Projetos no metaverso e entrega em tempo recorde: como este negócio de Curitiba quer ganhar o mercado de arquitetura

Há uma máxima entre os empreendedores de que conquistar (e manter) espaço no mercado depende de uma boa dose de criatividade. Do lançamento de novos produtos à adoção de novos meios de se fazer o que já é o “core”, a inovação é bem-vinda quando o assunto é estar no páreo da concorrência - e também na mira de consumidores antenados às principais tendências do mercado. E é dessa prerrogativa que se alimenta a Lumi, escritório de design de interiores de Curitiba (PR).

A Lumi está no mercado há 13 anos, entregando projetos personalizados de mobiliário e de interiores, além de consultorias de design e arquitetura para empresas e pessoas físicas. Por trás do negócio, está a administradora de empresas curitibana Magali Rocha, que descobriu no design de interiores um ofício e uma paixão após seu primeiro empreendimento: uma loja de materiais de construção.

Por mais de uma década, Magali manteve a loja e se dedicou ao atendimento de clientes que a buscavam para tirar dúvidas pontuais sobre quais produtos escolher para reformar ou decorar suas casas. “Aquele foi meu primeiro negócio que se manteve por mais de 10 anos. Ter tantos clientes pedindo ajuda na escolha de itens que iam de pisos a luminárias me mostrava que eu tinha uma grande oportunidade de aprender mais”, conta a empreendedora.

Depois de concluir um curso de design de interiores, ela fundou a Lumi, que hoje atende empresas e pessoas físicas em Curitiba e no litoral de Santa Catarina. “Realizei-me neste setor. Você trabalha com o belo, com a mudança de vida dos clientes, sejam eles pessoas físicas ou empresas em busca de ambientes mais funcionais. Essa realização dos clientes é o que me motiva”, diz.

Segundo a empresária, o grande diferencial da Lumi está na atenção aos detalhes e ao desejo dos clientes, e consequentemente seus orçamentos. “Levamos a sério o fato de sermos realistas. Esboçamos projetos que traduzam o que o cliente procura, mas dentro de suas limitações de orçamento. O que mais ouvimos é justamente sobre esse conflito: projetos lindos entregues pelos escritórios, mas que não estão de acordo com o que o cliente pode pagar”, conta. Para isso, ela explica, a Lumi busca apresentar projetos que incluam múltiplas opções de matérias-primas e acabamentos de igual qualidade, mas com preços mais razoáveis.

De outro lado, Magali também destaca a agilidade na entrega dos projetos. Segundo a empreendedora, um móvel sob medida passa por, pelo menos, dez etapas até ficar pronto, o que atrasa o processo de entrega e conclusão dos projetos.

Na Lumi, ela afirma, isso tudo leva em torno de 40 dias, da entrevista inicial para alinhamento de projetos à entrega final. “Queremos que a experiência seja positiva para o cliente do início ao fim”, conta. “Temos até uma multa contratual caso passemos desse prazo. Hoje, somos reconhecidos por esse diferencial”.

A atenção à essa agilidade também é possível graças à aplicação de tecnologia. Na Lumi, a apresentação das propostas é feita com a ajuda de óculos imersivos que “inserem” os clientes dentro dos projetos para cada ambiente. “É uma proposta de valor que une tecnologia e inovação. Sempre adorei isso. Olhar para o que acontece de novo, o que é tendência”, diz.

Em 2024, a Lumi vai estender suas frentes de atuação para dar lugar ao conceito “Turn Key”, modalidade de aquisição de imóveis “prontos para entrega”. Ao lado de uma construtora de Curitiba, o escritório irá trabalhar com projetos inteiros de decoração antes da entrega final dos imóveis.

Em outra frente, Magali também prevê um aumento na procura pela Lumi por empresas que querem limar o cabo de guerra do retorno ao modelo de trabalho presencial. O escritório, segundo ela, tem sido um facilitador para companhias que querem tornar seus escritórios em espaços mais confortáveis e funcionais, com o intuito de atrair os funcionários de volta. “O híbrido é uma ótima solução para isso, e as empresas querem isso traduzido em seus espaços de trabalho”, diz.

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