Fim do boleto bancário
“Boleto 2.0”: PIX Cobrança começa a funcionar no Brasil
O Banco Central (BC) anunciou o lançamento oficial de um novo recurso para o PIX, plataforma nacional de pagamentos instantâneos. Agora pessoas físicas e jurídicas poderão emitir um “PIX Cobrança”, que deve servir como uma espécie de “Boleto 2.0”, uma evolução do documento que geramos hoje para pagamentos em uma data futura.
A novidade já vinha sendo testada pelo BC há meses, mas teve sua incorporação ao PIX adiada algumas vezes. Contudo, os benefícios compensaram bastante a espera.
PIX Cobrança vs. Boleto
Diferente do boleto, o PIX Cobrança fica disponível para pagamento imediatamente após a sua emissão. Boletos bancários podem levar mais de 24 horas para serem registrados por alguns bancos tradicionais.
Outro benefício é a compensação imediata. Assim que o pagamento é feito pelo devedor, o dinheiro é depositado em segundos na conta da pessoa ou da instituição que gerou o documento. O PIX Cobrança também deve ter a mesma validade legal de um boleto para protesto de dívidas. Com tudo isso, espera-se que o boleto tradicional comece a cair em desuso nos próximos anos.
Prazo definido
O BC ainda vai obrigar toda as instituições participantes do PIX a aceitar pagamentos na modalidade Cobrança, dando prazo máximo para implementação dessa funcionalidade até dia 30 de junho deste ano. Todos os bancos e fintechs também serão obrigados a oferecer a emissão de PIX Cobrança para seus clientes.
Em vez de contar com um código de barras para pagamento, o PIX Cobrança vai gerar um código QR. As informações como data de pagamento, juros e multa também poderão ser preenchidas pelo emissor do documento, e os valores extras devem ser calculados automaticamente em caso de pagamento em atraso.
O BC já estuda novos recursos para a plataforma, como saque em estabelecimentos comerciais, pagamentos na internet por links PIX e mais.