefeituras e outros órgãos governamentais, esclarece o CEO. Além da economia, a empresa garante uma energia renovável, segura, viabilizada sem obras e sem instalações. Um dos benefícios extras é a contratação sem a contrapartida de fidelidade ou de cobrança de taxa de cancelamento - o que amplia a autonomia.
“Muitas vezes, quando fazemos um trabalho de abertura de um edital, para que seja feito um projeto de engenharia, com a construção de uma usina, isso leva tempo. Nós sabemos que as prefeituras querem ter essa solução o mais rápido possível, porque é uma economia direto no orçamento, sem gastar muito tempo e se torna muito eficiente”, explica.
Além disso, a adesão à modalidade de geração compartilhada, própria ou a transição para o mercado livre de energia, garantem selos de sustentabilidade - importantes para reconhecimentos internacionais e obtenção de incentivos federais.
Conheça a Geração Distribuída
A Gedisa conecta os consumidores aos pequenos geradores de energia renovável - essa solução é chamada de Geração Distribuída. Com ela, os pequenos produtores podem compartilhar a energia gerada em usinas de fontes renováveis (como a solar, a eólica e a de biogás) diretamente à rede elétrica. Essa energia, limpa e sustentável, é injetada na rede das distribuidoras e se transforma em crédito, que pode ser usado para reduzir o valor do consumo na tarifa de energia.
Com a atuação da Gedisa, os consumidores têm acesso à energia distribuída de forma simples e vantajosa. Graças a uma parceria com as distribuidoras, a fatura chega com um valor reduzido - sem burocracias para o cliente.
Tradição é barreira na economia
Miguel detalha que o início das novas gestões é o momento ideal para que os novos prefeitos e governadores possam pensar em modelos inovadores de energia. “É importante que eles consigam diminuir o gasto público, enquanto mantêm a arrecadação. Por esse motivo, a geração compartilhada é uma solução super rápida e eficiente. O poder público reduz o custo de energia e terá a garantia de ser abastecido com energia renovável”, afirma.
“Agora é o momento certo para olhar, para planejar e colocar isso em prática. Um mês que passa é um mês a menos para o poder público economizar”, acrescenta.
Os dados reforçam a posição do empresário. Em outubro de 2024, a prefeitura de Porto Alegre (RS) revelou ter economizado R$ 7 milhões entre janeiro e setembro, com a revisão de contratos de energia elétrica. O executivo municipal aderiu ao mercado livre de energia e renegociou condições de fornecimento.
Já em Curitiba, o parque fotovoltaico da Caximba, batizado de Pirâmide Solar, gerou uma economia de R$ 2,3 milhões para a prefeitura em 2023, quando foi inaugurado. No ano seguinte, a inauguração do Terminal Solar Santa Cândida previu a economia energética de R$ 400 mil anualmente.
A instalação de placas solares, de acordo com Miguel, é um meio tradicional de economia nas tarifas de energia. No entanto, o empresário detalha que a geração distribuída é ainda mais eficaz para reduzir as contas nos prédios públicos do país. Vale lembrar que essa modalidade oferece até 24% de desconto na tarifa de energia elétrica, sem cobranças de custos adicionais ou investimentos em equipamentos, instalações e obras.
Os projetos da prefeitura de Curitiba são muito legais. A capital está à frente de vários municípios. É uma cidade referência. A Gedisa é curitibana e sente muito orgulho disso, mas sabemos que há mais coisas que podem ser feitas. A Prefeitura de Curitiba pode abastecer 100% de seus prédios públicos com energia renovável - e essa é uma meta bastante viável, acredita o CEO.
O empresário alerta que o setor energético precisa trabalhar de maneira conjunta, para conscientizar o poder público de que é possível alcançar um abastecimento por meio da energia renovável. “Algumas formas são mais morosas, exigem mais tempo, mais prazo e maior investimento. Mas existem soluções, como a de geração distribuída, que atende de forma rápida, eficiente e econômica”, reforça.
No Paraná, há muitas oportunidades para o estabelecimento dessa solução, estima Miguel. A Gedisa Energia, por meio de parceiros estratégicos, ajuda na redução de até 24% custos energéticos de prefeituras dos estados do Pará, São Paulo e Minas Gerais.