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Impacto nos Pequenos Negócios

Pesquisa do Sebrae aponta que mulheres inovaram mais do que homens na pandemia

GazzConecta
01/10/2020 20:32
Um pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostrou que as empreendedoras brasileiras foram mais rápidas e eficientes ao implementar inovações em seus negócios durante a pandemia, do que os homens. A 7ª pesquisa sobre o Impacto nos Pequenos Negócios, realizada entre os dias 27 e 31 de agosto, chega a esta conclusão avaliando o uso da internet e delivery para fazer vendas pelas mulheres, além de mudanças implementadas no desenvolvimento de produtos e serviços.
O resultado do levantamento divulgado na última semana mostrou que a maioria das mulheres (71%) faz uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos. Já o percentual de homens que utilizam essas ferramentas é de 63%. Elas também foram mais ativas nas vendas online através de seus sites do que os homens (34% delas contra 29% dos empreendedores). As mulheres donas de negócios também inovaram mais na oferta de seus produtos e serviços (11%) contra 7% dos homens; e usaram mais os serviços de delivery (19%), enquanto 14% dos empresários passaram a adotar essa mesma estratégia.
A gestora do Programa Sebrae Delas do Sebrae/PR, Dianalu de Almeida Caldato, avalia que um dos motivos que explica o resultado da pesquisa é o grau de escolarização feminino, que é maior do que o dos homens, o que ajuda a tornar as empreendedoras mais ativas na busca de alternativas durante uma crise.
“A pesquisa apontou que 63% delas possuem ensino superior contra 55% dos homens. Elas também são mais jovens (24% delas têm até 35 anos contra 18% deles), têm perfis ligados às dinâmicas de transformação digital e estão mais conectadas”, explica Dianalu.
A especialista ainda acredita que a pandemia forçou os empreendedores a saírem da zona de conforto. “A inovação apareceu na reinvenção de negócios, no modelo de entrega, nos atendimentos e até na criação de novos produtos ou serviços. A necessidade do cliente não deixou de existir, o que mudou foi a forma de relacionamento”, contextualiza Dianalu.