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Projeto Genomas Paraná

Pesquisa vai mapear genética da população paranaense

GazzConecta
23/04/2025 10:19
O projeto Genomas Paraná, com financiamento do Governo do Paraná por meio da da Fundação Araucária e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, atingiu a marca de 3 mil amostras biológicas reunidas em Guarapuava. A investigação, que visa mapear a genética da população paranaense e o seu perfil epidemiológico, já analisou 280 destas amostras com tecnologia de ponta.
Com um aporte que ultrapassa os R$ 6 milhões, o Genomas Paraná possui o potencial de influenciar diretamente a profilaxia e o tratamento de enfermidades como câncer, obesidade e diabetes. O estudo, liderado pelo professor David Livingstone Figueiredo da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), valoriza a importância do apoio governamental para a aquisição de equipamentos de laboratório, materiais e bolsas de pesquisa, que evidenciam o Paraná na pesquisa genética nacional.
O Genomas Paraná é um ecossistema de inovação em biotecnologia e saúde, que congrega mais de 20 instituições de pesquisa, incluindo universidades estaduais e federais. Essa iniciativa, denominada Vale do Genoma, busca transformar o Paraná em um polo de estudo de genética e inovação, interligando ciência, saúde e desenvolvimento econômico.
O reconhecimento nacional veio no ano passado, quando o Paraná se tornou parte do Genoma SUS, uma iniciativa do Ministério da Saúde que busca criar um banco de dados genéticos de 21 mil brasileiros. Com a adesão ao projeto nacional, o Genomas Paraná deve receber R$ 30 milhões em investimentos nos próximos três anos.
Questionário e doação de sangue, saliva e mais
A coleta de amostras para o Genomas Paraná é realizada de duas formas: por amostragem aleatória, com visitas de pesquisadores às residências sorteadas, e por amostragem por conveniência, com inscrições voluntárias no site do Instituto para Pesquisa do Câncer (IPEC) de Guarapuava. Os participantes respondem a um questionário epidemiológico detalhado e doam amostras de sangue, saliva e fezes, que são analisadas no IPEC Guarapuava com equipamentos de última geração.
As informações produzidas pelo estudo serão utilizadas para diagnósticos mais precisos e para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde personalizadas. Além disso, a iniciativa prepara o Paraná para liderar avanços na medicina de precisão, que permite um atendimento individualizado aos pacientes.
Parceria com a USP para utilizar IA em diagnósticos
Em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP), o Genomas Paraná está estabelecendo um banco de dados abrangente que integrará informações genéticas com dados de saneamento, clima e outros fatores que podem influenciar a saúde da população. A expectativa é que essa integração possibilite o uso de inteligência artificial para diagnósticos precoces e encaminhamentos médicos.