Sexto colocado no ranking nacional
23% dos moradores do Paraná foram vítimas de golpes online no último ano, diz pesquisa DataSenado/Nexus
De acordo com a pesquisa Panorama Político 2024 do DataSenado, 23% moradores do Paraná perderam dinheiro nos últimos 12 meses em algum tipo de crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. O estado é o sexto colocado no ranking nacional do estudo sobre golpes online realizado em parceria com a Nexus, empresa especializada em pesquisa e inteligência de dados da FSB Holding, ecossistema de gestão da reputação da América Latina.
No estudo, o Paraná aparece ao lado dos estados do Amapá, Bahia, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, todos com a mesma percentagem. O indicador é inferior à média nacional, de 24%. São Paulo lidera a lista com 30%, seguido pelo Mato Grosso, com 28%. Já o Ceará tem a menor incidência 17%), seguido por Piauí (18%).
De acordo com organização do estudo, essa é a maior pesquisa sobre o tema feita no Brasil. Entre os dias 5 e 28 de junho, foram entrevistados 21.808 brasileiros de todas as 27 unidades da Federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais foi de 1,22 ponto porcentual.
Apesar das diferenças estaduais, de modo geral, não há um perfil específico de quem sofre golpes online, aponta o estudo. O perfil das vítimas é semelhante às características socioeconômicas dos brasileiros em geral. Por exemplo, 51% das vítimas têm renda familiar de até dois salários mínimos. O indicador é de 49% na população brasileira.
Nas faixas etárias, a maior incidência (27%) está entre 16 a 29 anos. Este é o mesmo percentual desse grupo na população em geral. Já as pessoas com 60 anos ou mais, que representam 20% da população entrevistada, são 16% das vítimas desse tipo de golpe.
“Os golpes virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros. Os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema”, afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, em nota.
Para José Henrique Varanda, coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, o levantamento permite compreender melhor a dimensão desse tipo de crime na população brasileira e pode servir como base para elaboração de propostas. “Outro destaque é a representatividade da pesquisa ao trazer dados locais. As estimativas por unidade da Federação são importantes para representação parlamentar do Senado”, afirma.