Tendências para 2023
5 tendências do marketing digital e tecnologia para 2023, segundo a Hotmart
O retorno em 2022 do FIRE Festival, um dos maiores festivais de empreendedorismo digital, marketing, tecnologia e inovação da América Latina, foi o cenário perfeito para a efervescência de tendências do mercado de tecnologia e marketing digital. Organizado pela Hotmart, empresa global de tecnologia e líder na Creator Economy, o evento aconteceu de 1 a 3 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte, e contou com grandes nomes como Thiago Nigro, Pedro Sobral, Gkay, Nathalia Arcuri, Rachel Maia, Gloria Groove.
Confira abaixo as cinco tendências mais comentadas no evento que devem estar em alta em 2023 e nos próximos anos:
1) A consolidação da Creator Economy
A Creator Economy (ou Economia Criativa) veio para ficar: em uma pesquisa da First Choice de 2021, 75% das crianças do Reino Unido afirmaram que querem trabalhar com produção de vídeo online. A Economia Criativa se baseia justamente na profissionalização e monetização de criadores de conteúdo. Segundo levantamento da consultoria SignalFire, existem mais de 50 milhões de criadores de conteúdo no mundo, no entanto, somente 2 milhões vivem disso, isto é; atuam profissionalmente. Para tanto, é preciso investir no planejamento estratégico, diversificação de públicos e receitas, controle de cursos e mensuração da performance, para que os resultados sejam ainda mais significativos.
“Hoje há um estereótipo do influenciador de ‘recebidos’, mimos e fotos nas Maldivas, mas não é sobre isso. É preciso um resgate de que para ser um influenciador, você de fato tem que influenciar alguém e de forma responsável. Acho que a gente está na terceira era deste mercado, em um momento muito bacana de ter um nome e um sistema que sustenta a Creator Economy”, comentou no FIRE Festival 2022 a fundadora e CCO da YOUPIX, Bia Granja.
2) O novo momento do marketing de influência
Outro tema de destaque no FIRE Festival foi o marketing de influência, que já é uma ferramenta consolidada entre marcas e suas comunidades. Em 2018 tivemos o início de um movimento liderado pelas influenciadoras de moda e beleza. Elas lançaram produtos com marcas próprias.
O pensamento de que os criadores não precisam necessariamente das marcas tradicionais para lançarem seus produtos iniciou uma grande transformação. A receita vinda da publicidade, também muito bem-vinda, é importante mas ocupa apenas uma fatia de potenciais receitas. Ou seja, marcas e os influenciadores podem andar juntos, desde que haja cocriação de ambos lados e as empresas também comecem a enxergar os creators não mais como um veículo efêmero, e sim construir relações de longo prazo.
“Todo mundo quer cocriar, mas nem todos estão dispostos a ouvir e a se doar. A marca precisa aprender a ouvir e o influenciador precisa aprender a se doar nessa dinâmica também”, destacou Flávio Santos, CEO da MField.
3) A influência como uma soft skill
A valorização da influência como uma soft skill foi outro tema evidenciado no festival. O termo “soft skill” compreende, em inglês, as competências comportamentais. Estamos mais acostumados a associá-la aos creators com muitos seguidores, mas ela também é importante dentro das empresas, entre os seus funcionários e suas microcomunidades.
Incentivar os colaboradores a serem referências internas e motivadores das suas equipes é um reforço estratégico que ganha cada vez mais relevância. Nada mais é que o investimento na formação de lideranças para dentro e para fora da empresa. “Como está tratando as pessoas que trabalham com você? Comece o exemplo por você”, indagou Rachel Maia, empresária e conselheira do Grupo de Mulheres Brasil, Banco do Brasil, Vale e CVC Corp., em seu painel.
A iniciativa incentiva o colaborador e a marca a entenderem o poder e a responsabilidade de sua influência, vendo-a como um negócio, além de agregar valor à sua formação e a utilizar as redes sociais de forma criativa. Em termos de marca empregadora, o colaborador ainda ajuda no aumento da visibilidade no mercado e clientes, além da atração de talentos.
4) O novo comportamento do consumidor e o Marketing 5.0
A pandemia acelerou a necessidade de um ambiente digital que resolva a vida dos consumidores de forma rápida e eficiente. O Marketing 5.0, pautado pela combinação entre tecnologia e o fator humano para atrair, conquistar e ganhar a lealdade dos clientes, se propõe a resolver essa questão ao entregar valor durante toda a jornada do cliente com informação, gestão de dados e humanização.
O Marketing 5.0 é fruto da soma dos avanços tecnológicos, do comportamento das novas gerações e dos novos modelos de negócios que surgiram com a hiperdigitalização. A internet se popularizou e aproximou marcas e consumidores de uma forma irreversível. Todos ganhamos. As ‘máquinas’ nos deram ferramentas de acompanhamento e mensuração de dados, o que sofisticou nossa estratégia digital. O “olhar humano” nos brindou com mais troca, conexão e inovação criativa.
Com isso, o Marketing 5.0 nos traz benefícios como o engajamento dos consumidores, experiências inesquecíveis e compartilháveis e debates sobre as causas atuais com legitimidade e lugar de fala.
5) Novas tecnologias: Web 3.0, NFTs e metaverso
Atentar-se às novas tecnologias é algo essencial, principalmente para quem trabalha diretamente com a internet e com o marketing digital. Para os próximos anos, algumas delas deverão estar em voga no ambiente digital e dos principais de marketing.
A primeira delas é a Web 3.0. Ela sucede a Web 2.5 e a Web 2.0. A Web 2.0 corresponde à era da criação, na qual tivemos o início das redes sociais e criação de conteúdo de maneira centralizada, em plataformas como blogs e fotologs. Já na Web 2.5 vivenciamos uma era marcada pelo consumo das informações, principalmente nas redes sociais. Agora, na Web 3.0, trata-se não só da criação, mas de ser proprietário(a) do conteúdo. Seja para a monetização ou comercialização de algo. A Web 3.0 se baseia em três pilares: descentralização com ambientes mais democráticos e abertos; maior privacidade dos dados dos usuários; e recursos personalizados através da inteligência artificial e machine learning.
Junto com a Web 3.0 surgem ainda outras tecnologias e possibilidades. A primeira delas é o NFT, sigla para “non-fungible token” ou token não fungível, um ativo que serve como identidade digital de um item, que, no caso, é um ativo único. Ele pode ser multimídia, texto ou vídeo e pode ainda servir como uma moeda em transações digitais. Algumas empresas já começaram a explorar o formato, seja em versões digitais de seus produtos ou como algo extra. Já o metaverso, também dentro da Web 3.0, é um conjunto de tecnologias que mudarão a forma com que interagimos com a internet, de forma imersiva. A proposta é melhorar o nosso senso de presença, quando não podemos estar juntos presencialmente. Isso inclui desde a ida ao escritório até mesmo aplicações para saúde.
FIRE Festival 2023
A Hotmart já confirmou a edição para o ano que vem, nos dias 24 a 26 de agosto de 2023. Os interessados em garantir seu ingresso para a edição 2023 podem se inscrever neste link, para receber informações em primeira mão.