Pequenas e médias empresas adeptas a tecnologia e ao ESG crescem mais rápido, diz Microsoft

Um estudo da Microsoft mostra que a adoção massiva de tecnologias pode acelerar o bom desempenho de pequenas e médias empresas (PMEs). De acordo com o estudo, chamado de  Microsoft SMB Voice and Attitudes to Technology Study 2022, companhias que utilizam recursos disruptivos em seu dia a dia têm maiores chances de prosperar na nova economia.

Para as pequenas, o tema ganha uma importância adicional: as PMEs são responsáveis por grande parte das vagas formais abertas e preenchidas no Brasil e, globalmente, representam 99% de todas as companhias em funcionamento — ao todo, são 400 milhões de PMEs no mundo, indica a Microsoft. Para complementar, são estas empresas as responsáveis por contribuir com até 70% do PIB global, segundo a Organização Internacional do Trabalho.

De olho no impacto dessas empresas e nas mudanças tecnológicas e estruturais encaradas em virtude da pandemia de covid-19, a Microsoft se debruçou ao tema ao analisar a capacidade de inovação de pequenas e médias empresas no mundo.

No estudo, conduzido pela Analysys Mason, foram ouvidas 3 mil PMEs de 10 diferentes países com o intuito de mapear os principais objetivos estratégicos e prioridades para os próximos anos, além de avaliar o uso da tecnologia para a promoção dos negócios.

Como resposta, a Microsoft identificou que empresas que adotam tecnologias digitais têm um ritmo de crescimento mais ágil que as demais. Segundo o relatório,  empresas pioneiras na adoção de novas tecnologias tiveram duas vezes mais chance de atingir objetivos comerciais, além de um crescimento maior de capital no último ano.

Os planos das PMEs

Ainda que estejam atualmente focadas em manter o atual ritmo de crescimento em um cenário de incertezas políticas, alta da inflação e dos custos com energia, mais de dois terços das PMEs respondentes afirmam que irão expandir seus orçamentos para investimentos em TI já no próximo ano. Destas, 85% afirmam que irão priorizar o modelo de trabalho híbrido como forma de acelerar sua digitalização.

Para isso, a busca é por tecnologias que permitam essa transição de forma confiável e segura. O caminho mais comum para encontrar essas tecnologias, segundo o estudo, é por meio de parcerias: quase a metade das PMEs recorre a parceiros para auxiliar em questões de tecnologia, especialmente provedores de serviços e soluções em nuvem. Em troca, esperam por recomendações das melhores soluções tecnológicas para o negócio.

Ainda no que se refere às principais tendências ligadas ao planejamento estratégico de pequenos negócios, a pesquisa destaca a influência dos millennials, jovens nascidos entre o início da década de 1980 até 1996. Hoje parcela mais representativa da força de trabalho, eles detém  41% do poder de tomada de decisões sobre tecnologia nas companhias. A percepção dessa geração de que tecnologias são indispensáveis também influencia a maneira como as companhias adotam recursos com a finalidade de atrair esse público.

O perfil comportamental e de consumo de millennials também traz mudanças significativas na maneira como pequenas empresas põem em prática ações sociais, ambientais e governamentais (da sigla ESG). Quando estão na posição de líderes nas companhias, empreendedores mais jovens são também os mais adeptos ao ESG, com progresso mais significativo no alcance de metas socioambientais. Nessa frente, os principais focos são a redução do impacto ambiental (37%), diversidade e inclusão (30%) e criação de novos empregos (30%).

Ao mirar o ESG, pequenas companhias têm maior facilidade para atingir seus objetivos comerciais, indica o estudo.