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Fonte ouvida pela Reuters diz que a Microsoft tomou a "decisão certa" ao deixar o conselho da OpenAI. Crédito: Gonzalo Fuentes/REUTERS.

"Decisão correta"

Microsoft deixa posição de membro observador no conselho da OpenAI em meio a investigações antitruste na Europa e nos EUA

GazzConecta
10/07/2024 17:19
A Microsoft anunciou na noite de terça-feira (9) que abriu mão de seu assento como membro observador no conselho da OpenAI. Segundo a CNBC, Keith Dolliver, vice-conselheiro geral da Microsoft, escreveu uma carta para a OpenAI dizendo que o assento não era mais necessário, uma vez que a big tech havia "testemunhado um progresso significativo do recém-formado conselho" e estava confiante na condução da empresa.
A CNBC diz que o anúncio ocorre em meio a investigações regulatórias sobre inteligência artificial generativa na Europa e nos EUA. A desistência da empresa, no entanto, parece não minimizar as preocupações da Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA, que está conduzindo uma revisão antitruste de acordos feitos por grandes empresas de tecnologia e principais empresas de IA, conforme a Reuters.
Segundo fonte ouvida pela agência de notícias, a medida mostra que a Microsoft vê uma exposição potencial significativa em relação a investigações antitruste e está tentando se antecipar a isso. De acordo com a CNBC, a Comissão Europeia já havia dito, em janeiro, que a empresa poderia enfrentar uma investigação antitruste ao analisar acordos entre grandes players do mercado de tecnologia e desenvolvedores e provedores de IA generativa, destacando a parceria entre a Microsoft e a OpenAI.
A gigante da tecnologia assumiu o assento de observadora no conselho da startup em novembro do ano passado, depois que o CEO da OpenAI, Sam Altman, voltou ao posto de controle da empresa. A posição permitia que a companhia participasse das reuniões do conselho e tivesse acesso a informações confidenciais, mas sem direito a voto em situações como eleição de novos diretores, por exemplo.
Em paralelo, segundo a Reuters, a Apple, que anunciou em junho a entrada do ChatGPT em seus dispositivos, não vai assumir posição semelhante como era esperado. A agência de notícias diz que um porta-voz da startup revelou que a empresa estabeleceria uma nova abordagem para se engajar com seus stakeholders, mantendo reuniões regulares com parceiros estratégicos, incluindo a Microsoft e a Apple, além de investidores como Thrive Capital e Khosla Ventures.
A Reuters ainda menciona que a participação como observadora no conselho, aliada ao investimento de mais de US$ 13 bilhões da Microsoft, gerou preocupações entre reguladores antitruste da União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos sobre o controle que a companhia exerce sobre a OpenAI.
A agência de notícias também cita a opinião de Bill Baer, ex-oficial antitruste dos EUA e pesquisador visitante na Brookings Institution, que afirmou que o risco de investigações antitruste simultâneas supera o benefício de ser um observador no conselho da OpenAI. "Isso parece ser a decisão correta", disse ele, acrescentando que as preocupações dos reguladores parecem ir além do assento no conselho.

Concorrência

De acordo com a agência de notícias, a Microsoft e a OpenAI estão intensificando sua competição no mercado de vendas de tecnologia de inteligência artificial para clientes corporativos, com o objetivo de aumentar a receita e demonstrar independência perante os reguladores para enfrentar as preocupações antitruste.
Além disso, a Microsoft está ampliando suas ofertas de IA na plataforma Azure e nomeou o CEO da Inflection, uma empresa de tecnologia, para liderar sua divisão de IA voltada para consumidores. Essa medida é vista como um esforço significativo para expandir além da parceria com a OpenAI e diversificar suas atividades nesse campo.

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